Ekonomista
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15 Fev, 2019 - 15:26

11 carros clássicos em que vale a pena investir

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Apresentamos 11 carros clássicos em que vale a pena investir. Perceba o potencial destes modelos e quais os critérios de aquisição destes automóveis.

11 carros clássicos em que vale a pena investir

O mundo automóvel está a mudar, mas isso não significa que esteja a acabar. Enquanto se discute o fim do diesel, a eletrificação, os gases poluentes ou como taxar carros elétricos para o Estado assegurar elevados montantes com origem no automóvel, continua a existir um mundo real: o dos carros que já existiram.

Os carros clássicos e novos-clássicos são parte da história automóvel e há vários carros clássicos em que vale a pena investir.

Para alguns fãs de automóveis, a incerteza do futuro dita o fim dos carros clássicos e com potencial clássico. Para outros, essa imprevisibilidade (e a certeza de que os automóveis não voltarão a ser como são) é a plataforma para a valorização do automóvel, pelo menos aquele que temos conhecido ao longo do tempo.

São inúmeros os modelos que podem valorizar com o tempo e, um dia, terem prioridade no lugar que ocupam na garagem, serem tema de conversa num almoço de amigos ou fazerem parte da história viva que passa de pais para filhos. Existem diversas razões para valorizar um automóvel e suscitar interesse junto de colecionadores.

Na maior parte das vezes, o investimento financeiro é o que está na base da coleção de carros clássicos. Mas podem existir motivos pessoais que impulsionam a compra de determinado modelo, com mais ou menos potencial de valorização, e que possibilitam ao condutor recuar no tempo e relembrar momentos e histórias.

O valor emocional é o que torna alguns modelos especiais, mesmo que não sejam raros, séries especiais ou de outro género, mas carros clássicos em que vale a pena investir.

11 carros clássicos em que vale a pena investir: inspire-se…

1. Audi TT

Design! Este é o principal motivo pelo qual o Audi TT tem potencial de valorização e é um dos carros clássicos em que vale a pena investir. O desportivo lançado por Ingolstadt, em 1998, foi uma pedrada no charco no respeitante à estética alemã. Por esta razão, a primeira geração do TT será mais interessante que as seguintes e motivo para tornar este modelo num novo clássico.

Foi também um carro polémico, devido aos acidentes provocados pela falta de apoio aerodinâmico na traseira. O aileron que vemos nos primeiros TT não “nasceu” originalmente no departamento de design, tendo sido adotado depois dos acidentes, medida suficiente para resolver a ausência de downforce e conseguir colar o carro ao chão, mesmo a velocidades elevadas.

Este não é motivo de peso para valorizar o TT (senão também o primeiro Mercedes-Benz Classe A, que chumbou no teste do alce, estaria na lista…), mas acabou por marcar o início conturbado deste desportivo.

2. BMW 850i

Este não foi o BMW com maior sucesso comercial, mas não lhe faltava pedigree… O primeiro Série 8, lançado em 1990 para substituir o belo Série 6, era o topo em termos de tecnologia, na casa bávara. Contava com motores V8 e V12 atmosféricos, com este a ser famoso por equilibrar uma moeda ao alto com os 12 cilindros ao ralentim, tal a suavidade e equilíbrio.

O surgimento do novo Série 8 em 2019 pode aumentar o interesse sobre este neo-clássico da BMW, cujas unidades não são muitas e com valores que já não deverão baixar.

 

3. BMW Z8

As menos de 6000 unidades tornaram o Z8 naquilo que ele já era durante o pouco tempo de produção: um carro altamente exclusivo e destinado a coleções. O excêntrico roadster alemão tinha motor V8, partilhado com um tal de BMW M5, com 400 cavalos e 500 Nm de binário.

Chassis e carroçaria em alumínio, chegava do arranque aos 100 km/h em menos de cinco segundos. O BMW Z8 foi estrela de cinema num dos filmes de James Bond. Arranjar um carro destes para venda é quase missão impossível e, se conseguir arranjar algum, é um dos carros clássicos em que vale a pena investir.

 

4. Ferrari F355

Qualquer Ferrari é especial. O menor número de unidades produzidas face às solicitações é uma das formas de garantir o caráter exclusivo destes super-carros italianos. O Ferrari F355 é uma das apostas que tende a valorizar com o tempo, embora ainda seja um dos cavallino rampante mais acessíveis no mercado de usados.

Produzido de 1994 a 1999, o F355 tinha motor V8 3.5 e foi o primeiro a usar 5 válvulas por cilindro. Debitava 380 cavalos às 8.250 rpm e a caixa manual de 6 velocidades foi substituída, em 1997, pela primeira transmissão eletrohidraulica, com patilhas atrás do volante, originária da Fórmula 1.

