Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
18 Fev, 2015 - 09:05

Como fazer um curriculum funcional?

Júlia de Sousa
Saiba quais as vantagens e desvantagens de um curriculum funcional e conheça algumas dicas para criar um CV impecável. 
Como fazer um curriculum funcional?
Escolher o modelo de Curriculum Vitae (CV) mais adequado na hora da candidatura pode fazer toda a diferença na hora da seleção. Se o curriculum funcional é a escolha certa para si, o melhor é saber tudo sobre este modelo.

O que é?

Por certo já conhece os modelos de CV mais usados e as suas características fundamentais. Mas afinal o que caracteriza um curriculum funcional? No fundo, este tipo de CV permite ao candidato destacar a sua experiência profissional e as competências obtidas ao longo do seu percurso.
Trata-se de um modelo de CV indicado para quem está ainda numa fase inicial da carreira, para quem pretende mudar de carreira ou, ainda, para quem esteve inativo (no desemprego) por um longo período de tempo e pretende voltar ao mercado de trabalho.
Neste modelo a informação não obedece a uma ordem cronológica, o que permite realçar os pontos mais fortes e ocultar a informação menos relevante (ou até indesejada).

A estrutura do curriculum funcional

Num curriculum funcional, a organização da informação faz-se por temas ou blocos, onde constam informações como: dados pessoais, experiência profissional, formação académica e/ou profissional, competências e informação adicional. Veja agora como completar o seu CV funcional.

1. Dados pessoais

São, no fundo, a introdução do seu curriculum funcional. Aqui deve ter especial cuidado na escolha da foto. Lembre-se que está a candidatar-se a uma oferta de emprego e que está a apresentar-se aos seus recrutadores, portanto, opte por uma foto “apresentável”. E claro, não se esqueça de indicar os seus contactos. Mas atenção. Convém não cair nas “armadilhas”. Evite cometer erros como usar emails pouco profissionais (ou inapropriados). Todos os detalhes contam.

2. Experiência profissional

Aqui basta listar as suas experiências profissionais, incluindo o cargo desempenhado e uma síntese das suas funções. O ideal é não ser muito extenso ou detalhado na descrição, mas deve ilustrar as suas “conquistas” em cada experiência.

3. Formação académica e/ou profissional

Este campo serve para apresentar as suas habilitações académicas, bem como outras formações extracurriculares, de forma a destacar as competências e conhecimentos adquiridos.

4. Competências

Falamos de competências técnicas e pessoais. Aqui deve incluir não só as competências linguísticas ou informáticas, por exemplo; mas também capacidade de comunicação ou relacionamento humano (ou dito de outra forma, todas as soft skills que possam ter um impacto positivo no seu desempenho profissional).

5. Informação adicional

Este campo permite-lhe incluir todas as informações que possam ser pertinentes para a candidatura (como por exemplo experiências de voluntariado ou outros interesses ou motivações).

Que vantagens?

Não existe um modelo de CV mais ou menos adequado e todos terão as suas vantagens e desvantagens. O curriculum funcional não foge à regra. Mas para o ajudar a perceber se este é o modelo certo para si, nada melhor que saber quais são as vantagens que oferece.
A principal (e mais relevante) é o facto de destacar a experiência profissional e as competências obtidas. Mas não só. Este modelo também lhe possibilita uma maior flexibilidade na organização da informação e, desta forma, permite-lhe realçar os seus pontos mais fortes ou as experiências mais positivas.
Do ponto de vista dos recrutadores, este modelo pode ser vantajoso por permitir uma análise quase imediata do perfil do candidato.

Que desvantagens?

E agora as desvantagens.
São muitos os recrutadores que olham com uma certa desconfiança para este tipo de CV, principalmente pela subjetividade do modelo. Ou seja, como dissemos antes, o curriculum funcional permite ao candidato escolher a informação que quer incluir, sem ter que obedecer a uma ordem cronológica. Por esta razão, há recrutadores que pensam que este modelo é usado por candidatos que pretendem ocultar informações pouco abonatórias para a candidatura.
Além disso, consideram o modelo é limitativo, já que apenas inclui a descrição do cargo e as funções desempenhadas. A isto junta-se o facto de não destacar as empresas por onde o candidato já passou ou o tempo que por lá permaneceu, algo que os recrutadores gostam de saber.

As dicas!

Se vai utilizar este modelo de CV, saiba que (por norma) deve escrever a sua informação utilizando a primeira pessoa do singular. Ou seja, “fui responsável por…” ou “desempenhei as funções de…”. Sim, pode parecer estranho, mas é assim mesmo.
Tendo em conta que a informação está organizada em blocos, tenha cuidado para estabelecer uma separação clara entre cada secção, de forma a permitir uma identificação evidente de todos os campos.
Na hora de escolher o tipo de letra, não invente. Por vezes, a simplicidade vale mais. Opte por formatos que permitam uma boa leitura da informação.

Um CV à medida!

A escolha do modelo de CV depende de vários critérios (como a sua experiência profissional ou a área a que se está a candidatar, por exemplo). Mas independentemente do modelo que escolher, o segredo passa por ilustrar efetivamente as suas competências e experiência profissional e – claro – personalizar o seu CV.
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