Viviane Soares
Viviane Soares
26 Out, 2018 - 12:33

9 ataques informáticos que ficaram para a história

Viviane Soares

Conheça alguns dos ataques informáticos que ficaram para a história. São bons exemplos de um dos maiores desafios do século XXI: a cibersegurança.

9 ataques informáticos que ficaram para a história

A segurança na Internet deveria ser uma preocupação e uma prioridade de todos – cidadãos, empresas, entidades públicas, privadas, governos, nações. A atualidade deste assunto espelha-se nos sucessivos ataques informáticos que pequenas, médias e grandes empresas são alvo diariamente – apesar de só termos conhecimento dos casos mais mediáticos.

Um exemplo recente e bem conhecido é o do ataque informático ao Facebook, que expôs informação de cerca de 50 milhões de contas de utilizadores da maior rede social do mundo, em setembro de 2018. Além deste, fique, então, a conhecer os ataques informáticos mais mediáticos de sempre.

9 ataques informáticos que revelam a importância da cibersegurança

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WannaCry (2017)

Um ransomware que se instalou em mais de 230.000 computadores operados pelo Windows, que acabou por envolver grandes empresas, como a Telefónica, Nissan, Serviço Nacional de Saúde Britânico, Fedex, Renault, entre outros grandes nomes.

Uber (2016)

Este ciberataque expôs informação pessoal de mais de 50 milhões de utilizadores da Uber e fez uma grande mossa na reputação da empresa.

Yahoo (2013)

Três mil milhões de contas da Yahoo foram expostas, tornando públicos os nomes dos utilizadores, e-mails, datas de nascimento, números de telemóvel e passwords. A perda de dinheiro foi tal que, em 2016, a Yahoo entrou a negociações com a Verizon para que esta a comprasse na totalidade.

Ataque à rede de Playstation da Sony (2011)

Neste ataque informático 77 milhões de pessoas viram as suas contas da PlayStation hackeadas e informações pessoais apropriadas (nomes completos, e-mails, moradas, histórico de compras, números de contas bancárias, passwords, entre outros dados). O ataque custou à Sony cerca 171 milhões de dólares – para além de ter deitado a rede abaixo durante um mês.

Stuxnet (2010)

Este foi um vírus que afetou a rede industrial do Irão, visando atingir o programa nuclear do país. Este malware foi, por isso, dirigido ao SCADA, o sistema operacional iraniano que controlava todas as reservas nucleares. O ciberataque ganhou uma dimensão tal que chegou mesmo a atingir os serviço de distribuição de rede elétrica, abastecimento de água e até mesmo os transportes públicos.

Ataque à British Airways (2018)

Em setembro de 2018, a companhia aérea britânica tornou público que dados de 380 mil clientes caíram nas mãos dos hackers. Apesar de ainda não ter esclarecido como este ciberataque foi levado a cabo, o chairman da empresa caracterizou-o como “muito sofisticado e criminoso”.

Sabe-se que nomes, moradas e dados de cartões de crédito, incluindo o código de segurança, foram apropriados. Este já está a ser considerado um dos maiores ataques informáticos de sempre ao site e aplicação da companhia aérea britânica.

Ataque à candidatura de Hillary Clinton (2016)

Em 2016, no âmbito da candidatura de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos da América, um ataque informático permitiu a apropriação de e-mails do Partido Democrata. Além disso, também foram divulgadas comunicações internas através dos WikiLeaks. Na altura, a CIA suspeitou que esse ciberataque foi obra de hackers ao serviço do governo russo, numa possível associação a membros da campanha de Donald Trump.

BlackEnergy (2015)

Este foi um vírus que afetou os sistemas de uma central elétrica ucraniana e deixou sem aquecimento milhares de pessoas em pleno inverno. O governo da Ucrânia acusou a Rússia de estar por trás do ataque, que promoveu danos civis.

Ataque ao LinkedIn (2012)

Numa altura em que se discute a importância da proteção de dados, particularmente desde que passou a ser aplicável o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), recordamos também este ciberataque à rede social LinkedIn.

A base de dados com informação privada (incluindo tanto o nome de utilizador como a password) de 167 milhões de contas da rede social apareceu à venda por cinco bitcoins na dark web.

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Os casos referidos são bons exemplos das ameaças a que todos estamos sujeitos no ciberespaço, sobretudo num momento em que o mundo está cada vez mais ligado à rede.

Recorde-se que, de acordo com relatórios recentes, há cerca de 4,2 mil milhões de utilizadores da Internet. Os dispositivos móveis – smartphone, tablet, smartwatch, laptop, entre um sem número de outros gadgets – já funcionam como uma extensão dos corpos, tal é a necessidade do acesso, do contacto, da exposição, do consumo, da comunicação.

No contexto empresarial, e sendo esta a era da transformação digital, a tendência é manter toda a informação armazenada em computadores ou na cloud.

A este propósito, no que diz respeito à segurança na Internet, é cada vez mais urgente assegurar a proteção dessa informação contra um eventual ciberataque. Para as empresas que não têm uma política de segurança bem definida, as ameaças digitais são um risco para a sobrevivência do próprio negócio – sobretudo desde que entrou em vigor o novo RGPD.

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