Catarina Mesquita
Catarina Mesquita
14 Dez, 2017 - 10:33

Conheça a beleza única das 27 Aldeias do Xisto de Portugal

Catarina Mesquita

As Aldeias do Xisto são um encanto que Portugal oferece. Estão distribuídas pela Região Centro, oferecendo experiências singulares a todos os que as visitam.

Conheça a beleza única das 27 Aldeias do Xisto de Portugal

São 27 as Aldeias do Xisto de Portugal, distribuídas pela Região Centro. Conhecidas pela sua beleza ímpar, onde a natureza reina no seu estado mais puro, oferecem a quem as visita um conjunto de experiências únicas e inesquecíveis. Saiba mais sobre cada uma delas.

Conheça as 27 Aldeias do Xisto

1. Aigra Nova – Serra da Lousã

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Este pedacinho de terra do Concelho de Góis, integrado nas Aldeias do Xisto, divide-se em três pequenas ruas. Vive essencialmente da prática agrícola e da atividade de pastoreio. Assim, quem a visita poderá ver muitas atividades surpreendentes ligadas a estas áreas. A simpatia dos seus habitantes fá-lo-á sentir-se muito bem-vindo!

Aigra Nova integra-se numa estrada panorâmica, que conduz àquele que é o ponto mais alto da Serra da Lousã: o Trevim. Lá de cima, poderá vislumbrar a grandeza de outras aldeias cheias de memória. Visite o projeto do Ecomuseu Tradições do Xisto, com os seus vários núcleos, testemunhando animais selvagens que vivem ainda hoje protegidos do resto do mundo, no meio da natureza.

2. Aigra Velha – Serra da Lousã

Esta é a Aldeia do Xisto que se encontra no ponto mais alto da Serra da Lousã, a 770m de altitude. No entanto, o acesso é fácil e poderá vislumbrar a simplicidade da natureza em todo o seu esplendor. Aigra Velha possui várias áreas agrícolas e de pastoreio. Quem visita este pequeno aglomerado poderá ver, de um lado, a Serra da Estrela e, do outro, os imponentes Penedos de Góis.

As pequenas casas estão organizadas de forma a terem defesa perante os animais selvagens e as condições meteorológicas mais agrestes, conseguindo, ainda assim, manter a privacidade de cada uma. Esta aldeia é o abrigo perfeito para quem quer depois seguir rumo ao Parque Florestal da Oitava e à Ribeira da Pena.

3. Candal – Serra da Lousã

Esta pequena aldeia localiza-se numa colina virada a sul da Serra da Lousã, junto à estrada nacional que faz a ligação entre Lousã e Castanheira de Pera. As ruas íngremes desta aldeia conduzem os seus visitantes a um miradouro, onde terão uma vista magnífica sobre o vale. Na descida, poderão fazer uma paragem na Loja das Aldeias do Xisto.

Este cantinho no meio da serra é muito procurado por vários visitantes para atividades de férias ou de fim de semana. É uma das aldeias da serra mais visitadas, oferecendo ar puro e contacto permanente com a natureza.

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4. Casal de São Simão – Serra da Lousã

A entrada desta aldeia, de praticamente uma só rua, fica no extremo mais alto, e a povoação termina onde os declives fazem a continuidade dos arruamentos difíceis. Maioritariamente construída em quartzito, localiza-se num dos flancos da crista de quartzo que origina as Fragas de São Simão, apresentando o templo mais antigo de todo o concelho de Figueiró dos Vinhos.

Quem a visita, encontrará elementos encantadores, como uma capela, uma fonte ou uma vereda que conduz a uma praia encaixada nas Fragas de São Simão. Nesta aldeia, há também uma Loja Aldeias do Xisto e a Associação Refúgios de Pedra.

5. Casal Novo – Serra da Lousã

A aldeia do Casal Novo localiza-se na dobra da encosta, a Norte, em declive, passando quase despercebida devido às imensas árvores que a envolvem. As casas são construídas em contínuo, existindo um eixo criado pelo caminhado que atravessa Casal Novo, fazendo a conexão ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Pode avistar a Lousã e o seu castelo a partir da eira da aldeia.

