Hugo Moreira
Hugo Moreira
15 Mar, 2011 - 00:00

Greve dos camionistas causa impacto

Hugo Moreira

Desde a meia-noite de ontem dia 14, que os caministas estão em greve em luta contra a subida do preço dos combustíveis bem como a colocação de portagens nas SCUTS. Conheça os efeitos na economia que esta greve está a provocar.

Greve dos camionistas causa impacto

Enquanto ontem se falava que a greve dos camionistas não estava a produzir qualquer efeito, hoje constata-se que a continuar assim esta paragem vai afectar muitos sectores. Ora vejamos.

Um dos efeitos mais visiveis é a falta de combustível em vários postos de abastecimento, cerca de 50 e o consequente encerramento de muitas deles.

Também as obras públicas sofrem os efeitos da greve, mais propriamente, por exemplo, as obras no Túnel do Marão, que estão dependentes do transporte de terras, madeiras e afins.

A grande distribuição, como os hipermercados receiam as consequências que podem advir desta paragem, pois não querem chegar ao ponto de verem as prateleiras vazias. Para evitar tal situação muitos hipermercados anteciparam o transporte dos stocks para garantir o abastecimento normal nos seus estabelecimentos comerciais.

Outra consequência é sobre a produção de vários produtos que pode correr o risco de parar por não terem as matérias-primas necessárias à produção.
Um exemplo é a unidade da Nestlé em Estarreja que afirma que se até amanhã não receber o transporte previsto terá que parar a produção de cereais de pequeno-almoço e farinhas lácteas como a Cerelac e a Nestum.
Outro exemplo é a produção de leite que está a atravessar dificuldades pois as vacarias não recebem a ração e consequentemente não é feita a recolha de leite.

Logo nas primeiras horas da paralisação dos camionistas houveram vários apedrejamentos, inclusivé uma criança ficou ferida devido aos estilhaços de vidro.

Hoje à tarde transportadoras e Governo reúnem-se para discutir e negociar as propostas que têm estado em cima da mesa quanto ao alto preço dos combustíveis e a colocação de portagens nas SCUTS.
Ressalve-se que o ministro das Finanças já tinha afirmado que não há excepções, especialmente numa altura em que são pedidos sacrifícios a todos, não podem ser abertas excepções para determinados grupos económicos. Também os camionistas defendem que não haverá tolerância e não vão parar a greve até o Governo ceder. Vejamos que resultados surgem desta reunião.