Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
13 Ago, 2015 - 08:40

Quando dizer “não” no trabalho?

Júlia de Sousa

Esta palavra tão pequena tem mais poder do que possa imaginar. Saiba em que situações deve dizer “não” no trabalho.

Quando dizer “não” no trabalho?

Dizer “não” no trabalho é algo que deve fazer sempre que se justifique, mas quando e como fazê-lo é algo que requer alguns cuidados. A verdade é que saber dizer “não” é um dom que poucos têm, mas é algo que todos deveriam considerar. Um “não” na hora certa e dito de forma adequada pode ser fulcral para que se mantenha mais produtivo e motivado no seu emprego. Pode não acreditar, mas é verdade. E é simples de perceber porquê. Ao saber quando e como dizer “não” – seja a colegas ou chefias – vai impor (ou se preferir, traçar) alguns limites que, em última instância, serão mais benéficos do que possa pensar.

3 Situações em que deve dizer “não”

É normal que, enquanto profissional, se sinta tentado a aceitar todas as tarefas adicionais/extra que lhe possam solicitar. Afinal todos querem mostrar as suas competências e impressionar pelo seu valor enquanto ativo. E mais. Em última instância todos ambicionam uma promoção ou um aumento salarial, por exemplo, e veem nestas oportunidades uma hipótese de brilhar.
Mas talvez fique surpreendido por saber que esta estratégia pode estar a pôr em causa o seu sucesso. Sim, porque – mais dia, menos dia – vai dar por si sobrecarregado com trabalho, vai acabar por colocar em causa o equilíbrio entre a sua vida privada e profissional ou (pior!) pode vir a sofrer de problemas sérios, como o burnout profissional.

Claro, é sempre mais fácil dizer do que fazer e é complicado dizer que “não” a uma tarefa atribuída pelo chefe ou a um pedido de um colega. No entanto, ainda que não deva fechar a porta a todos os pedidos tem que saber quando “pôr um travão”. Conheça três situações em que deve ter particular atenção antes de aceitar e arcar com novas responsabilidades e perceba porque pode ter que dizer “não”.

1. Quando interfere com as suas principais responsabilidades

Aceitar tarefas e funções adicionais pode não ser a melhor das ideias, principalmente se prejudicar aquelas que devem ser a sua prioridade e podem mesmo interferir com o seu desempenho. Nesses casos o melhor é recusar.

2. É o trabalho de outra pessoa

Repare. Uma coisa é dar uma ajuda, outra (muito diferente) é assumir todo o trabalho de outra pessoa. Uma empresa é constituída por vários elementos e cada um deles tem tarefas atribuídas e contribuem de forma diferente para o bom funcionamento da “máquina” (digamos assim). Se deixar o seu trabalho, para fazer o trabalho de terceiros pode estar a pôr em causa o bom andamento e ritmo de trabalho. Você tem as suas funções e é nelas que se deve centrar. Quanto muito pode dar “uma mãozinha” em casos de emergência.

3. Tem que trabalhar com base em expetativas pouco claras

Não aceite uma tarefa sem saber exatamente o que esperam do seu trabalho. Começar um projeto/trabalho sem saber qual o resultado esperado é “meio caminho andado” para muitas dores de cabeça. O ideal é que antes tente recolher o máximo de informação possível para que possa ter elementos suficientes para analisar e ponderar se aceita ou não esse trabalho.

Não tenha medo de dizer “não”!

Fazer uso do seu direito de dizer “não” em ambiente de trabalho tem mais vantagens do que possa pensar. Por vezes é quanto basta para que os profissionais se sintam mais motivados e envolvidos na cultura e objetivos da empresa e, consequentemente, acabem por ter um melhor desempenho.  


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