Clara Henriques
Clara Henriques
21 Fev, 2015 - 08:00

Aumentos de salários? Existem, mas só para alguns

Clara Henriques

Se grande parte dos portugueses tem vindo a perder poder de compra e a ver os salários diminuir, para os políticos e dirigentes, o cenário é outro. Saiba qual.

Aumentos de salários? Existem, mas só para alguns
O contexto socioeconómico dos últimos anos tem-se revelado muito negativo para os portugueses. A crise económica que assolou o país deu origem à implementação de medidas de austeridade que resultaram em cortes nas pensões e salários, no congelamento das diferentes carreiras e, por consequência, na progressiva perda de poder de compra dos portugueses.
Segundo os dados resultantes da síntese Estatística do Emprego Público, em outubro de 2014 “o ganho médio mensal dos funcionários públicos estava nos mesmos níveis de 2011. Ainda assim, existiram profissões que escaparam a estes cortes e congelamento de carreira”.

Quem ganhou mais?

No entanto, se uns sofrem com os cortes nos salários e com a crise, outros conseguem ver os seus rendimentos aumentar. É o caso dos políticos que conseguiram ganhar mais 8,7% em 2014 do que aquilo que ganharam em 2011, conforme avança o Jornal de Notícias. “O vencimento-base aumentou cerca de 150 euros e, no final do mês, recebem em média mais 220 euros”.
Quem também foi contemplado com estes aumentos de salários foram os dirigentes de topo da Administração Pública que “ganham mais agora do que em 2011”. Aqui os aumentos são de 86,1 euros e resultam do aumento do salário base. Contas feitas, é fácil percebermos que, no total, “há 26 carreiras da Administração Pública em que o salário aumentou face a 2011, sendo que estão contempladas as profissões de magistrados, forças armadas e de segurança, trabalhadores da área da investigação e ainda os docentes”.

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Quem perdeu?

Por outro lado, pode ainda ler-se em notícia que os médicos “recebem menos 356 euros e os enfermeiros perderam cerca de 100 euros por mês. No lote das profissões que viram os ganhos mensais diminuir incluem-se ainda os funcionários da Justiça, o pessoal de inspeção e os informáticos”, conclui.

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