Sérgio Martins
Sérgio Martins
18 Dez, 2015 - 08:30

O que muda nos TPA para 2016

Sérgio Martins

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O que muda nos TPA para 2016

Espaços coworking para pequenas empresas e freelancersO Terminal de Pagamento Automático (TPA) trata-se de uma das formas de pagamento mais mais rápidas e seguras que existe. A tamanha utilidade que este sistema apresenta, quase que obriga todos os espaços comerciais a contratar o serviço.

A possibilidade de recebermos imediatamente um pagamento com o valor que o Cliente tem na conta à ordem bancária, através de um cartão, sem que tenha numerário na mão, torna a contratação de um serviço de TPA quase indispensável.

Uma das grandes críticas partilhada por um número significativo de comerciantes são as comissões bancárias pagas pelo serviço. Os custos da Tarifa de Serviço ao Cliente (TSC) são um dos grandes focos de negociação entre os comerciantes e o banco. Numa dinâmica negocial, que engloba volume de negócio da empresa, mensalidade pela utilização do serviço e preço das comunicações, é definido um valor de TSC para cartões de débito e cartões de crédito.

Novas Regras para 2016

Em Março de 2015, o Parlamento Europeu, definiu limites máximos para as taxas de intercâmbio aplicáveis às operações de pagamento com cartões, quer estas sejam nacionais ou transnacionais. Os limites máximos estão fixados em 0,2% do valor da operação para cartões de débito, enquanto que os cartões de crédito apresentam um limite de 0.3%.

Perspetivas no negócio

Trata-se de uma decisão muito importante por parte do Parlamento Europeu. Numa generalidade dos bancos nacionais, podemos perspetivar uma redução de comissionamento de TSC num intervalo entre 50% e 80%. Esta situação trará certamente uma restruturação do negócio, por parte das instituições bancárias.

Esta medida visa combater alguns níveis excessivos das TSC, aumentar a transparência na cobrança das mesmas, criar condições equitativas de concorrência e favorecer a criação de um mercado de pagamentos à escala da União Europeia.

É de especular que esta redução de comissões também se reveja nos preços de venda nas empresas de retalho. O mais expectável será a possibilidade de diminuição dos preços finais ou simplesmente não registarem qualquer aumento.

Exemplo Prático

A empresa Loja, Lda trata-se de um espaço comercial que vende roupa. Tem um volume de utilização de TPA de 100.000€ por ano. Deste valor, 60.000€ correspondem a transações com cartões de débito e o restante em cartões de crédito. No que respeita a taxas de TSC, a Loja, Lda contratou com uma entidade bancária, uma comissão para cartões de débito e cartões de crédito de 0,8% e 1,5% respetivamente.

Cenário atual a pagar de TSC:
60.000€ * 0.8% = 480€ – cartões de débito
40.000€ * 1.5% = 600€ – cartões de crédito

Cenário para 2016 a pagar de TSC:
60.000€ * 0.2% = 120€ – cartões de débito
40.000€ * 0.3% = 120€ – cartões de crédito

Se apenas tomarmos em conta a restruturação das TSC, verificamos que a Loja, Lda conseguirá apresentar uma poupança anual de 840€.


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