Diogo Campos
Diogo Campos
03 Jan, 2017 - 09:02

De regresso a Paraty

Diogo Campos

Imagine uma cidade encantada, parada no tempo, onde o chão que pisa é formado por grandes pedras irregulares que exigem que coloque a sua presença em cada passo.

De regresso a Paraty

As fachadas das casas têm um toque senhorial e as barras de cores alegres sobressaem da tinta branca, dando um colorido especial às ruas históricas, que outrora traçaram o caminho do ouro. Mas não só os olhos se alegram neste regresso a Paraty

A cada esquina, sob o calor envolvente da noite, chegam aos ouvidos sonoridades vindas de diversos bares e restaurantes… Música tocada ao vivo e com estilos e instrumentos variados, como se cada rua fosse um palco melhor que o anterior. 


De novo, Paraty

Todo este cenário abraçado pelos montes verdejantes tão típicos do Rio de Janeiro, que escondem uma grande diversidade de fauna e flora da mata atlântica. Aí correm leitos de água com misteriosas cascatas que nos refrescam e revitalizam do calor intenso que vai sendo cada dia maior. 

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Sem esquecer as praias paradisíacas, muitas delas desertas, de areia branca e águas cristalinas que nos fazem sentir o prazer de estar vivo. Numa delas, inserida no condomínio privado que dizem ser o metro quadrado mais caro do Brasil, foi necessário deixar o nome e o número de identificação.

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A trilha até à praia mais parecia um parque tropical de tão cuidado que estava. À chegada vimos vários seguranças ao longo da praia a controlar cada passo que as pessoas davam. Pouco faltava para que a praia das Laranjeiras fosse privativa, com as mansões a 50 metros da areia. Mas a sua beleza era extraordinária. Sem dúvida uma das mais bonitas que vimos até hoje.

Paraty está recheado de tesouros como este! Por cá vamos continuar mais alguns dias. Pelas manhãs ficámos com a tarefa de pintar algumas paredes da escola, onde estamos a dormir, o resto do dia podemos escolher entre uma praia ou uma cascata para nos refrescarmos. E são tantas as opções que se torna difícil a escolha.

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Este Natal foi diferente, além do calor que se fez sentir, que parece não se enquadrar nesta época festiva, não existe tanto alarido nas ruas, nem um comércio desenfreado como em Portugal. Pela primeira vez estivemos longe da família, do convívio à volta da lareira e sem o típico bacalhau. Em vez disso houve a tapioca, as mangas e papaias, os sumos de maracujá e o tradicional açaí com paçoca, granola e banana.

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Apesar de ser um dia quase igual aos outros, não iríamos passar sozinhos. No hostel juntamente com mais alguns mochileros (desde argentinos, belgas, franceses, norte americanos) que andam há vários meses a viajar pela América do Sul, fizemos um churrasco do mundo, onde cada um ficava surpreendido com o que o outro fazia.

Houve beringelas assadas diretamente nas brasas, ovos a estrelar dentro de pimentos verdes e, claro, caipirinhas para celebrar. Mais parecia o fim de ano, até fogo de artifício houve à meia noite na cidade. A aventura está quase a terminar no Brasil. Acompanhe-nos em Puririy.

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