 

5. Land Rover Series

Um dos famosos todo o terreno do mundo é um dos carros clássicos em que vale a pena investir. O Land Rover Series (I, II e III) foi o primeiro modelo da marca a ser construído em Solihull, em 1948, quando ainda era local de produção de motores de avião. Extremamente robusto, o Series I estava disponível com 2 e 4 portas, bem como na versão pickup e variações com chassis longo. O Land Rover Series I foi produzido durante 10 anos e tinha motores 1.6 e 2.0 a gasolina e um 2.0 diesel.

 

6. Mercedes-Benz SL

Contemporâneo do BMW 850i e com sucesso comercial bem maior, o Mercedes-Benz SL era símbolo de estatuto e sinónimo de qualidade. A geração lançada em 1989 tinha motores de 6, 8 e 12 cilindros, elevada qualidade de construção e opções cabrio e coupe. As versões mais acessíveis são os 2.8 e 3.0l. Para os que gostam da marca da estrela e valorizam qualidade de condução e conforto, qualquer um destes SL R129 é uma aposta segura. No entanto, a geração anterior, R107, tem um carisma inegável e há quem aponte este como outro dos carros clássicos em que vale a pena investir nos próximos anos, mais ainda do que no R129.

 

7. Peugeot 205 GTI

Um dos carros clássicos em que vale a pena investir fez as delícias dos adolescentes dos anos 80 e 90. O Peugeot 205 GTI é quase um ícone para muitos dos “quarentões” de hoje. O baixo peso, dimensões compactas e um chassis que figurava entre os melhores dos pequenos hot hatch são ingredientes fulcrais no GTI.

Não fica para a história como um dos carros mais exóticos, mas o êxito que teve em competição e o sucesso entre os pequenos desportivos de estrada contribuem para o carisma do 205 GTI. Já há algum tempo que se encontra num patamar de preço que, certamente, não descerá. Antes pelo contrário.

 

8. Porsche 924

O Porsche 924 foi, provavelmente, o carro de Zuffenhausen mais mal-amado, tendo sido o primeiro com motor dianteiro e tração traseira. O 924 foi desenvolvido conjuntamente com o Grupo VW e tinha motor de quatro cilindros e transmissão automática de quatro velocidades da Audi. Este 2+2 era montado numa fábrica do grupo alemão e supervisionado pela Porsche.

Longe de satisfazer os puristas da marca, o 924 vendeu bastante graças aos custos reduzidos, fruto da joint-venture. A qualidade não foi o ponto forte, mas o tempo mostrou que o “patinho feio” viria a transformar-se num modelo de interesse histórico.

Comprar este pedaço de história da Porsche ainda não é uma fortuna e as versões mais apelativas serão os Carrera. O 924 Carrera GT tinha 210 cavalos e foram produzidas apenas 406 unidades. Existirão versões mais potentes e com mais potencial como investimento, como o Carrera GTS e o 924 Carrera GTR.

 

9. Subaru Impreza

O Subaru Impreza transporta muitos amantes de automóveis para o mundo dos ralis. Existem diversas variantes do Impreza da primeira geração, mas a edição comemorativa dos 40 anos da marca é das mais valorizadas e daqueles clássicos ou novos-clássicos que valorizam. O Impreza 22B tinha apenas duas portas e o famoso motor boxer, um 2.2 com 280 cavalos. O país para onde se produziram mais destes Impreza foi o Japão, que recebeu 400 unidades, todas vendidas em meia hora.

 

10. Volvo P1800

O Volvo P1800 é um modelo pouco habitual e tornou-se famoso por existir uma unidade que é o carro com mais quilómetros em todo mundo: mais de 5 milhões de quilómetros, segundo as informações mais recentes. Nem todas as unidades farão a mesma proeza, mas é sempre um clássico a considerar, mais que não fosse pelo facto de o P1800 estar ligado a este feito. Foi produzido entre 1961 e 1973 e a Volvo apresentou, em 1972, uma variante station wagon, ainda mais rara que o coupé. O motor era um 1.8 com 100 cavalos de potência.

 

11. Renault Twingo

Esta é uma opção do autor, não pelo potencial de valorização (ninguém dará 1 milhão de euros por um Twingo…), mas pelo que representa na história da marca e pelo que poderá significar para muitos condutores daqui por poucos anos. O Twingo foi uma revolução estética e conceptual que a Renault não conseguiu repetir nos carros pequenos.

O conceito de pequeno por fora e grande por dentro foi plenamente conseguido, com aproveitamento de todo o espaço possível dentro do carro. Os bancos deitavam completamente para trás e foram camas de muitos utilizadores do Twingo. O banco traseiro já deslizava sobre calhas para jogar com o espaço para pernas ou da bagageira.

Além da imagem irreverente (por fora e por dentro) traçado pela equipa de Patrick Le Quément, a primeira geração do Twingo tinha um comportamento dinâmico interessante, graças ao baixo centro de gravidade (ainda não havia a moda SUV) e a colocação das rodas nos extremos da carroçaria.

 

As gerações seguintes estiveram longe do sucesso comercial e da irreverência do inconfundível Twingo, que materializava o lema la joie de vivre.

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