Sara Piteira Mota
Sara Piteira Mota
24 Mar, 2017 - 08:00

Empresas: contrato de renting ou leasing?

Sara Piteira Mota

As empresas devem estar informadas dos custos e opções de compra de uma frota. Saiba o que fazer antes de avançar para um contrato de renting ou leasing.

Empresas: contrato de renting ou leasing?

Com uma contabilidade organizada, as empresas que precisam de comprar ou renovar uma frota automóvel tem de fazer contas. É que, para elas, os carros são um custo, não um objeto de desejo. Para a maior parte das empresas adquirir uma frota de carros significa realizar um contrato de renting ou leasing.

Contrato de Renting ou Leasing

O leasing apresenta-se como uma solução flexível que permite a compra de carros novos mediante um contrato entre a locadora ou banco e o cliente. O cliente paga uma renda mensal e utiliza o veículo durante um certo período. No fim do contrato o cliente pode comprar o carro e passá-lo para o seu nome, ou então devolvê-lo ao banco ou à locadora. Na generalidade, as rendas mensais do leasing são mais baixas do que as rendas do crédito automóvel, porque o valor residual só tem que ser pago no final do contrato.

Já o renting é uma modalidade alternativa para adquirir automóvel sem a responsabilidade de ser o proprietário no final do contrato. Os serviços de renting estão disponíveis através dos bancos,  instituições de crédito e locadoras especializadas. No final do contrato, o cliente ou empresa não tem de se preocupar com a venda do carro, devolvendo o carro à instituição financeira e podendo iniciar outro contrato de renting.

Antes de decidir qual a melhor opção para comprar uma frota automóvel é importante que sejam calculados os custos mensais, não esquecendo os custos de seguro mais impostos. E não se esqueça que o custo associado ao carro não é apenas o preço de compra. São todos os momentos em que se gasta dinheiro com a viatura. Para que não faça um contrato de renting ou leasing de ânimo leve, deixamos algumas dicas que o vão ajudar a fazer um bom negócio.

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7 dicas antes de assinar um contrato de renting ou leasing

1. Definir a quantidade de veículos

Por norma, as empresas não compram os carros um a um. Preferem comprar várias unidades de uma só vez. E tem lógica que assim seja, pois quantas mais unidades adquirir num só lote, maior é a possibilidade de obter um desconto mais elevado.

As empresas tentam também fazer o mínimo possível de aquisições para aproveitar economias de escala. Os contratos são habitualmente de três a quatro anos e após esse período renova-se a frota fazendo um novo contrato de renting ou leasing.

2. Uniformidade de carros

Existem vantagens para o empresário se comprar uma frota de carros todos iguais. Se os carros forem iguais mais facilmente são reconhecidos na rua. Além disso, quantos mais carros comprar melhor a possibilidade conseguir bons acordos para serviços, como manutenção ou pneus.

3. Tempo estipulado no contrato

As empresas não querem os carros para sempre. A sua intenção é utilizá-los até que fique mais barato adquirir um novo. Os períodos de utilização variam normalmente até aos 60 meses, dependendo se é um contrato de leasing ou renting. No contrato, e antes de receberem um carro, tem de estar escrito qual a data de entrega à locadora  dos veículos.

4. Quilómetros a acordar

Além do tempo estipulado, o contrato de leasing ou renting tem previsto o número de quilómetros que é permitido fazer. É a empresa que faz uma previsão de quantos quilómetros vai fazer o carro. Convém relembrar que esta variante do contrato é muito importante, porque irá ter efeito no preço da renda mensal do financiamento.

5. Valor residual

Os carros são alocados à empresa cliente apenas durante o período contratado, como referimos atrás. Depois disso, ainda é preciso ter em conta o valor que estes veículos têm quando entram no mercado de usados, depois do contrato de renting ou leasing terminar. As empresas só pagam o carro pelo tempo em que utilizam a viatura, o tempo que resta chama-se Valor Residual. E, quanto menor foi o valor residual, mais elevada será a renda mensal do carro que a empresa vai ter de pagar.

6. Consumos e emissões de CO2

É senso comum que um dos maiores custos para a utilização de um veículo é o combustível. Como o objetivo de uma empresa é diminuir os custos, é importante que optem por modelos com menores consumos, até porque isso se traduz também em menores emissões de CO2. Este tópico é importante pois ajuda as empresas a cumprirem com compromissos ambientais. Como o gasóleo é dedutível nas contas da empresa, é aconselhável que não opte por viaturas a gasolina.

7. Fiscalidade das viaturas

Ao adquirir um carro, o proprietário terá de pagar vários impostos, como o Imposto Sobre Veículos e o IVA. Além disso o automóvel está ainda sujeito a muitos impostos durante a sua utilização. A tributação autónoma, que incide sobre o preço, faz com que este seja hoje um dos principais critérios de escolha para a aquisição. São também questões contabilísticas que fazem decidir pelo financiamento. Através de um contrato de renting ou leasing, as empresas, profissionais liberais e empresários em nome individual podem obter benefícios fiscais ao adquirir uma frota.

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