Hugo Moreira
Hugo Moreira
21 Set, 2009 - 00:00

Como resolver as suas dívidas

Hugo Moreira

Reduzir a prestação mensal pode tornar mais leve o orçamento das famílias. Contudo, há que ter atenção às condições, penalizações e perda de benefícios fiscais..

O valor da prestação mensal resulta da conjugação de vários factores: capital em dívida, taxa de juro e prazo do empréstimo. é directamente proporcional aos valores da dívida e da taxa de juro isto é, quanto maiores estes forem, mais alta será também a prestação. Ao optar por prolongar o prazo de pagamento do crédito solicitado consegue baixar o valor da prestação, no entanto deve ter consciência que desta forma aumentará o total dos juros a liquidar.

Os particulares que se encontram numa situação financeira mais favorável ou estável e pretendem reduzir ou liquidar totalmente a dívida à instituição que lhes concedeu o crédito têm três possibilidades

  • podem amortizar total ou parcialmente o capital devedor, e desta forma eliminar ou atenuar o valor da prestação; 
  • podem optar por aumentar o valor da mensalidade, permitindo assim encurtar o prazo de pagamento do crédito;
  •  ou ainda poderão optar por conciliar ambas as opções.

Qual a melhor opção?

Antes de tomar qualquer decisão, caso disponha de dinheiro suficiente para amortizar ou liquidar o seu crédito pessoal ou o crédito à habitação, analise muito bem se é de facto a melhor opção. Teoricamente, podem existir alternativas mais vantajosas, tais como investir, a longo prazo, numa aplicação financeira com uma taxa de juro mais elevada do que a do empréstimo. 

Tenha também em consideração os custos que a amortização antecipada implica. Excepto em casos raros, será obrigado a pagar uma penalização por reembolso antecipado. Considere este valor e calcule rigorosamente a poupança obtida.

Além disso, há que considerar também outros aspectos, tais como a possibilidade de perda de benefícios fiscais ou eventuais penalizações por amortização antecipada que tenham sido inicialmente contratualizadas e que poderão ser pesadas. Neste último caso, algumas instituições financeiras estão abertas a negociar as penalizações a troco da subscrição de novos produtos financeiros, por exemplo de poupança-reforma, seguros de saúde, etc..

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