Júlia de Sousa
Júlia de Sousa
05 Ago, 2015 - 08:50

Custo de vida em Londres: o que saber

Júlia de Sousa

O custo de vida em londres é bastante elevado. Saiba o que esperar.

Custo de vida em Londres: o que saber

São muitos os portugueses que equacionam (ou mesmo ambicionam) encontrar emprego em Londres. E percebe-se porquê. É uma das principais capitais mundiais, outrora centro económico mundial; uma cidade cosmopolita onde as possibilidades de desenvolver uma carreira de sucesso com toque internacional são muitas. Apelativo? Sem dúvida. Mas antes de partir à aventura há que preparar-se e uma das questões que deve considerar é o custo de vida em Londres.

Custo de vida em Londres: da habitação ao lazer

Viver em Londres não sai barato. A capital britânica é uma cidade com um custo de vida elevado. Independentemente de ir em visita ou de “malas aviadas” o melhor é estar preparado para “abrir os cordões à bolsa”.

Ainda que o Reino Unido tenha um dos salários mais elevados da europa (cerca de 1500 euros mensais), o melhor é partir já com um “pé-de-meia” para se aguentar nos primeiros meses, principalmente se ainda não tiver contrato de trabalho.

É difícil estipular um valor fixo para os gastos médios que pode vir a ter, porque tudo depende do estilo de vida que adotar e das suas necessidades. Mas ainda assim podemos dar-lhe algumas luzes. Em Londres as suas maiores despesas serão habitação e os transportes, mas a alimentação (supermecado) também não lhe vai sair muito barata. Só para ter uma ideia, num mês em compras de supermercado (coisas básicas como produtos alimentares e de higiene pessoal) pode gastar – facilmente – entre 270 a 420 euros. Depois há a questão da habitação e dos transportes públicos. Mas vamos por partes.

A habitação:

A habitação além de ser a sua maior preocupação também será a sua maior despesa. Os preços variam consoante a localização ou com o tipo de habitação (seja um quarto em casa partilhada ou uma casa/apartamento apenas para si) mas em Londres, na generalidade serão sempre elevados. Por exemplo, um estúdio pode custar-lhe pelo menos £800 por mês (aproximadamente 1000€). Mais. Aos custos da renda podem ainda acrescer os encargos com condomínio, seguro, taxas camarárias e saneamento, etc.

Os transportes:

Uma possibilidade mais em conta passa por procurar casa fora das zonas centrais. Nesse caso pode ter que juntar às suas despesas os gastos com transportes. Se optar pelos transportes públicos, os preços vão variar de acordo com o meio de transporte utilizado e com as zonas em que circular (ou a distância que percorrer). Por exemplo: se optar por um bilhete pré-comprado (os chamados Oyster Card) vai pagar:

  1. Metropolitano (por uma zona) – £2 (aproximandamete 3€), sendo que o custo máximo é de £8,70 (12,38€) por dia;
  2. Autocarro – £1,35 (cerca de 1,92€), sendo neste caso o custo máximo de £4,20 (ou €5,98) por dia.

A alimentação:

Aqui tudo depende dos seus hábitos. Tanto pode gastar muito como pouco. Mas se for daqueles que adora almoçar ou jantar fora e experimentar novos restaurantes é bom que saiba que os preços podem ser “puxaditos”. Num restaurante barato a refeição pode variar entre os 7€ e os 15€ (£4 a £10), podendo facilmente ascender aos 30 – 40 € (cerca de £20 a £30). O melhor é reduzir nas saídas. O boa notícia é que os ingleses têm por hábito almoçar no local de trabalho, pelo que se optar por levar “marmita” para o emprego ainda consegue “poupar uns trocos”.

O lazer:

Obviamente também deve considerar estas despesas no seu orçamento mensal. Afinal a vida não é só trabalho e vai necessitar de alguns momentos de lazer para “desanuviar” do stress do dia-a-dia. Aqui opções não lhe vão faltar, afinal de contas está em Londres. Museus, teatros, pubs ou espetáculos musicais são apenas algumas das possibilidades ao seu dispor.

As entradas podem ou não ser pagas. No caso dos museus, por exemplo, as entradas são gratuitas, sendo apenas cobrada a visita às exposições. As discotecas têm entrada livre até determinados horários e, com exceção das mais badaladas, os preços são relativamente acessíveis.

Se não quiser gastar dinheiro tem sempre a possibilidade de percorrer as ruas de Londres e descobrir a cidade a custo zero. Isto sem falar que pode entrar nos pubs sem que lhe seja cobrada entrada.

Em Londres seja londrino!

Como já por diversas vezes aqui dissemos, se está decidido a emigrar comece por se preparar para a mudança. O conceito de partir à aventura pode ser muito interessante, mas para correr bem há que se preparar devidamente, principalmente em termos financeiros. Afinal se vai emigrar para Londres é bom que saiba o que o espera do outro lado.


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