Ana Duarte
Ana Duarte
19 Mar, 2018 - 18:38

A evolução dos computadores: das primeiras máquinas aos portáteis

Ana Duarte

A evolução dos computadores passa não só por hardware, mas também por software. A história vai longa e muito mudou em pouco tempo. Veja os principais marcos.

A evolução dos computadores: das primeiras máquinas aos portáteis

O dicionário define “computador” como um aparelho eletrónico usado para processar, guardar e tornar acessível informação de vários tipos. É difícil precisar quando surgiu o primeiro computador, mas é certo que é um dispositivo já bastante antigo e a evolução dos computadores já tem muito que se lhe diga.

Este dispositivo evoluiu bastante e é um dos instrumentos de trabalho e estudo que mais se utiliza em todo o mundo. Fique a saber mais acerca da evolução dos computadores.

As principais etapas da evolução dos computadores

Os computadores já existem há mais tempo do que se imagina e a verdade é que os smartphones que trazemos no bolso são incomensuravelmente mais potentes do que os computadores pessoais que se popularizaram durante a segunda metade do século XX.

A palavra “computador” adquiriu diferentes significados ao longo dos tempos. Hoje, ao pensar num computador, pensamos nos dispositivos elétricos que foram produzidos a partir dos anos 50.

Estes aparelhos ganharam muita popularidade devido ao seu uso doméstico, o que foi potenciado pelo desenvolvimento dos sistemas operativos da Apple e da Microsoft, que misturavam grafismo com texto.

Estes sistemas vieram substituir aqueles que, antes, eram apenas compostos por texto. A partir de 1990, os computadores começaram a integrar aplicações e tornaram-se indispensáveis não só no trabalho, mas também em casa.

Processamento mecânico de informação

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Cartão perfurado. Fonte da imagem: Wikipedia

No final do século XIX, Herman Hollerith concebeu um sistema de cartões perfurados para ajudar a trabalhar nos censos. O sistema foi um sucesso, tendo poupado milhões de dólares ao governo americano. O sucesso desta invenção foi tão grande que foi replicado e adotado por outros países, a partir dos anos 50.

O processamento de informação era baseado numa combinação de cartões perfurados, num tabulador e em máquinas de perfuração. A invenção deste sistema fez com que Hollerith fundasse uma empresa que iria resultar na IBM (o gigante tecnológico que hoje dispensa apresentações).

A partir de 1930, começaram a surgir as primeiras calculadoras. Em 1936, Alan Turing, britânico conhecido como o pai da programação, apresentou o conceito de uma máquina universal (máquina de Turing), capaz de computadorizar qualquer coisa que é computável.

Toda a computação foi baseada nas ideias de Turing. Nesta época, mais propriamente durante a 2ª Guerra Mundial, as máquinas analógicas começaram a ser substituídas por máquinas digitais. O primeiro computador criado a pensar nas massas foi o UNIVAC, concebido pela empresa americana Remington Rand, em 1951.

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UNIVAC. Fonte da imagem: Wikimedia Commons

Computadores mais pequenos mas mais poderosos

Após o UNIVAC, a IBM lançou um computador também para as massas. A Remington Rand vendia dispositivos muito caros e a IBM apostou em gadgets mais pequenos e mais baratos que acabaram por se tornar populares.

Em 1954, a IBM criou a Fortran, uma das primeiras linguagens de programação. Nessa altura, a tecnologia começou a ser trabalhada no sentido de se produzir equipamentos com dimensões mais reduzidas, enquanto os processadores estavam a ser melhorados na velocidade de processamento e expansão de memória de dados.

A Texas Instruments e a Intel apresentaram os microprocessadores no início dos anos 70, traçando o caminho para aquilo que seriam computadores pequenos, mas também mais poderosos.

O aparecimento dos PC’s e dos Mac’s

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Apple I. Fonte da imagem: Wikimedia Commons

Até aqui, os computadores eram mais usados pelas empresas, governo e universidades. Os PC’s (Personal Computer) começaram a chegar ao mercado no final da década de 70. A Apple lançou o Apple I em 1976 e o Apple II no ano seguinte, abrindo a porta para aquilo que seriam os computadores domésticos para as massas.

A partir daqui, a indústria começou a avançar também na parte do software, pela mão da Apple e da Microsoft (que começou a vender o sistema operativo DOS em 1984).

A Apple, por outro lado, apresentava, no mesmo ano, o Macintosh (mais conhecido por Mac). Este sistema operativo marcava a integração de grafismo no software.

Cultura multimédia

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Windows XP. Fonte da imagem: Wikimedia Commons

Durante os anos 90, os computadores ganharam uma popularidade gigante. Este gadget passou a ser um objeto comum e imprescindível em muitas casas.

O Windows 95 foi um dos marcos da utilização massiva de computadores, potenciado também pelo desenvolvimento da World Wide Web.

Em pouco tempo, qualquer empresa começou a precisar de software para melhorar os seus produtos e/ou serviços. O computador passava a ser o principal instrumento de trabalho de muitas indústrias.

No início do século XXI, a Microsoft lançou o Windows XP, enquanto a Apple lançava a série de sistemas operativos OS X. Estes avanços tecnológicos, acompanhados pela produção de outras aplicações, significava que qualquer pessoa podia ter um fácil acesso a robustas ferramentas multimédia (em casa ou no trabalho).

A revolução móvel

O início do século XXI também ficou muito marcado pelo crescente uso de computadores portáteis. Depois, vieram os smartphones e os tablets, tendo a Apple sido líder na indústria móvel ao apresentar o iPhone, em 2007.

Este gadget iria mudar o panorama tecnológico e influenciar outros produtores. A geração atual de computadores permite aos utilizadores andar com um computador debaixo do braço, leve e fino, que se pode ligar à internet em qualquer lugar do mundo.

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