Clara Henriques
Clara Henriques
28 Set, 2016 - 08:18

Contratos sem fidelização podem sair caros

Clara Henriques

Os contratos sem fidelização tem gerado alguma polémica por trazerem tantos custos associados. Saiba o que diz um estudo da DECO.

Contratos sem fidelização podem sair caros

Durante muitos anos a guerra dos consumidores com o sector das telecomunicações passava por uma questão fulcral: os contratos de fidelização.

As operadoras tinham uma política de fidelização, normalmente de 24 meses, que não permitia qualquer rescisão a não ser em casos muito específicos. A alteração da lei surgiu há cerca de um mês, permitindo a existência de contratos sem fidelização, mas agora a polémica é outra. Quase um mês depois a DECO analisou os contratos sem fidelização e apercebeu-se que a suposta liberdade cedida ao consumidor pode sair muito cara.

A Associação de Defesa do Consumidor revela que “além dos contratos sem fidelização serem demasiado caros, os custos de instalação também passaram a estar mais inflacionados com a nova Lei das Comunicações Eletrónicas”.

Os custos que foram lançados pelas operadoras e que estão associados aos tarifários sem fidelização não são, de todo, atrativos. Por outro lado, no seu estudo, a DECO revela que verificou que “os contratos sem fidelização custam o dobro face à opção que impõe 24 meses e que os custos de instalação aumentaram na maioria das operadoras”. Na Vodafone, por exemplo, o que antes ficava no máximo de 300 euros, passou para um máximo de 400 euros.

Por outro lado, as mensalidades associadas aos contratos sem fidelização estão entre os 20 e os 35 por cento mais elevadas para o consumidor o que, segundo a DECO, condiciona na totalidade a suposta liberdade de escolha dos consumidores.

Para não deixar passar esta situação incólume, a DECO avança que vai denunciar estas situações às respetivas entidades reguladoras.

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