Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
18 Ago, 2016 - 09:00

Estudo: videojogos ajudam no desempenho escolar

Júlia de Sousa

Um estudo recente do Instituto de Tecnologia de Melbourne indica que os jovens que jogam videojogos não violentos têm melhores notas na escola.

Estudo: videojogos ajudam no desempenho escolar

E se lhe dissessem que os videojogos podem ajudar no desempenho escolar dos jovens?

Provavelmente não acreditaria, mas é isso mesmo que diz um estudo do Instituto de Tecnologia de Melbourne, na Austrália.
Segundo o estudo, que foi publicado na International Journal of Communication, os jovens em idade escolar que jogam videojogos online tendem a melhorar as notas na escola.

O estudo, liderado pelo professor Alberto Posso, da Escola de Economia, Finanças e Marketing, contou com a análise a 12 mil estudantes australianos, com 15 anos de idade, em 772 escolas diferentes, e recorreu ao Program for International Student Assessment (Pisa) como método de avaliação, que testa as competências matemáticas, digitais, na área das ciências e de leitura. No fundo, o que estudo fez foi analisar as notas dos jovens estudantes e cruzar dados com atividades online de cada um deles.

E as conclusões podem surpreender muitos pais. Principalmente aqueles que ficam com os nervos em franja porque os filhos passam muitas horas a jogar no computador.

Diz o estudo que os jovens que jogam videojogos não violentos tendem a melhorar as suas notas na escola. Por outro lado, o mesmo estudo aponta ainda que os jovens que passam muito tempo nas redes sociais (como o Facebook) têm piores desempenhos em disciplinas como matemáticas ou ciências, por exemplo.

“Os alunos que jogam online todo dia ou quase todo dia pontuam 15% acima da média em matemática e 17% acima em ciências”, avança o professor Alberto Posso. E explica ainda que “os jogos online, em geral têm desafios, quebra-cabeças para chegar aos próximos níveis. Isso tende a envolver algum conhecimento geral e capacidade em matemática, leitura e ciência, o que faz com que se use o que aprendeu durante o dia. Os professores deviam incorporar jogos populares nas aulas, desde que não sejam violentos”, defende o professor Alberto Posso.

Apesar de os resultados serem claros, tendo em conta a população analisada, os investigadores chamam a atenção para o facto de não existir uma justificação para o facto dos videojogos ajudarem a melhorar as notas, dizendo que são necessárias novos estudos para perceber esse impacto.

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