Luís Seco
Luís Seco
16 Out, 2017 - 06:19

7 formas de estragar uma viagem e como evitá-las

Luís Seco

Qualquer pequeno pormenor pode contribuir para que uma viagem fique estragada. Da mesma forma que também um pequeno pormenor é suficiente para o evitar.

7 formas de estragar uma viagem e como evitá-las

Depois de semanas, meses ou mesmo anos a sonhar com uma viagem e a planeá-la, a última coisa que queremos é que esta fique aquém das expectativas criadas. Até porque, muitas vezes, os livros que lemos sobre o destino ou os vídeos e documentários que vimos criam em nós cenários idílicos difíceis de atingir.

Qualquer pequeno pormenor pode contribuir para que uma viagem fique estragada. Da mesma forma que também um pequeno pormenor é suficiente para o evitar. Esta pequena lista pretende, por isso, fazer-nos pensar sobre o que está ao nosso alcance para voltarmos para casa com o maior número de experiências positivas e memoráveis.

7 erros que podem estragar uma viagem

1. Não preparar tudo com tempo e atenção aos pormenores

Este primeiro tópico é lógico. Mais do que lógico. E o mais importante. Por isso, vamos já tirá-lo do caminho antes de passar aos restantes.

a) Faça um seguro de viagem. Mesmo!

b) Leve todos os documentos necessários (o prazo de validade tem de incluir a data do regresso);

c) Leve malas cujo peso não exceda o permitido pela companhia aérea (conte com o que vai trazer na vinda);

d) Leve os medicamentos que lhe podem fazer falta (incluindo o protetor solar);

e) Vá para o aeroporto com tempo suficiente para não andar a correr (e arriscar perder o voo);

f) Saiba a localização do seu hotel;

g) Investigue os horários dos pontos de interesse que quer mesmo visitar;

h) Veja se há zonas menos recomendáveis e se é seguro sair à rua a partir de certa hora;

i) Guarde, no cofre do seu quarto de hotel ou numa mala fechada a cadeado, os originais dos documentos de identificação (leve cópias para a rua) e dinheiro extra para emergências;

j) Faça sempre tudo com calma de modo a não perder algo importante (mala, máquina fotográfica…).

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2. Comparar constantemente a cultura do destino com a nossa

Quando fazemos uma boa investigação e escolhemos um destino, devemos ficar com uma ideia bastante clara da cultura que nos espera. Uma das piores atitudes que podemos ter em viagem é julgar que a nossa própria cultura é superior (ou inferior) à do país onde estamos.

As comparações, especialmente aquelas muito rígidas, acabam por nos afastar do objetivo número um de viajar: viver o novo. São as grandes e as pequenas diferenças culturais entre povos que fazem a riqueza da humanidade.

Tenha noção do que vai encontrar de diferente: restrições em relação a vestuário, crenças religiosas, comportamentos no espaço público, comida, limpeza… Regresse a casa mais tolerante.

3. Deixar que o mau tempo nos impeça de explorar

O mau tempo, especialmente o frio, a chuva e a neve, podem condicionar uma viagem. Mas não nos pode impedir de sair do hotel!

Se está mesmo muito desagradável na rua, opte por refazer o seu itinerário de modo a visitar mais museus e monumentos cobertos ou escolha um restaurante singular onde vai passar mais tempo a provar a deliciosa comida local. Aproveite um nevão para brincar um pouco na neve se esta for uma novidade para si.

Se houver uma atividade ao ar livre que queira mesmo fazer, vista umas camisolas quentes e o impermeável. Seja ousado. Nos destinos tropicais, em períodos em que chova bastante mas em que, ainda assim, esteja calor, entre nas águas do mar ou escolha atividades onde se fosse molhar de qualquer maneira como canoagem, rafting, etc. Quando regressar à sua casa, vai ficar feliz por não se ter deixado intimidar.

4. Zangar-se com o(s) companheiro(s) de viagem

Por vezes, o nosso melhor amigo ou até a nossa cara-metade podem não ser as pessoas mais indicadas para viajarem connosco. Há que aceitar.

Para além disso, estar com pessoas significa fazer compromissos. Ser inflexível em relação aos lugares a visitar, os restaurantes onde comer ou a melhor altura para fazer uma pausa num banco de jardim ou no hotel é meio caminho andado para uma zanga que pode estragar a viagem. Ainda para mais quando o cansaço nos suga a paciência que noutras circunstâncias teríamos.

Por estes motivos, o segredo é escolhermos bem a nossa companhia e termos atenção aos desejos do outro. Também ajuda aprender a respirar fundo e a relativizar rapidamente as desavenças.

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5. Acumular tanto stress como no trabalho

Seja simplesmente para descansar ou para conhecer o máximo que pudermos de outras partes do mundo, o propósito de uma viagem é sempre fugir à rotina do dia-a-dia. A última coisa que queremos fazer é andar a correr de um lado para o outro como se tivéssemos o chefe a vigiar-nos.

Ou seja, o ideal é planearmos as atividades principais com a investigação referida acima, mas deixar tempo livre suficiente para as descobertas fortuitas e para relaxar um pouco sem quaisquer planos.

6. Gastar dinheiro demais

Na verdade, gastar dinheiro a mais não nos vai estragar a viagem. Pelo contrário! Pelo menos até voltarmos a casa, vamos viver como reis. Mas ninguém quer regressar e levar meses a pagar o cartão de crédito de uma viagem passada em vez de economizar para a próxima.

Tenha sempre presente o valor do câmbio quando gastar dinheiro. Desfrute bem das experiências únicas que o destino escolhido lhe proporciona mas evite despesas em compras que poderia fazer no seu próprio país. Lembre-se das outras “coisas” que comprou em viagens de há uns anos que estão a acumular pó em cima dos móveis ou perdidas no fundo de gavetas.

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7. Manter-se demasiado ligado a casa

Numa altura em que estar ligado à internet faz parte da nossa vida diária, é difícil deixarmos para trás esse hábito. Mesmo nos tempos mortos de espera nos aeroportos ou nos transportes público, evite estar sempre a telefonar para casa ou a verificar, nas redes sociais, o que os seus amigos estão a fazer – meta conversa com a pessoa que está sentada ao seu lado.

Mesmo à noite no quarto de hotel, vá até à janela e observe o que se passa nas ruas. Enquanto espera pela sua refeição no interior de um restaurante ou numa esplanada, veja como a vida se desenrola à sua volta. Para além disso, também não faz muito sentido levarmos as noites a ver fotografias e vídeos de lugares distantes desejando conhecê-los para depois viajarmos finalmente para lá e passarmos o tempo a publicar as nossas próprias fotografias ao invés de… tirarmos os olhos do ecrã. Pois não?

Dedicarmos a nossa concentração ao momento, embora não descurando os aspetos mais práticos com que teremos sempre de lidar é, portanto, a chave para o sucesso. O “segredo” para nos aproximarmos das inevitáveis expectativas que criámos é, obviamente, manter uma atitude positiva e ultrapassar as dificuldades que vão surgir. Boas viagens!

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