Hugo Moreira
Hugo Moreira
21 Set, 2011 - 00:00

Recorde do crédito malparado em 2011

Hugo Moreira

O crédito malparado bate novo recorde, depois de subidas consecutivas por 4 meses. De Junho para Julho, houve um aumento de 64 milhões de euros. Felizmente, os depósitos também batem recordes. Agora sim, sente-se a banca a negar novos empréstimos, tendo em conta o novo máximo histórico alcançado.

Recorde do crédito malparado em 2011

É já há 4 meses que o crédito malparado não pára de subir, tendo atingido um novo máximo histórico. O mais recente recorde foi o disparo de 64 milhões de euros de Junho para Julho.

O que vale é que os depósitos também não páram de subir, o que é um bom indicador, é sinal que as famílias preocupam-se com os seus níveis de poupança. Um novo recorde foi alcançado, uma vez que o valor dos depósitos dos particulares junto dos bancos subiu em 2.402 milhões de euros de Junho para Julho, o que representa o 10º mês consecutivo a aumentar.

Falando em valores totais, em Julho, 4.381 milhões de euros foram considerados de cobrança duvidosa. Curiosamente, o crédito habitação não foi o que mais aumentou no malparado, mas antes os créditos pessoais. Além disso, o crédito ao consumo assistiu a uma quebra, se bem que ligeira de 8 milhões de euros. Mesmo assim, o crédito habitação é o que ocupa o lugar de maior peso a nível da falha no pagamento das prestações.

Pelo terceiro mês consecutivo, a Banca concede menos empréstimos, quer a particulares, quer a empresas, que também agora assistem à negação de financiamento por parte dos bancos.

Principalmente o crédito para a compra de casa apresentou uma forte redução, seguido do crédito ao consumo.

Infelizmente, o incumprimento será um dos principais factores a penalizar a nossa economia este ano, pois com o malparado, a banca é obrigada a fazer maiores provisões de forma a prevenir possiveis perdas, penalizando os lucros, no seu esforço para melhorar os rácios de capital.