Clara Henriques
Clara Henriques
16 Jan, 2015 - 08:45

Emprego: mulheres continuam a sofrer desigualdades em Portugal

Clara Henriques

Apesar das mulheres serem a maioria da população portuguesa e estarem em maior percentagem no ensino superior, a verdade é que ainda há desigualdade entre género no contexto profissional.

Emprego: mulheres continuam a sofrer desigualdades em Portugal
Em pleno séc. XXI, ainda há notícias, como esta, que falam da diferença entre igualdade de géneros no contexto laboral. Por mais incrível que possa parecer, as mulheres em Portugal continuam afastadas dos grandes cargos de decisão e das maiores empresas.
Sabe-se hoje que “nenhuma das 18 empresas do PSI20 tem uma mulher como CEO, as mulheres representam apenas 3,7% das direções das empresas cotadas na Bolsa. Portugal fica atrás de qualquer país europeu, à exceção da Rússia, no capítulo da igualdade de géneros, e ocupa a mesma página que o Qatar ou o Bahrain”.
Estes dados são reveladores de que o mercado continua a considerar que as mulheres não servem para gestoras, isto num país onde as mulheres representam mais de metade da população portuguesa e “estão em maioria no ensino superior”.
Mas esta realidade não se passa apenas em Portugal. Segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho publicado recentemente, “30% de 1200 empresas inquiridas não tinham uma única mulher nas equipas directivas e, em 65%, as mulheres representavam menos de 30% dos cargos de liderança”. Estes dados revelam que o contexto global exclui as mulheres dos grandes cargos, o que faz questionar, nomeadamente em países desenvolvidos, a ainda problemática da igualdade de género.
No seguimento desta questão, o Governo anunciou que irá beneficiar financeiramente as empresas que promovam a igualdade de género.

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