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6. Cerdeira – Serra da Lousã

A Cerdeira é uma aldeia cheia de magia, espreitando no meio da folhagem. A ponte, logo à entrada, transporta-nos para um local surpreendente, com casas sobre um morro rochoso, não ocupando as poucas áreas mais planas, destinadas à agricultura. O chão é em ardósia e leva quem visita esta aldeia por um caminho que conduz a uma fonte, no meio da imensa vegetação.

Este local é também um retiro de criação artística, com residências artísticas internacionais, realização de workshops de formação e de pequenas experiências que apelam à criatividade.

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7. Chiqueiro – Serra da Lousã

Nesta aldeia, vive apenas um casal com o seu rebanho. Chiqueiro é delimitado por duas pequenas linhas de água, ficando escondida no meio da vegetação. Construída essencialmente em xisto escuro, esta aldeia, basicamente, possui duas pequenas ruelas de terreno acentuado, com casas dos lados. Possui uma capela e constitui um destino de eleição para aqueles que pretendem fazer caminhadas aventureiras.

8. Comareira – Serra da Lousã

Comareira é a mais pequena aldeia da rede, fazendo parte do conjunto das quatro Aldeias do Xisto do concelho de Góis. Assim, está envolvida na dinâmica em torno do Ecomuseu das Tradições do Xisto. É um ponto estratégico para aqueles que procuram praias fluviais ou o Parque Florestal da Oitava. A paisagem perde-se no horizonte desta aldeia, constituída por um conjunto de pequenos edifícios habitacionais ou para o gado.

9. Ferraria de São João – Serra da Lousã

A Ferraria de São João é inegavelmente rica em paisagens e em cultura, associando a ruralidade ao turismo ativo. A aldeia possui várias características que a distinguem de todas as outras: possui imensos currais tradicionais, um esplendoroso sobreiral, um Centro de BTT, um Caminho do Xisto, um FunTrail destinado às crianças, e ainda muitos caminhos por onde pode seguir em aventuras, com muito para explorar e descobrir!

Nesta aldeia, o xisto e o quartzo conjugam-se na perfeição! O material de construção que sobressai é o quartzito, apesar de algumas fachadas dos edifícios se encontrarem rebocadas e pintadas de branco.

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10. Gondramaz – Serra da Lousã

Esta é uma terra de artesãos que criam figuras muito distintivas, as quais constituem a marca da serra, levando o nome do autor e da aldeia muito além das fronteiras da mesma. Distingue-se pela tonalidade específica do xisto, estando situada na vertente ocidental da Serra da Lousã. Tendo uma aplicação em xisto, o pavimento permite a existência de um percurso que é acessível a todas as pessoas que tenham mobilidade reduzida.

Fazendo parte da rede de requalificação da Rede das Aldeias do Xisto, conquistou novos habitantes, tendo sempre um ambiente cheio de vida todos os fins de semana, nomeadamente com provas de BTT.

11. Pena – Serra da Lousã

Um castanheiro secular recebe-nos à entrada de Pena, desenvolvida ao longo de um promontório, dando ideia de que toda a aldeia desafia as leis do equilíbrio da gravidade. A água cristalina da ribeira e os Penedos de Góis conquista os que buscam aventuras desafiantes. Esta aldeia representa o casamento perfeito do xisto com o quartzito.

12. Talasnal – Serra da Lousã

Extremamente carismática, esta aldeia oferece muitas possibilidades de lazer e de desportos ativos. A fonte, o tanque e os ramos das videiras encantam quem a visita. Aqui é o reino da natureza no seu aspeto mais selvagem, onde pode encontrar veados, corços, javalis, entre muitas outras espécies.

Possui uma ruela principal que acompanha o declive da encosta, num percurso íngreme, com quelhas e becos que seduzem todos os que gostam de explorar novos caminhos.

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13. Álvaro – Zêzere

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Esta é uma das “aldeias brancas” da Rede das Aldeias do Xisto, não porque o material de construção não seja maioritariamente o xisto, mas porque a maioria das fachadas dos edifícios de Álvaro está rebocada e pintada de branco. Localiza-se ao longo de uma encosta sobre o Rio Zêzere, na albufeira do Cabril.

