Ekonomista
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19 Jul, 2023 - 11:00

Vespa asiática: porque é uma ameaça?

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Há 12 anos a vespa asiática entrou em Portugal e nunca mais foi-se embora. Conheça melhor este inseto e entenda porque é visto como uma ameaça.

vespa asiática

Em todo o continente, o seu “ataque” à vulgar abelha europeia tem dado muito que fazer aos apicultores – e em Portugal a situação não é diferente. Mas que animal é este, que invadiu o território nacional e está a pôr em causa tantos negócios? Saiba mais sobre esta ameaça em ponto pequeno: a vespa asiática.

A primeira vez que se ouvimos falar nesta “praga” foi em 2004, altura em que estes pequenos animais chegaram à Europa, através de contentores provenientes da China. Ao chegar à França, através do mar, as vespas asiáticas espalharam-se por todo o continente europeu – e começou o caos para os apicultores.  

Há 12 anos que Portugal convive com esta ameaça e o problema não está perto de ser resolvido. Os riscos para fauna e flora são muitos, e os danos podem ser irrecuperáveis. Também a nossa saúde fica em causa.

Conheça a vespa asiática

A vespa asiática possui um regime alimentar muito variado, mas gosta mesmo de incluir as abelhas na dieta. O animal vindo da China também ataca insetos de outras espécies como, por exemplo, moscas, borboletas, larvas, lagartas da borboleta, e muito mais.

Todas as presas que estão sob a sua mira têm como destino ser a fonte de alimentação das próprias larvas das vespas – uma vez que o regime alimentar das adultas inclui apenas líquidos açucarados, como néctar, mel e frutos maduros. 

Um dado curioso é que, apesar de pequenina, a vespa asiática tem o dobro do tamanho da vespa europeia.

Há perigo para o ser humano

Para as pessoas, o perigo será semelhante aquele que é oferecido pela vespa europeia, sendo a picada mais dolorosa, devido ao seu maior tamanho, e o incómodo provocado pelo ataque pode mesmo demorar mais tempo a passar.

No entanto, pessoas que sejam alérgicas a este tipo de picada podem desencadear reações graves que, inclusivamente, podem levar à morte. Já se registaram alguns casos em Portugal, a maior parte deles devido à ocorrência de choques anafiláticos.

Mas calma. A vespa asiática não tem como objetivo picar pessoas e animais domésticos, uma vez que  o seu real alvo é a abelha e a colmeia. Para além disso, mesmo que seja picado por uma destas vespas, saiba que ela não é portadora de doenças nocivas ao nosso organismo.

Ainda assim, é indicado evitar ao máximo estar em contacto com este inseto. Caso encontre ninhos deste tipo de vespa, deverá contactar  empresas especializadas para neutralizar o problema.

Se é um produtor de mel, ou explorador agrícola, a situação agrava-se e deve estar muito atento à vespa asiática. A presença desta praga pode representar danos irreversíveis e muitos prejuízos aos negócios relacionados à apicultura. Esta vespa é um especialista na arte de atacar e destruir as colónias das abelhas produtoras de mel, provocando desequilíbrios na fauna e na flora. Esteja atento.

Ninhos das vespas asiáticas

Tal como acontece com a vespa europeia, a vespa asiática constrói um ninho volumoso de papel mascado, composto por várias galerias de células e compartimentos próprios. 

Engana-se quem pensa que a vespa asiática cria as suas raízes apenas em meio à natureza. Ela pode, por vezes, criar o seu ninho em estruturas abertas como, por exemplo, prédios, postes e muros. Descobrir um ninho deste inseto pode ser uma tarefa complicada e é preciso redobrar as atenções. Não esqueça: o voo discreto da vespa asiática pode levar ao ataque silencioso.

Como eliminar a vespa asiática

A destruição dos ninhos deve ser feita com equipamento de proteção e seguindo as orientações previstas no Plano de Ação específico. É comum que armas de fogo sejam utilizadas, sem qualquer orientação – e isso só contribui para a dispersão das vespas, que vão procurar um novo sítio para fazer os seus ninhos.

Este pequeno animal tem característica obreira, ou seja, ainda que aconteça a perda da rainha, as restantes fêmeas têm a capacidade de alterar a sua função e tornarem-se em fêmeas fundadoras – que vão construir mais novos ninhos.

Se localizou um ninho desta espécie, contacte uma empresa especializada no assunto e garanta o fim do problema.

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