Luana Freire
Luana Freire
24 Abr, 2017 - 07:00

Engenharia: as profissões que não conhecem o desemprego

Luana Freire

Conheça as profissões que não conhecem o desemprego e entenda como Portugal comanda o universo da engenharia, dentro e fora de fronteiras.

Engenharia: as profissões que não conhecem o desemprego

É uma área que desconhece as limitações geográficas e que tem uma crescente procura no mercado. Portugal é o berço de grandes talentos e são as startups de todo o mundo que estão a lucrar com a nossa riqueza nacional. Se está à procura de uma carreira, quer iniciar um curso superior e tem interesse na área, vai gostar de saber que a engenharia reúne as profissões que não conhecem o desemprego.

Salários em início de carreira

Estima-se que, em média, a remuneração de um engenheiro em Portugal ronde os 1200 euros líquidos – e isso só para começar. Também em início de carreira, estes profissionais podem receber um salário de 2900 euros quando trabalham noutros países da Europa. Parece um bom estímulo, certo? Fique atento a este artigo e descubra mais sobre as carreiras em engenharia e as vantagens de apostar neste setor.

Engenharia: há para todos os gostos e habilidades

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Estudar engenharia é o seu sonho? É um apaixonado por programação, produção ou construção? Tem interesse por temas relacionados com a sustentabilidade? Então não há razão para fazer soar o alarme. Estas são áreas em expansão e não há alerta vermelho para o desemprego. Antes pelo contrário.

Os programas de sustentabilidade, por exemplo, são uma forte aposta do nosso país e cada vez mais jovens ficam rendidos aos desafios desta profissão, que atrai uma fatia crescente do mercado de trabalho. Os portugueses que quiserem investir nestes cursos têm à disposição um vasto leque de opções.

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, por exemplo, disponibiliza uma licenciatura em Engenharia das Energias Renováveis. Mas, um pouco por todo o país, espalham-se outros muitos cursos que levam “engenharia” no nome. Segurança no Trabalho, de madeiras, da Instrumentação e Metrologia, da Proteção Civil e de Máquinas Marítimas são alguns entre os mais de trezentos cursos politécnicos e universitários que os estudantes encontram em Portugal. Na verdade, parece mesmo que a lista não tem fim – talvez por isso, este seja um país de engenheiros.

Portugueses dão cartas na engenharia

Se ainda não sabe, fica a saber: não é apenas o nosso turismo que está na moda. Na verdade, nos últimos anos, Portugal mostrou que os seus engenheiros fazem um enorme sucesso dentro e fora de fronteiras. O país está a conquistar cada vez mais espaço no mapa da engenharia internacional, atraindo os olhares atentos dos recrutadores de talentos.

Isto tem feito com que várias empresas se instalem no nosso território, aumentando significativamente as oportunidades de emprego e crescimento na carreira – para além de impulsionar o valor das remunerações oferecidas.

É, parece mesmo que a engenharia está na moda e,  contrariando o que acontece aos milhares de licenciados noutras áreas, os estudantes recém-formados nas melhores universidades de engenharia do país desconhecem a palavra desemprego. Os engenheiros nacionais não sabem, de facto, o que é ficar por meses à espera de uma entrevista ou de uma oferta de trabalho. Para exemplificar aquilo que falamos, citamos algumas taxas de empregabilidade dos alunos que estudam nestes ambientes:

  • Em 2016, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a taxa de recém-licenciados empregados foi de 80%.
  • No mesmo ano, a taxa de empregabilidade para os novos profissionais que saíram do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, foi de 95%.

As startups e os novos engenheiros

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Os novos profissionais de engenharia têm encontrado uma importante abertura no mercado de trabalho: As startups. Estas pequenas e médias empresas estão a atrair os recém-formados, que parecem optar por este ambiente e deixar de lado a escolha pelas grandes multinacionais ou consultoras. A razão parece simples: embora isso possa significar um risco acrescido, a verdade é que é mais fácil encontrar um lugar de destaque neste tipo de ambiente – e sim, ter um papel determinante é, cada vez mais, o sonho dos nossos engenheiros.

O mercado internacional

Não interessa se são gigantes tecnológicas ou startups inovadoras. Quando o assunto é ingressar no mercado de trabalho, os engenheiros portugueses ganharam o hábito de começar lá fora. É comum ver jovens profissionais optarem pelas vagas oferecidas em empresas internacionais e a verdade é que as empresas da Europa e do mundo adoram os nossos profissionais de engenharia.

Não há um selo que identifique os engenheiros portugueses, mas é evidente que eles marcam as empresas por onde passam. Os empregadores internacionais acreditam que os engenheiros que estudaram em Portugal são como “esponjas” e absorvem toda a informação ao redor. Quando uma empresa destas recebe um português, pode acreditar que teve a sorte de encontrar um bom profissional. No entanto, quando passam a receber mais engenheiros vindos do mesmo país, percebem que, de facto, não é um mero acaso. Duvida? Então pare para pensar: por que gigantes como a Jaguar, a Airbus e a Rolls Royce procuram por Portugal quando querem captar novos talentos? Os nossos cursos são bons.

Engenharia derruba medicina

Medicina? Não, já não é este o curso “rei” das grandes notas. Nos últimos anos, os cursos de engenharia têm recebido especial destaque quando o assunto é a corrida pelas maiores médias para entrar na universidade. Em 2016, por exemplo, entre os dez cursos universitários com  as mais altas médias de ingresso em Portugal, cinco foram de Engenharia.

Confira a lista dos 10 cursos com as médias mais altas neste ano:

1.º  Engenharia Aeroespacial – 18,53 valores – Instituto Superior Técnico
2.º Engenharia Física e Tecnológica- 18,53 valores – Instituto Superior Técnico
3.º Engenharia e Gestão Industrial –18,48 valores – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
4.º Medicina – 18,40 valores – Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
5.º Medicina – 18,25 valores – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
6.º Bioengenharia – 18,20 valores – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
7.º Medicina – 18,17 valores – Universidade do Minho
8.º Matemática – 18,05 valores – Instituto Superior Técnico
9.º Medicina – 17,98 valores – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
10.º Engenharia Biomédica – 17,95 valores – Instituto Superior Técnico

*Fonte: Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior

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