Ekonomista
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17 Abr, 2023 - 14:58

Combustíveis Low Cost podem afetar o rendimento do carro?

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É seguro abastecer com combustíveis low cost? Conheça a diferença entre estes combustíveis e os restantes existentes no mercado e tome a sua decisão.

combustíveis low cost

O condutor deve optar por abastecer com combustíveis low cost? Será este tipo de combustível, sem aditivos e amigo da carteira, apenas mais um sinónimo de baixa qualidade? A sua utilização pode afetar o rendimento das viaturas? O seu uso poderá provocar problemas mecânicos a médio ou longo prazo?

As respostas para estas perguntas não são unânimes, e serve o presente artigo para mostrar informações que podem ajudar a escolher o melhor combustível para si.

Há, contudo, uma certeza: os combustíveis em Portugal saem todos das mesmas refinarias.

As marcas de renome afirmam que costumam acrescentar aditivos aos combustíveis não low cost, apenas para corresponderem melhor às necessidades dos motores modernos. Poderia isso ser mais uma razão para apostar nos combustíveis mais baratos?

Estas são algumas das questões quando o assunto é abastecer o carro com este tipo de combustível. Descubra tudo sobre o assunto e acabe com as dúvidas.

Combustíveis low cost e premium: qual a diferença?

Todos os combustíveis vêm das mesmas refinarias, com a diferença de que os low cost são simples e os restantes têm aditivos. A grande diferença reside, portanto, na composição dos mesmos, para além do preço, claro.

Ou seja, o combustível simples é o que sai da refinaria, sendo assim o produto base e virgem que as marcas compram para, depois, lhes juntarem os aditivos, como é o caso da gasolina e do gasóleo normal.

Estes combustíveis, comprados pela maioria dos portugueses, têm assim mais aditivos do que os simples, mas menos do que os produtos premium das grandes marcas.

No caso dos combustíveis low cost, ou simples, estes são desprovidos de aditivos que promovem o melhor desempenho.

Os aditivos têm como funções reduzir as emissões poluentes, aumentar a potência do motor e diminuir o consumo. Para além disso, aumentam os intervalos de manutenção e melhoram a fiabilidade do motor.

O que é um aditivo?

De forma mais concreta, um aditivo tem a função limpar os injetores de combustível, as válvulas e todos os locais da viatura onde chega o combustível. Consegue também melhorar a combustão.

No caso do gasóleo, estes aditivos facilitam a combustão e o aproveitamento da energia contida. Reduzem ainda a formação de espuma, o que melhora o enchimento e reduz os salpicos.

Estas propriedades benéficas dos aditivos podem implicar, a longo prazo, um menor consumo e melhor desempenho do motor do carro. Isto porque o motor fica mais limpo e tem menos desperdícios do que se usasse um combustível sem aditivos.

No entanto, os combustíveis que têm aditivos não os podem ter em grandes quantidades. Este facto encontra-se estabelecido na lei, pois isso tornar-se-ia prejudicial ao funcionamento do veículo.

Uma das formas de saber se o combustível que usa tem aditivos é reparar nas estações de serviço com sinalização, que costumam usar o aditivo das suas companhias de petróleo. Mas, o melhor é perguntar diretamente à pessoa responsável pela estação.

Gasolina low cost é prejudicial para a viatura?

Ainda não foi encontrada uma resposta unânime para esta pergunta. Há quem acredite que optar por um combustível low cost pode trazer problemas à viatura a médio prazo, principalmente quando se trata de um automóvel com um motor mais moderno e evoluído, cujo controlo eletrónico se torna mais sensível.

Existe ainda a opinião de que os fabricantes desenham os seus motores para estes funcionarem sem problemas com gasolina e diesel puros. No entanto, isso não significa que o façam na perfeição.

Seria possível ajudá-los a trabalhar melhor, adicionando certos aditivos ao combustível, capaz de modificar ligeiramente as propriedades físicas do mesmo.

A DECO desenvolveu estudos em relação a esta questão, e concluiu que não existem factos que comprovem que este género de combustíveis prejudica diretamente o motor e a performance do veículo. Segundo a análise, os combustíveis low cost cumprem as normas de qualidade e as necessidades dos consumidores.

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Marcas confiam nos combustíveis low cost

As marcas de automóveis têm sido unânimes em assegurar que, quando o cliente compra um carro, há instruções específicas mínimas de utilização de gasóleo ou gasolina. No entanto, não dão qualquer indicação aos clientes sobre o combustível que devem usar, seja este de baixo custo ou gasolina simples ou aditivada, o que faz com que assumam que todos os disponíveis no mercado têm qualidade para serem consumidos.

Ou seja, entende-se que, quando o mercado respeita essas orientações, garantindo que não há combustíveis adulterados ou mal acondicionados, não há razões para descartar a versão mais económica.

Alguns testes realizados até hoje

A DECO chegou a realizar testes com combustíveis de marca e também low cost, tendo acabado por concluir que não encontrou diferenças significativas entre os dois.

Segundo a associação para a defesa do consumidor, não existem motivos para ter receio em relação à qualidade dos combustíveis simples.

A única grande diferença apontada foi o preço, que é muito menor quando se escolhe o combustível low cost. Isto deve-se à ausência dos aditivos presentes nos restantes combustíveis, estando o consumidor, na verdade, a comprar apenas uma parte do produto e não a pagar menos pelo produto.

No entanto, a Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis avisou que a qualidade dos combustíveis low cost é inferior e que a ausência de aditivos não é benéfica para os motores fabricados atualmente.

Já a Associação de Empresas Petrolíferas (APETRO) foi mais prudente ao enviar um comunicado, em dezembro de 2014, onde distinguia os combustíveis normais dos low cost, mas sem colocar em causa a qualidade de ambos.

Ainda assim, referiu que os produtos aditivados se distinguem pela “qualidade, fruto de muita investigação e desenvolvimento”.

Conheça mais opiniões

Há, também, quem afirme que o combustível low cost não existe, e sim postos que prestam serviço low cost, tal como acontece nos super e nos hipermercados.

Neste tipo de posto não há empregados próprios ou lojas, ao contrário do que se passa nas bombas da Galp, BP, Repsol e Cepsa.

Por isso, há margem para vender os referidos combustíveis simples, que são mais baratos, além de se poder vender combustíveis aditivados a preços mais baixos, como ocorre na Prio ou na Rede Energia.

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