Margarida Ferreira
Margarida Ferreira
25 Set, 2016 - 07:00

Trabalhar na Hungria: guia essencial

Margarida Ferreira

Situado no coração da Europa Central, a Hungria, país membro da União Europeia, possui a segunda maior reserva mundial de águas termais.

Trabalhar na Hungria: guia essencial

Com uma História riquíssima, uma oferta cultural muito vasta e uma beleza natural singular, pode muito bem ser um excelente destino profissional e pessoal.


Por que devo procurar emprego e trabalhar na Hungria?

Com uma taxa de desemprego a rondar os 7%, a economia magiar tem vindo a crescer nos últimos anos. A presença no 54.º lugar, entre os 189 países avaliados, no Ranking Doing Business 2015 atesta essa evolução gradual. A carência de mão-de-obra especializada abriu as portas à emigração, que é bem recebida e acolhida.

Apesar das boas indicações que possa ter, não se precipite. Tome uma decisão ponderada e, sobretudo, bem referenciada. Informe-se sobre a realidade social e profissional que vai encontrar e evite surpresas desagradáveis. Para isso pode contar com nossa ajuda. Esclarecemos, de seguida, alguns itens pertinentes sobre trabalhar na Hungria.


Emprego

Nos últimos anos, a Hungria tem atraído grandes investimentos estrangeiros. Multinacionais estabeleceram-se no país, sobretudo em Budapeste, e são responsáveis pela contratação de profissionais qualificados que vêem de fora, para colmatar as lacunas do mercado interno. Tecnologias de informação e energias renováveis são dois sectores destacados.

O turismo de luxo é uma área em forte expansão, com a cultura termal a assumir um papel importante no desenvolvimento económico. Restauração, hotelaria e indústria metalúrgica e metalomecânica estão entre os maiores recrutadores. A formação técnica e a experiência profissional são factores determinantes no processo de selecção.


Salários

Com um salário mínimo nacional a rondar os 330 euros (Eurostat), a Hungria integra o grupo dos países da União Europeia com valores mais baixos nesta matéria. No que diz respeito ao salário médio mensal, em 2014, atingiu os 812 euros. São vencimentos mais elevados que atraem os candidatos estrangeiros. As multinacionais praticam tabelas salariais próprias.


Custo de vida

O nível de vida húngaro está a par ou abaixo dos restantes países europeus. Como seria de esperar, as maiores cidades, nomeadamente Budapeste, são mais caras, ainda assim acessíveis. No supermercado prepare-se para pagar 50 cêntimos pelo pão e 65 cêntimos por um litro de leite. Já um quilo de maçãs fica por 88 cêntimos e uma dúzia de ovos por 1,65 euros. Se optar por utilizar os transportes públicos, irá desembolsar cerca de 35 euros mensais pelo passe.

Quanto à habitação, o aluguer de um T2 numa zona nobre da capital Budapeste ronda os 600 euros por mês. Se quiser contratar uma pessoa para tratar da limpeza, o valor hora não vai ultrapassar os 4,50 euros.


Segurança

A Hungria é, de uma forma geral, um país seguro, com baixos níveis de criminalidade. No entanto, é necessário manter os cuidados básicos, sobretudo nas grandes cidades, como a capital Budapeste. Os lugares de maior concentração de turistas e os transportes públicos são alvos preferenciais para os carteiristas. Convém estar atento.


Cuidados de saúde

As prestações de cuidados de saúde são financiadas por um fundo público distinto (o Fundo de Doença), gerido pelo governo. As receitas provêm das quotizações e das contribuições obrigatórias para o seguro de saúde e das receitas fiscais. Tanto o trabalhador como a entidade empregadora pagam contribuições para este seguro.

Qualquer pessoa tem direito a beneficiar do conjunto dos cuidados de saúde, que são geralmente gratuitos. Em algumas situações, os custos podem ficar ao encargo do paciente (por exemplo, se recorrer a outro médico que não o nomeado pelo sistema nacional de saúde, ou a ausência de prescrição médica).


Visto

Os cidadãos portugueses não precisam de visto para entrar ou sair do país. Para aqueles que pretendem ficar por um período mais longo (superior a 90 dias), é necessário obter uma autorização de residência temporária e proceder à respectiva inscrição nas entidades oficiais (finanças, segurança social,..).


Língua

A língua húngara ou magiar é o idioma oficial do país. Não vamos dizer que é fácil de aprender, porque não é, mas faça um esforço por dominar o básico. Facilita a sua integração. O inglês e o alemão são as línguas estrangeiras mais faladas pela população. Se trabalhar numa multinacional, não terá qualquer problema.

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