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10 Out, 2017 - 05:30

Entrevista a voluntário Impactrip: “realmente podemos ter um verdadeiro impacto”

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Radek Oros é da República Checa, tem 26 anos e vive em Brighton, onde estudou Psicologia e fez uma pós-graduação em Empreendedorismo e Inovação. Este é o seu testemunho.

Entrevista a voluntário Impactrip: "realmente podemos ter um verdadeiro impacto"

Em 2017, decidiu tirar três semanas para fazer voluntariado em Portugal. Gostou tanto que acabou por ficar cinco semanas e decidiu candidatar-se a um estágio na ImpacTrip, o Operador Turístico que o recebeu. E assim foi: Radek está em Portugal para pelo menos três meses de estágio e conta-nos todo o processo desde o voluntariado internacional ao estágio na ImpacTrip.

Radek Oros: de voluntário a estagiário na ImpacTrip

1. Porque escolheste o programa de voluntariado em Portugal?

RADEK (R) – Durante muito tempo senti um grande desejo de fazer voluntariado no exterior, e sempre tive muita vontade de conhecer Portugal. País em que eu nunca tinha estado antes, mas do qual já tinha ouvido falar muito. Depois de terminar a minha tese de mestrado, decidi que queria fazer algo diferente e decidi fazer voluntariado. A decisão de vir para Portugal pareceu-me lógica e foi certamente uma das melhores decisões que tomei até agora.

2. O que mais gostaste de fazer durante o teu programa?

R – Em primeiro lugar, gostei do próprio programa de voluntariado. Tive o privilégio de trabalhar lado a lado com os moradores do bairro da Estrela, ajudando a Re-Food a combater o desperdício alimentar e permitindo aos mais necessitados ter uma alimentação saudável e diária. A iniciativa Re-food permitiu-me ver como realmente podemos ter um verdadeiro impacto positivo tangível, se estivermos abertos para começar a pensar um pouco diferente. Além do próprio projeto, gostei muito das atividades extra oferecidas pela ImpacTrip, como o surf, a visita à Galeria de Arte Urbana em Cascais e a viagem a Sintra, para citar alguns.

3. O que é que aprendeste com esta experiência?

R – De entre tudo o que aprendi posso destacar: ser humilde; ouvir todos – todos têm sua história e lições para ensinar, se quisermos ouvir; dar o melhor de mim.

4. O que é que gostaste mais em Portugal?

R – Acho que quase tudo. Mas se colocar esse tudo em categorias específicas, eu diria: pessoas, comida, clima e as atividades no mar e ao ar livre.

5. Como é que foi o teu relacionamento com os outros voluntários?

R – Todos os voluntários que conheci durante a minha estadia eram muito simpáticos e conseguimos criar um grupo muito giro e coeso. Havia sempre coisas para fazer depois dos voluntariados, fosse um jantar, um passeio, uma saída… Por isso, estávamos sempre animados sem espaço para aborrecimentos. No geral, o meu relacionamento com os meus colegas voluntários foi muito agradável, e fiz dois amigos muito próximos durante a minha experiência voluntária aqui, com quem ainda mantenho contato!

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6. Por que é que escolheste Lisboa e a ImpacTrip para fazer o teu estágio?

R – Após uma extensa pesquisa de destinos e empresas, senti que era exatamente o que eu precisava. E era verdade!

7. Como e porque percebeste que querias voltar para Portugal?

R – Inicialmente, o meu programa de voluntariado era de três semanas. Mas depois de passarem as duas primeiras semanas (que voaram como água), soube que queria ficar mais tempo. Então, decidi prolongar o voluntariado por mais duas semanas. Mas até mesmo este prolongamento não me pareceu suficiente no fim. Eu realmente sabia que queria voltar mais uma vez, por causa das pessoas, lugar, espírito empreendedor dinâmico da área… Então, pensei “por que não voltar?”. Mas desta vez, como um vínculo mais estreito com os meus conhecimentos académicos e profissionais, e fazer uma contribuição direta para a equipa da ImpacTrip! E, como eles dizem, quando realmente queres alguma coisa, isso também pode acontecer!

8. O que é que te fez querer fazer parte da equipa da ImpacTrip?

R – No dia da minha chegada como voluntário, fiquei realmente espantado com a dedicação, a diligência e o entusiasmo da equipa. Os fundadores tiveram uma visão e ambições altas, acompanhados por um forte sentido do que queriam alcançar neste campo altamente competitivo. A equipa é formada por um grupo jovem, dinâmico e muito talentoso com um propósito e uma missão fortes. E este foi um fator crucial para mim, para querer trabalhar com a equipa.

9. Quais são as tuas expectativas para estes meses que vais estar com a equipa da ImpacTrip?

R – As minhas principais expectativas referem-se a resultados mais diretos e indiretos. Mais diretamente, espero ter uma experiência mais prática do que é o início de um negócio jovem, porém em rápido crescimento, perceber melhor o setor de turismo responsável em Portugal e desenvolver as minhas próprias habilidades de resolução de problemas criativos. Mais indiretamente, quero conhecer melhor os portugueses, a cultura e linguagem, e explorar este belo lugar de todas as maneiras possíveis.

10. O que queres perceber sobre Portugal ou os portugueses que não tiveste oportunidade da primeira vez?

R – Muitas pessoas portuguesas têm um tom subjacente interessante de uma leve negatividade que muitas vezes se transforma num estranho sentido de humor negro. Eu acho que há uma sobreposição com a música Fado.

11. Qual é o teu prato português favorito?

R – Pastel de Nata! Gosto tanto que como muitos ao mesmo tempo!

12. Quais são as tuas palavras favoritas em português?

R – Obrigadinha, Caipiroshka, Santinho.

13. Qual é o teu lugar favorito em Portugal?

R – São Pedro de Estoril e praia de Cascais.

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