Filomena Morais
Filomena Morais
15 Out, 2016 - 07:19

Portugal é o 8º melhor país do mundo para ser rapariga

Filomena Morais

A organização Save the Children revelou que Portugal é o 8º melhor país em termos de oportunidades para as raparigas: conheça os pormenores.

Portugal é o 8º melhor país do mundo para ser rapariga

Nascer rapariga em Portugal signiifica nascer num país onde as oportunidades lhes são favoráveis, estando o nosso país na 8ª posição, muito à frente de outros como Brasil ou Moçambique que apresentam valores alarmantes.



Estudo afirma: raparigas têm mais oportunidades em Portugal

Na área das oportunidades para as raparigas, Portugal registou uma posição melhor do que outros países como Alemanha, Espanha, Itália, França, Reino Unido e Suíça. Os Estados Unidos, por exemplo, com a maior economia do mundo, aparecem apenas na 32ª posição, atrás do Cazaquistão e da Argélia.

A organização analisou fatores como o casamento infantil, a gravidez na adolescência, a mortalidade maternal, as mulheres no parlamento e a conclusão do ensino secundário. Destes 5 fatores, Portugal apresentou números mais preocupantes no da representação da mulher no parlamento, à semelhança, da maior parte dos países analisados.

Os países que conseguiram resultados melhores do que os de Portugal foram:

  1. Suécia
  2. Finlândia
  3. Noruega
  4. Holanda
  5. Bélgica
  6. Dinamarca
  7. Eslovénia

Embora Angola e Cabo Verde não constem da lista de países analisados, alguns países da lusofonia apresentam valores preocupantes: Timor Leste ocupa a 66ª posição e o Brasil a 102ª. Em relação ao Brasil, os autores deste estudo afirmam mesmo que apesar de ser um país com rendimentos altos, as oportunidades para as raparigas assemelham-se muito ao de países com baixos rendimentos, como é o caso do Haiti que está na 105ª posição da lista.

Além do problema mais geral da falta de representação feminina no parlamento, o Brasil apresenta valores muito elevados de gravidez na adolescência e de casamento infantil. Já o caso de Moçambique, que ocupa a 130ª posição, os problemas alastram-se as todos os 5 fatores analisados pela organização Save the Children.

Outros países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) como a Guiné-Bissau e a Guiné-Equatorial apresentam também resultados muito preocupantes a todos os níveis analisados no estudo.

Os piores países para se ser rapariga, dos 144 analisados, são os países mais pobres do mundo: Níger, Chade, República Centro-Africana, Mali e Somália.

Segundo o estudo, isso não significa que os países mais ricos são os que apresentam melhores resultados e melhores condições para as raparigas. Os Estados Unidos, por exemplo, além de terem fraca representação feminina no parlamento, apresentam valores altos de gravidez na adolescência e de mortalidade materna.

Pelo contrário, o Ruanda, um país ainda em desenvolvimento, apresentou resultados surpreendentes quer ao nível da representação parlamentar (como valor mais elevado de mulheres no parlamento do mundo), quer na prevenção da gravidez na adolescência. O Ruanda alcançou a 49ª posição da lista.

O relatório do estudo alerta que há ainda um caminho longo a percorrer neste campo e que há dados que não podem ser ignorados: 30 milhões de meninas correm o risco de mutilação genital e que mais de 700 milhões de raparigas casam antes dos 18 anos.

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