A aldeia é rica em arte sacra, desde pinturas a outros objetos, sendo obrigatório o circuito das Capelas, onde poderá ver, por exemplo, a imagem do Senhor dos Passos ou um Sacrário Renascentista. Nesta aldeia, tem ao dispor as infraestruturas fluviais da Barragem do Cabril, ideal para se deslumbrar com a paisagem encantadora, ou mesmo para ir a banhos ou fazer desportos fluviais.

14. Barroca – Zêzere

Na Barroca, somos acolhidos no Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto, situado na Casa Grande, um antigo solar do século XVIII. A Barroca é circundada por pinhais e enquadrada nas pirâmides das escombreiras da Lavaria do Cabeça do Pião. Caminhando até perto do Zêzere, pode ver moinhos antigos. Encontrará uma ponte pedonal que o levará à outra margem, onde poderá ver gravuras rupestres gravadas na rocha.

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15. Janeiro de Baixo – Zêzere

Janeiro de Baixo tem cinco parques: o parque infantil, o parque desportivo, o parque de lazer, o parque fluvial e o parque de campismo. Toda a aldeia tem pontos de interesse para quem a visita, como o “Tronco”, onde antigamente se ferravam os animais, ou todo o património arquitectónico e religioso. A sua praia fluvial tem um extenso areal, sendo que toda esta envolvência do rio se faz sentir nas igrejas e capelas da aldeia.

16. Janeiro de Cima – Zêzere

Localizado na margem esquerda do Zêzere, Janeiro de Cima situa-se numa área quase plana, rodeada por plantações agrícolas. As casas em xisto, com seixos redondos e brancos na fachada, são encostadas umas às outras, distribuindo-se pelas ruas sinuosas da aldeia. Aqui encontrará a Casa das Tecedeiras, que lhe trará ao pensamento a memória do tempo.

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17. Mosteiro – Zêzere

Mosteiro é conhecida pela sua ligação à água, com o privilégio de possuir uma praia dentro da povoação. Poderá visitar os moinhos que, no passado, foram infraestruturas base para a sustentação da Aldeia de Mosteiro, e que agora se constituem como locais de atração turística. A parte da aldeia na margem esquerda estrutura-se à volta da pequena igreja do edifício da Associação do Mosteiro, ou da estrada que atravessa esta povoação.

18. Pedrogão Pequeno – Zêzere

Esta aldeia, junto à margem esquerda do Zêzere, possui um património em que se destacam a Igreja Matriz e a Ponte Filipina sobre o rio. O nome “Pedrogão” vem do afloramento de granito, que vemos nas portas e janelas, mas o xisto é o material dominante nos edifícios. Localiza-se a escassos quilómetros de Pedrógão Grande e da Barragem do Cabril.

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19. Aldeia das Dez – Serra do Açor

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É a chamada aldeia miradouro, oferecendo paisagens deslumbrantes das serras que a rodeiam, como da Serra da Estrela. Não pode deixar de ir ao Miradouro do Penedo da Saudade, a 430 m de altitude, onde pode ver a confluência dos rios Alvo e Alvôco, na Ponte das Três Entradas.

Construída maioritariamente em granito, a Aldeia das Dez tem um vasto património histórico, onde a Igreja Matriz é protagonista, com o seu interior decorado com majestosa talha dourada. Os bolos tradicionais da aldeia são os coscoreis e as cavacas, feitos à moda da Aldeia das Dez. Poderá também provar uma compota ou um licor de medronho. As iguarias são várias e deliciosas!

20. Benfeita – Serra do Açor

A Benfeita é mais uma das “aldeias brancas” da Rede das Aldeias do Xisto. Localiza-se perto da Fraga da Pena e da Mata da Margaraça, uma das mais importantes florestas caducifólias de Portugal. Aqui pode encontrar a ribeira do Carcavão e a ribeira da Mata. Para além disso, no moinho recuperado do Figueiral e alambique, pode ver como se costumava aproveitar a força da água.

