Fernanda Silva
Fernanda Silva
05 Fev, 2017 - 08:00

SNS português em 14.º em avaliação internacional

Fernanda Silva

O Euro Health Consumer Index compara o desempenho dos sistemas de saúde de 35 países europeus. O SNS subiu seis posições no ranking.

SNS português em 14.º em avaliação internacional

Holanda, Suíça e Noruega são os países que lideram o ranking Euro Health Consumer Index, que compara o desempenho dos sistemas de saúde de 35 países europeus.

A avaliação, feita pela Health Consumer Powerhouse, uma organização sueca, coloca o SNS português na 14.ª posição, à frente dos do Reino Unido (15.ª) e da Espanha (18.ª). Além disso, Portugal subiu seis posições neste ranking, entre 2015 e 2016. No último lugar ficou a Roménia.

No geral, o estudo conclui que os sistemas europeus de saúde estão a melhorar.


O melhor e o pior

Esta avaliação internacional acontece desde 2005 e é feita na perspetiva do consumidor. E as classificações obtidas pelo SNS têm oscilado nos últimos anos. Ficou em 25.º, em 2012, em 16.º, em 2013, em 13.º, em 2014, e caiu para o 20.º lugar, em 2015.

O ranking é construído tendo por base seis indicadores: direitos dos doentes e informação, acessibilidade, resultados, diversidade e abrangência dos serviços, prevenção de doenças e consumos e produtos farmacêuticos.

Segundo o relatório, divulgado pelo jornal Público, as áreas em que Portugal está pior classificado são a da acessibilidade, por causa das listas de espera, e da diversidade e abrangência dos serviços prestados, destacando-se, por outro lado, nos direitos dos doentes, nos resultados dos tratamentos e na prevenção.

O SNS tem ainda uma boa relação custo-eficiência, ficando, por exemplo, à frente de países como a Holanda.

Além do ranking, a organização assinala os principais pontos fracos e fortes de cada sistema de saúde. Portugal fica mal na fotografia devido à elevada taxa de cesarianas, à extrema dificuldade de acesso a cuidados de saúde oral, ao problemático acesso directo a consultas com médicos especialistas, aos elevados tempos de espera para exames de diagnóstico em situações não agudas e a alta prevalência de infecções hospitalares. Entre as coisas mais positivas, estão por exemplo a queda na mortalidade por enfarte, o rácio de cirurgias às cataratas na população idosa e a boa taxa de vacinação.


Ranking 2016

1.º Holanda – 927 pontos
2.º Suíça – 904 pontos
3.º Noruega – 865 pontos
4.º Bélgica – 860 pontos
5.º Islândia – 854 pontos
6.º Luxemburgo – 851 pontos
7.º Alemanha – 849 pontos
8.º Finlândia – 842 pontos
9.º Dinamarca – 827 pontos
10.º Áustria – 862 pontos
11.º França – 815 pontos
12.º Suécia – 786 pontos
13.º República Checa – 780 pontos
14.º Portugal – 763 pontos
15.º Reino Unido – 761 pontos
16.º Eslovénia – 740 pontos
17.º Estónia – 729 pontos
18.º Espanha – 709 pontos
19.º Croácia – 703 pontos
20.º Macedónia – 699 pontos
21.º Irlanda – 689 pontos
22.º Itália – 682 pontos
23.º Eslováquia – 678 pontos
24.º Sérvia – 670 pontos
25.º Malta – 666 pontos
26.º Chipre – 623 pontos
27.º Lituânia – 620 pontos
28.º Grécia – 593 pontos
29.º Letónia – 589 pontos
30.º Hungria – 575 pontos
31.º Polónia – 564 pontos
32.º Albânia – 551 pontos
33.º Bulgária – 526 pontos
34.º Montenegro – 518 pontos
35.º Roménia – 497 pontos

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