Maria Oliveira
Maria Oliveira
09 Mai, 2016 - 09:10

Adeus pílula?

Maria Oliveira

Há uma nova solução para as mulheres que lutam todos os meses com os efeitos secundários resultantes da toma de anticoncecionais hormonais.

Adeus pílula?

De acordo com uma notícia do britânico Huffington Post, os últimos dias da pílula contracetiva parecem estar para chegar. Nos últimos anos, a discussão tem crescido, inclusive em terras lusas, sobre os benefícios e malefícios deste comprimido para a saúde feminina e, agora, parece que está próxima a solução para todos os problemas das mulheres.

No jornal da Associação Americana para o Avanço da Ciência, foi publicado um estudo que afirma que a solução pode estar nas algas marinhas. Os cientistas estão em fase de desenvolvimento de uns grânulos, feitos com uma substância açucarada, extraída das algas marinhas, que bloqueia os espermatozoides e previne a gravidez.

As ZP2, como foram denominadas, são umas pequenas esferas, com uma textura viscosa, que garantem um efeito anticoncecional, sem os efeitos secundários associados à contraceção à base de hormonas.

Como funcionam os grânulos de algas marinhas?

Estes grânulos têm apenas 0,037 milímetros e são revestidos com uma proteína – a ZP2 – que é normalmente encontrada no exterior dos óvulos. Por serem tão semelhantes aos óvulos, conseguem enganar e atrair os espermatozoides que acabam presos lá dentro. Num estudo realizado com ratos, os investigadores injetaram os grânulos dentro do útero dos animais e, apesar do acasalamento regular, em dez ciclos reprodutivos, nenhuma das fêmeas engravidou.

Os investigadores acreditam que estes grânulos de algas marinhas também podem ser úteis em tratamentos de fertilidade (como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro), já que podem auxiliar os biólogos a identificar os espermatozoides mais fortes.

Allan Pacey, da Universidade de Sheffield refere que “as clínicas de fertilidade vão ficar interessadas na possibilidade de identificar os melhores espermatozoides com o recurso a estes grânulos”, e acrescenta que, “de facto, precisamos de melhores métodos para o fazer, uma vez que, neste momento, a seleção dos espermatozoides é feita de forma um pouco arbitrária.”

Leia aqui o estudo que promete revolucionar a saúde feminina e a fertilidade.

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