Rui Coutinho
Rui Coutinho
18 Ago, 2016 - 11:07

As 10 competências para vencer na Quarta Revolução Industrial

Rui Coutinho

Já ouviu falar em “smart systems”, economia da partilha, digitalização de processos industriais ou “cyber-physical”?

As 10 competências para vencer na Quarta Revolução Industrial

É altura de se habituar a estes conceitos e, mais importante ainda, é altura de perceber como estes processos e tendências de inovação vão ter um impacto direto na sua vida. É que a quarta revolução industrial (ou Indústria 4.0, como quiser) já está em curso e, segundo o Fórum Económico Mundial, que reuniu em Janeiro deste ano, ela vai gerar grandes perturbações não só no modelo dos negócios, mas também no mercado de trabalho já nos próximos cinco anos.


Mas afinal o que é a quarta revolução industrial?

Há muitas e variadas respostas possíveis, mas, na sua essência, o termo descreve o processo em curso de transformação dos processos de produção industrial, englobando a automação, a troca de dados, a digitalização de procedimentos, os sistemas ciber-físicos, a “Internet of Things” e a “Cloud”.

De forma simplista e pouco cuidada, há quem considere que a quarta revolução industrial será a derradeira competição entre humanos e máquinas. Misticismos à parte, a verdade é que este será um processo de transformação que poderá ter um impacto determinante no mercado de trabalho num futuro mais ou menos próximo.

O Fórum Económico Mundial prevê que sejam extintos 5 milhões de postos de trabalho nos próximos anos. Há funções e trabalhos que rapidamente se tornarão irrelevantes e obsoletos em função de novos processos mais avançados de produção. Mas, de igual modo, há novas profissões a nascer de forma surpreendentemente rápida. A verdade é que não podemos encarar a quarta revolução industrial com as mesmas ferramentas, com as mesmas competências e com a mesma forma de pensar que nos trouxe até aqui. Pelo contrário, precisamos de aprender uma nova forma de pensar.

Se já está no mercado de trabalho, importa pensar em voltar a estudar e perceber de que forma se pode requalificar e reajustar. Se é estudante, está na altura de procurar novas competências transversais e não apenas as tradicionais competências técnicas. Elas são muito importantes, com toda a certeza, mas não vão ser suficientes.

O relatório “The Future of Jobs”, publicado pelo mesmo Fórum Económico Mundial, deixou já as pistas quanto às competências que serão decisivas no mercado de trabalho em 2020:

  1. Capacidade de resolução de problemas complexos;
  2. Pensamento crítico;
  3. Criatividade;
  4. Gestão de pessoas;
  5. Coordenação e articulação;
  6. Inteligência emocional;
  7. Capacidade de julgamento e de tomada de decisão;
  8. Orientação para o serviço;
  9. Negociação; 
  10. Flexibilidade cognitiva.

Está na hora de pensar nestas questões a sério e perceber, o quanto antes, que o mercado de trabalho está a mudar rapidamente e está a exigir competências e capacidades que há poucos anos pareciam ridículas.

Bem-vindo a este admirável mundo novo da quarta revolução industrial.