Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
16 Mar, 2016 - 08:00

Contracetivos femininos: o que saber

Júlia de Sousa

Conheça alguns dos contracetivos femininos que tem ao seu dispor.

Contracetivos femininos: o que saber

Será que conhece todos os métodos contracetivos femininos existentes no mercado? Pode até achar que sim, mas há uma grande probabilidade que ainda desconheça alguns. Para que não lhe falte informação, deixamos-lhe agora uma lista dos principais contracetivos femininos.

Contracetivos femininos e a melhor escolha

Atualmente existe uma vasta oferta e todos eles com uma elevada eficácia (se usados de forma correta, claro). De facto, nos últimos anos tem vindo a notar-se uma evolução neste campo o que tem, obviamente, efeitos positivos na saúde da mulher.

É, por isso, essencial que as mulheres se mantenham informadas sobre as opções existentes no mercado, para que assim possam tomar decisões fundamentadas ao escolherem o método que melhor se adapta às suas necessidades. E não, não lhe vamos dizer qual o melhor método existente, porque isso varia de pessoa para pessoa. Aquele que pode ser o melhor para a mulher A, pode não o ser para a mulher B. Para tomar decisão o melhor mesmo é consultar sempre o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.

Mas ainda assim, nada como conhecer as hipóteses ao seu dispor.

Antes de mais importa saber que os métodos contracetivos se podem dividir por tipo ou frequência, ou seja:

Por tipo:

  1. Anel
  2. Implante hormonal
  3. Pílula sem estrogénios
  4. Pílula combinada
  5. Adesivo
  6. DIU / SIU
  7. Contraceção de emergência

Por frequência:

  1. Mensal
  2. Longo prazo (3 anos)
  3. Diário
  4. Longo prazo (até 5 anos)
  5. Semanal
  6. Trimestral

Obviamente os primeiros encaixam nos segundos, dependendo das suas características.

O que saber sobre cada método?

Vamos agora ao que interessa: conhecer os vários métodos.

Pílula combinada

É o mais conhecido e mais utilizado dos métodos contracetivos. Trata-se de um método de utilização diária, com a duração normalmente de 21 dias. Existem vários tipos de pílulas combinadas, diferindo o tipo de hormonas, a quantidade ou regime de administração. No caso da pílula de 21 dias, ao fim deste período é feita uma semana de intervalo (sete dias), durante a qual ocorre a menstruação, sendo a pílula retomada no oitavo dia. Deve ser tomada todos os dias, à mesma hora. Se a vantagem está na possibilidade de controlar o ciclo menstrual, a grande desvantagem é mesmo a forte probabilidade de falhas na toma (por esquecimento, a horas diferentes, …).

Preço médio: varia de marca para marca

Anel

O anel vaginal é um método relativamente recente. Trata-se de um contracetivo hormonal combinado, cuja administração ocorre por via vaginal. É um anel flexível, suave e transparente com 5 cm de diâmetro, que contém estrogénio e progestagénio, hormonas que em circulação através da absorção feito nos vasos sanguíneos vaginais.
A grande vantagem reside no facto de proporcionar níveis hormonais sanguíneos constantes ao longo de todo o mês e inferiores ao da pílula, o que significa que tem menos efeitos secundários associados aos níveis hormonais. Isto sem falar que desta forma não tem como se esquecer de tomar o contracetivo.

Preço médio: 12€

Implante hormonal

Outra das possibilidades existentes. Trata-se de um método contracetivo hormonal de longa duração (que dura até 3 anos) e que contem apenas progestagénio. Este implante consiste num pequeno bastonete que é inserido no braço debaixo a pele. Neste caso a hormona (o progestagénio) é libertado de forma constante, provocando a inibição da ovulação. A colocação do implante faz-se com uma anestesia local. O implante é retirado ao fim de três anos, mas caso a mulher pretenda pode ser retirado em qualquer altura.

Preço médio: 130€ (valor sem comparticipação)

Pílula sem estrógenios

Este é um método contracetivo de utilização diária. Esta pílula é tomada durante os 28 dias do ciclo, sem a habitual semana de intervalo. Estas pílulas têm como vantagem o facto de evitarem os efeitos secundários do estrógenio (como a retenção de líquidos), mas – por outro lado – podem provocar spotting (perdas de sangue esporádicas). É adequada para mulheres fumadoras com idade superior a 35 anos ou que sofram de enxaquecas.

Preço médio: 5€ (embora possa variar de marca para marca)

Adesivo

É um método de utilização semanal, constituído por um adesivo fino e impregnado de hormonas que são transferidas de forma contínua através da pele e assim entram para a corrente sanguínea. Em termos de constituição é semelhante à pílula combinada (contêm progestagénio e estrogénio)

Deve ser aplicado sobre a pele limpa, seca e sem pelo, preferencialmente numa zona em que não ocorra o contacto com roupas justas (pode ser colocado nas nádegas, abdómen, parte externa do braço ou parte superior das costas, por exemplo). A vantagem deste método tem a ver com o facto de ser aplicado uma vez por semana e ter menos probabilidades de ocorrerem esquecimentos. Além disso, a eficácia deste método, contrariamente à pílula, não diminui em caso de vómitos ou diarreia.

Preço médio: 12 euros

DIU / SIU

É outro dos métodos de longa duração, que neste caso pode ir até cinco anos. Distinguem-se dois tipos: SIU – que contêm hormonas; e o DIU – sem hormonas e com cobre.

Este tipo de contracetivos é normalmente usado por mulheres que já tenham tido filhos e tanto a colocação como a remoção de qualquer um destes dois dispositivos deve ser feita por profissionais de saúde especializados.

A utilização destes métodos requer avaliações periódicas (ao fim de três meses após a inserção e, posteriormente, uma vez por ano ou mais se for clinicamente indicado).

Preço médio: 30 euros

Consulte sempre o seu médico!

Mais uma vez relembramos que não se pode eleger o melhor contracetivo. Cada pessoa terá necessidades específicas e a utilização de qualquer um destes métodos deve ser feita apenas sob aconselhamento médico.

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