Viviane Soares
Viviane Soares
30 Ago, 2016 - 09:34

Financiamento para PME: que opções existem?

Viviane Soares

Conheça algumas opções de financiamento para PME, para que consiga ter as condições necessárias para alavancar o seu negócio e alcançar o sucesso.

Financiamento para PME: que opções existem?

No que toca ao financiamento para PME existem várias opções a serem exploradas, as quais podem vir a ser a chave para a expansão e para o sucesso deste setor empresarial. Além do crédito bancário e das linhas de crédito, há um conjunto de outras alternativas a ter em consideração – como, por exemplo, as soluções business angels ou o capital de risco.

E quando se trata de impulsionar o investimento, desenvolvimento, modernização e internacionalização das PME, também não deve descurar os mecanismos da Garantia Mútua – sistema mutualista de apoio às PME, que se traduz na prestação de garantias financeiras para facilitar a obtenção de crédito.

Existem quatro Sociedades de Garantia Mútua (SGM) em Portugal: a Norgarante, a Lisgarante, a Garval e a Agrogarante (esta última indicada para empresas do setor agro-florestal). Estas SGM intervêm nos processos de financiamento como uma espécie de fiadoras das PME obtendo, por isso, condições bastante favoráveis junto das entidades bancárias no momento de contratação de crédito. Mas vamos por partes.

Tipos de financiamento para PME: alguns exemplos

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1. Crédito bancário

A solução de financiamento mais comum para PME é a do crédito bancário. Nesta solução, as entidades bancárias emprestam dinheiro a empresas que, por norma, têm boa capacidade de gerar cash flows, mas que precisam de crédito para conseguirem alcançar os seus objetivos.

Uma das grandes vantagens do crédito bancário é o facto dos empresários não terem de ceder parte do controlo da sua empresa, apesar de terem de restituir o capital emprestado com juros. Os empréstimos bancários podem ser de curto ou de longo prazo e as taxas de juro aplicadas variam conforme as garantias que as empresas apresentam como contrapartida ao crédito.

2. Linhas de crédito

As possibilidades de financiamento para PME não se esgotam no crédito bancário dito tradicional. As linhas de crédito, por exemplo, são formas de empréstimo bancário, mas mais flexíveis, orientadas para o curto prazo e indicadas, por exemplo, para fazer face a insuficiências ou ruptura de tesouraria.

3. Crowdfunding

No que toca a soluções de financiamento para PME, o crowdfunding é outra das opções a considerar. Através das plataformas de crowdfunding qualquer cidadão se pode tornar num investidor de determinada empresa ou projeto. O seu modo de funcionamento é muito semelhante ao do crédito bancário,  mas com a particularidade das entidades bancárias serem substituídas por qualquer pessoa que queria participar no investimento.

4. Capital de risco

O capital de risco consiste num financiamento para PME temporário, dado por Sociedades de Capital de Risco (SCR) ou Fundos de Capital de Risco (FCR) que obtêm participações temporárias e geralmente minoritárias no capital da empresa. O capital de risco é mais popular em empresas com potencial de crescimento ou de elevado retorno. Esta é uma solução a que muitas empresas recorrem para terem as condições financeiras sólidas para poderem desenvolver os seus projetos.

5. Business Angels

Os Business Angels (BA) são investidores individuais, normalmente empresários de sucesso, que investem o seu capital, conhecimentos e experiência em empresas que se encontram em fase embrionária ou em fases críticas de crescimento. O capital é cedido a troco de uma parte do controlo da empresa.

6. Sistema de Garantia Mútua

Os mecanismos de Garantia Mútua facilitam o acesso ao crédito por parte das empresas. Por norma, o custo final que uma empresa suportaria por um financiamento bancário com Garantia Mútua tende a ser mais baixo do que seria o custo caso recorresse ao empréstimo do banco de forma individual.

Isto porque as entidades bancárias estão conscientes de que a obtenção de uma garantia por parte de uma Sociedade de Garantia Mútua (SGM) lhe permite uma relevante poupança de capitais próprios, além de a Garantia Mútua ser uma garantia (ou colateral) da operação de crédito com um elevado nível de liquidez. Por estas razões, os bancos estão disponíveis para praticar uma taxa de juro mais baixa do que praticaria se as empresas não beneficiassem da garantia da SGM.

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