Ekonomista
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04 Mar, 2021 - 15:35

Esgana: causas, sinais e como proteger o seu cão

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Quando se trata de uma doença infeciosa como a esgana, o melhor é prevenir porque pode não haver mesmo como remediar. Saiba mais sobre esta patologia.

Cão com sintomas de esgana

A esgana é uma doença infeciosa que ataca os pulmões, trato intestinal e sistema nervoso dos cães. De todas as doenças deste género nestes animais, apenas a raiva supera a esgana em termos de taxa de mortalidade.

Esta patologia propaga-se através de um vírus chamado CDV (Canine Distemper Virus), que é altamente contagioso e facilmente passa de cão para cão através do contacto direto entre animais.

Os cães jovens, entre 3 a 6 meses, que não tenham sido vacinados contra a doença são os mais suscetíveis de ser infetados. Contudo, esta patologia pode afetar cães de qualquer idade ou raça.

Sintomas da esgana

Os animais que têm esta doença têm febre uma semana após a infeção. Muitas vezes, esta febre pode passar despercebida. Duas semanas depois da infeção, o vírus produz lesões graves, potenciando o aparecimento de infeções secundárias por bactérias que surgem nas células dos seios nasais, paranasais, pulmões, olhos e trato intestinais.

Este ataque misto do vírus e das bactérias que se aproveitam de um sistema imunitário mais debilitado levam aos seguintes sintomas:

  • Perda de apetite;
  • Febre;
  • Corrimentos nasais e oculares muco-purulentos;
  • Pneumonia;
  • Diarreia.

O CDV tem como característica a facilidade de multiplicação nas células do sistema nervoso. Por isso, os animais podem ainda sofrer ataques epiléticos e convulsões como resultado de uma lesão no cérebro causada pelo vírus. Para além disso, o CDV afeta também a medula espinal, provocando paralisia, perdas de coordenação e fraqueza muscular. Cerca de 50% dos animais afetados apresentam este tipo de sintomas.

A maioria dos cães que desenvolve este tipo de sintomas acaba por morrer ou por ser eutanasiado devido ao sofrimento provocado por esta patologia.

Homem a acariciar cão

Como se diagnostica

O diagnóstico desta patologia não é muito fácil porque muitos animais podem não apresentar todos os sintomas típicos da doença que descrevemos neste artigo.

É possível, por exemplo, que o animal passe diretamente de um sintoma de febre para sintomas nervosos como as convulsões. Este vírus torna-se ainda difícil de identificar ao nível das secreções nasais, até cerca de 14 dias depois da infeção, altura em que os sintomas mais característicos começam a surgir.

Um cão que tem esgana deve ser isolado de outros cães e levado para um hospital veterinário o mais rapidamente possível.

Como tratar

Não existem, atualmente, medicamentos capazes de travar o vírus da esgana. O tratamento passa por minorar as infeções secundárias causadas pelas bactérias e por controlar os sintomas, como as convulsões, a diarreia ou a pneumonia.

O uso de antibióticos pode ajudar no combate às bactérias, mas não impede que o vírus invada o sistema nervoso.

A evolução desta patologia e as hipóteses de recuperação vão depender da resposta do sistema imunitário do cão. Apesar de ser possível, o tratamento da doença não apresenta garantias de sucesso.

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O que fazer para evitar a doença

Não existindo uma forma de pôr um fim ao vírus da esgana, a melhor opção é prevenir. A única maneira eficaz de o fazer é através da vacinação. Esta deve ser feita quando o animal completa 6 semanas de vida, seguindo-se pelo menos dois reforços separados por 3 a 4 semanas. Antes de atingir a idade para a vacina, mantenha o cão em espaços limpos e não o leve à rua.

Até terminar este período de vacinação, os cães devem ser mantidos longe do contacto com outros animais, mesmo que tenham sido já vacinados.

Embora na maioria dos cães a proteção dada por esta vacinação possa durar mais de um ano, é recomendada a revacinação anual, pois, em alguns animais, a imunidade à esgana pode decrescer muito rapidamente.

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