Filomena Morais
Filomena Morais
02 Jun, 2016 - 07:26

Maior incidência de tumores entre as causas de morte em Portugal

Filomena Morais

Os recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, referentes ao ano de 2014, revelam as principais causas de morte em Portugal.

Maior incidência de tumores entre as causas de morte em Portugal

Mais de 50% das mortes registadas no ano de 2014 deveram-se a doenças do aparelho circulatório – 30,7% – e a tumores malignos – 24,9%. O mesmo relatório aponta também para um aumento no número de suicídios entre as causas de morte em Portugal.

O número de mortes registados em 2014 foi 1,6% menos do que as registadas em 2013, sendo que a grande maioria (95,4%) foi causada por doenças.


Outras causas de morte

  • Lesão e envenenamento – 4.6%
  • Acidentes e sequelas – 2,2%
  • Suicídio – 1,2% (o que representa um aumento de 16,1% face ao ano anterior)
  • Doenças cerebrovasculares (AVC) – 11,2%
  • Doença isquémica do coração – 7,1%
  • Enfarte agudo do miocárdio – 4,4%

Os dados apresentados apontam, indubitavelmente, as doenças circulatórias como a principal causa de morte no nosso país, apresentando, inclusivamente, valores superiores aos de 2013. Estas doenças afetaram mais mulheres (54,9%) do que homens, mas em média 6 anos mais tarde do que os homens.

Estas doenças  – circulatórias e tumores malignos – registaram um aumento na mortalidade prematura, ou seja, antes dos 70 anos, face ao ano anterior, de 12,3% para 13,9%.

TUMORES COM MAIOR PESO NAS CAUSAS DE MORTE EM PORTUGAL

Os tumores malignos mataram 26 220 pessoas, 59,7% dos quais eram homens e 40,3% eram mulheres. O INE avança que estes dados representam cerca de 112 817 anos de vida perdidos potencialmente no país.

O cancro da próstata apresentou um aumento de 4,3%, enquanto que o cancro da traqueia, brônquios e pulmão representam 3,7% dos óbitos. Nas mulheres, o cancro da mama foi responsável pela morte de 1 664 pessoas, o que representa um aumento de 1,1% face ao ano anterior.

Os dados indicam ainda uma redução de 3,7% no número de mortes por doenças do aparelho respiratório, que vitimaram mais homens (51,9%) do que mulheres (48,1%), sendo que a idade média do óbito foi os 84,4 anos nas mulheres e 80,9 anos nos homens.


Outros dados

  • Mortes por pneumonia – 5,4%
  • Mortes por doença pulmonar obstrutiva – 2,4%
  • Mortes causadas por diabetes mellitus – reduziram 6%
  • Demência e outras perturbações mentais – 2639 óbitos


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