Júlia Rocha
Júlia Rocha
25 Mar, 2024 - 15:10

Apendicite aguda: a dor intensa que parece surgir do nada

Júlia Rocha

Dores de barriga intensas, febre e mal-estar são sintomas comuns da apendicite aguda, uma inflamação no apêndice. Saiba mais.

Mulher com apendicite aguda

Faz parte dos quadros clínicos da população mais jovem ouvir falar em apendicite aguda. Contudo, esta inflamação do apêndice por ocorrer em qualquer idade. O apêndice é um órgão situado no lado direito inferior do abdómen, ligado ao intestino grosso.

Já deve ter ouvido dizer que perder este órgão não faz qualquer diferença no funcionamento do sistema digestivo.

Apesar de realmente não ter nenhuma contribuição fundamental, hoje em dia pensa-se que este órgão é formado por bactérias que são benéficas, pois repovoam o intestino após grandes infeções.

Quando existe inflamação deste órgão – apendicite – é necessário retirá-lo. A operação é a única maneira de retirar o apêndice e parar a inflamação. Se chegar a rebentar pode ter consequências mais perigosas e até fatais.

Apendicite aguda: quem afeta?

A apendicite aguda é uma patologia muito comum, que normalmente ocorre entre os 10 e os 30 anos, não sendo estranho que ocorra noutras idades. É muito raro em bebés com menos de 2 anos.

Sintomas de apendicite aguda

Existem alguns sintomas facilmente reconhecidos e outros mais silenciosos ou que podem ser atribuídos a outros problemas. Tome nota:

  • Dor abdominal (sobretudo do lado direito inferior; normalmente a dor está generalizada e concentra-se do lado direito ao longo da inflamação);
  • Enjoos e perda de apetite;
  • Febre;
  • Diarreia ou, pelo contrário, prisão de ventre;
  • Leucocitose (aumento dos glóbulos brancos do sangue).

Ocorre também um mal-estar geral, algumas vezes confundido com dores menstruais ou cãibras, por vezes paralisante em termos de movimentos.

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A prevenção é possível?

Uma alimentação saudável, à base de legumes e verduras e com baixo consumo de bebidas alcoólicas, café, picantes e alimentos gordurosos, pode ajudar a prevenir a inflamação do apêndice.

Contudo, a apendicite é uma ocorrência comum e, por vezes, inevitável. A ação rápida sobre os sintomas é fundamental. É sempre recomendado fazer exames médicos e análises de rotina.

Apendicite aguda: tratamento

A intervenção cirúrgica é o único tratamento possível, para prevenir a progressão da inflamação e possível rebentamento. O rebentamento do apêndice pode ter consequências fatais, através de hemorragia, obstrução intestinal ou mesmo infeções.

A cirurgia para o tratamento da apendicite aguda baseia-se numa laparoscopia e requer pouco tempo de hospitalização (entre 1 a 2 dias). É possível que o paciente fique com uma pequena cicatriz da incisão do lado direito de abdómen, onde se localizava o apêndice.

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