Sofia Ramos
Sofia Ramos
02 Ago, 2017 - 06:00

16 expressões portuguesas que os brasileiros adoram

Sofia Ramos

Quer ir ao Brasil? Conheça as expressões portuguesas que os brasileiros adoram e prepare-se para trazer muitas frases usadas pela “galera” em troca.

16 expressões portuguesas que os brasileiros adoram

As telenovelas trouxeram muito da cultura brasileira até Portugal, nomeadamente ao nível da linguagem e das expressões usadas pelos canarinhos. Mas sabia que também há expressões portuguesas que os brasileiros adoram? Fomos à procura das que soam mais divertidas, ou mais estranhas, aos ouvidos dos habitantes do país-irmão.

16 expressões portuguesas que os brasileiros “curtem”

Brincar com o fogo

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Quando temos comportamentos irresponsáveis ou nos colocamos numa situação de risco, depressa nos lembram que andamos a “brincar com o fogo”. Se estivéssemos em terras brasileiras, dir-nos-iam que andávamos a “cutucar a onça com vara curta”. Seja como for, o resultado pode não ser bonito.

Estar de rastos

Esta é outra expressão que primeiro deixa os brasileiros curiosos, mas acaba por conquistá-los. Se aqui o Manuel está de rastos, no Brasil, o Joaquim “está na pior”.

Grande capado

A forma informal com que, às vezes, comentamos os músculos bem trabalhados de alguém, normalmente do sexo masculino, causa cócegas do outro lado do Atlântico. Uma das expressões equivalentes no Brasil é “homão da porra”.

Não se aguenta nas canetas

No Brasil, caneta é apenas um objeto que serve para escrever, nada mais. Os portugueses é que resolveram fazer uma analogia entre as pernas e as canetas e o resultado foi esta expressão que muito diverte os brasileiros.

Estar feito ao bife

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A forma idiomática de dizermos que estamos metidos em apuros, ou numa situação da qual ainda não sabemos como vamos sair, encontra um equivalente no Brasil: “estou frito”. A cozinha vista como um purgatório, portanto.

Encher chouriços

Se nós “enchemos chouriços”, os brasileiros “enchem linguiça”. O significado é o mesmo: preencher o tempo com algo insignificante, nomeadamente numa reportagem de rádio ou televisão, devido a algum problema técnico.

Cair em saco roto

Em Portugal, quando uma recomendação ou um conselho não é tido em conta, é comum usarmos a expressão “caiu em saco roto”. Para os brasileiros esta não é uma expressão comum, preferindo dizer que as palavras “acabaram em pizza”.

Pôr-se na alheta

Mas onde fica a “alheta”? Perguntam os brasileiros desnorteados. Que logo sorriem quando lhes damos o significado da expressão e nos dão a sua para a troca: “Dar o fora”.

Saber a…

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Esta não é uma expressão idiomática, mas os brasileiros acham-na igualmente curiosa e castiça. É que no Brasil “o gelado não sabe a morango”, mas “tem sabor de morango”. Que é para não haver confusões entre saber e sabor!

Esticar o pernil

Os portugueses gostam de suavizar a conversa sobre a morte e têm vários eufemismos para designar essa circunstância definitiva. Mas não se pense que os brasileiros são mais diretos: “abotoar o paletó” é uma expressão idêntica brasileira.

Mais pequeno do que

Façam este exercício: imaginem um ator ou uma atriz de telenovela brasileira a dizer “Belo Horizonte é mais pequeno do que São Paulo”. Não conseguem, pois não? É que um brasileiro diz sempre: “Isto é menor do que aquilo” – ler como se o “e” de “menor” fosse acentuado!

Ir aos arames

Ficar enervado e furioso é outra situação que deixou os portugueses inspirados. “Subir a mostarda ao nariz”, por exemplo, é uma expressão com significado semelhante que também delicia os brasileiros. Do outro lado do Atlântico, ir aos arames é “chutar o balde”.

Lamber as botas

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Primeiro pensam que estamos a falar de engraxar sapatos, e não está mal visto, afinal, “lamber as botas” e “dar graxa” vai dar quase ao mesmo. Depois, os brasileiros acabam por adotar esta expressão muito usada por cá em contextos de trabalho. E nós retribuímos: quem já não ouviu falar em “puxar o saco”?

Força!

Expressão de concordância, incentivo ou encorajamento num momento difícil, “Força!” soa estranho aos brasileiros. O que dizem eles nas circunstâncias em que um “Força!” nos sai naturalmente? “Vai fundo!” ou “Claro!”, dependendo da situação.

Levar uma tampa

Acontece. Tanto em Portugal como no Brasil, nem sempre o amor é correspondido ou os convites aceites. Em terras lusas, “A Clara leva uma tampa do Luís”, no país de Caetano Veloso, “O Luís dá tábua”, ou seja, recusa o convite da Clara.

Dar um tiro no pé

Para nós, esta expressão não tem segredos. Mas, e se ouvíssemos alguém dizer “o fulano tomou o bonde errado”? Pois é, na terra de Pelé, apanhar o elétrico errado pode ser sinónimo de fazer algo que, contra o que seria expectável, nos prejudica.

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