Não pode deixar de subir à Fonte das Moscas, onde poderá vislumbrar os edifícios, ruelas e passadiços tão características, destacando-se a Torre da Paz. Nesta aldeia, há também uma Loja das Aldeias do Xisto e um Centro Documental, na Casa Simões Dias. Pode também visitar o atelier de Feltrosofia, onde são feitas peças artesanais em feltro.

21. Fajão – Serra do Açor

Podemos descobrir Fajão perto da nascente do Rio Ceira, entre grandes penedos de quartzito, que nos remete para antigos castelos naturais. É ideal para os praticantes de alpinismo, que terão uma vista espetacular. A natureza apaixona nesta aldeia, mas também tem outros pontos de interesse, como a Igreja e a Fonte Velha. Poderá também ler a história contada nos painéis de ardósia, remetendo para os “Contos de Fajão”.

22. Sobral de São Miguel – Serra do Açor

Embora a maior parte das construções desta aldeia esteja rebocada e pintada de branco, este é um dos maiores aglomerados de edifícios de xisto, em Portugal. Sobral de São Miguel oferece iguarias gastronómicas, como a ginja, a pica de chouriço, bacalhau ou sardinha, ou pão de forno a lenha! Paralelamente, esta aldeia possui um património cultural e artístico que vale bem a pena conhecer. É ainda ideal para agradáveis passeios.

23. Vila Cova de Alva – Serra do Açor

Vila Cova de Alva é a Aldeia do Xisto com o maior conjunto monumental. Poderá relaxar nos espaços públicos desta aldeia, onde encontrará dois solares do século XVII. Efetivamente, a aldeia possui vários monumentos, como o Solar dos Condes da Guarda, o Solar Abreu Mesquita, o edifício dos Osórios Cabrais, ou a Rua Quinhentista. Terá ainda à sua disposição o Rio Alva e a sua praia fluvial.

24. Água Formosa – Tejo Ocreza

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Água Formosa localiza-se entre a Ribeira da Corga e a Ribeira da Galega, sendo caracterizada pelo sossego e pelo som relaxante da água que passa entre as pedras das ribeiras. Aqui a tradição une-se aos encantos naturais, na relação perfeita entre o homem e a natureza. Os declives das encostas são muito acentuados e as rochas marcam presença acentuada. Na margem esquerda da ribeira, esta aldeia tem a vantagem da exposição soalheira.

25. Figueira – Tejo Ocreza

Figueira é praticamente plana e de fácil circulação, com um núcleo central com várias ruelas e um forno comunitário. Em seu redor, abundam terrenos de cultivo e oliveiras. O acesso a esta aldeia apresenta uma bifurcação, com caminhos que envolvem o seu casco antigo, formando uma espécie de labirinto. Sobressai a arquitetura tradicional e antiga. O espaço urbano convive de forma serena com hortas, quintais, capoeiras ou currais.

26. Martim Branco – Tejo Ocreza

Esta aldeia também possui um forno comunitário, onde é cozinhado um pão delicioso. O terreno tem relevos muito diferentes, com uma natureza mais amena ou mais agreste. Os esteios de xisto nos quintais muito contribuem para a identidade coletiva da aldeia. Algumas das casas são construídas numa associação rara entre o xisto e o granito, tornando-as perenes. Nas portas, poderá ver ferragens que chamarão a sua atenção.

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27. Sarzedas – Tejo Ocreza

As fachadas com traços de cor destacam-se na Aldeia de Sarzedas, para quem vai a caminho da Fonte da Vila. Sobressaem também o Pelourinho, as várias Igrejas e Capelas e o Largo. As casas desta aldeia são belas e com considerável dimensão, sendo testemunhos da História. Poderá também ver o Campanário e a Torre Sineira, restantes da antiga Igreja sobre Outeiro.

Como vê, são inúmeros os motivos para visitar as Aldeias do Xisto de Portugal. Pense num itinerário interessante e parta à aventura e descoberta destes encantadores e inesquecíveis povoados. Saiba ainda que as Aldeias do Xisto criaram uma a plataforma Book in Xisto, para que lhe seja mais fácil organizar a sua estadia, tendo à disposição reserva para alojamento, restaurantes e experiências, podendo fazer a pesquisa por aldeia. É uma ferramenta muito útil que o ajudará no planeamento da sua estadia.

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