Catarina Reis
Catarina Reis
20 Set, 2023 - 12:00

Formação Profissional IEFP: tudo o que deve saber

Catarina Reis

Está desempregado(a)? Saiba como fazer formação profissional IEFP e encontrar uma solução para adquirir novas competências.

Formação Profissional IEFP

Ficou recentemente desempregado e não está a ter o sucesso pretendido na procura de emprego? Conheça a formação profissional IEFP, do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Terá sempre vantagens ao inscrever-se num Centro de Emprego e ao informar-se em relação a todos os serviços que podem auxiliar nesta fase da sua vida – já para não falar sobre a importância de adquirir novas competências.

Vantagens de se inscrever num centro de emprego

Ainda que muitos pensem que não é vantajoso, a verdade é que existem vantagens em inscrever-se num Centro de Emprego. Uma dessas vantagens é a possibilidade de receber um apoio personalizado ao seu caso, por parte dos Técnicos do Centro de Emprego, de forma a ajudá-lo a definir e a implementar um Plano Pessoal de Emprego, que esteja adequado à sua formação e aos seus objetivos de carreira.

Além do apoio para a implementação de um Plano Pessoal de Emprego, a inscrição no Centro de emprego permite beneficiar das medidas oficiais de apoio aos desempregados como, por exemplo, as Medidas Estímulo.

Além das vantagens anteriormente referidas, a inscrição no Centro de emprego permite uma maior orientação e encaminhamento para possíveis formações, que ajudam a aumentar as suas perspetivas de empregabilidade.

Qualificação de pessoas com deficiência e incapacidade (PCDI)

Fazer uma formação profissional IEFP também dá a possibilidade de potenciar a empregabilidade das pessoas com deficiência e incapacidade, dando-lhes competências profissionais orientadas para o exercício de uma atividade no mercado de trabalho.

Tratam-se de cursos de formação profissional inicial com uma duração que pode variar entre as 2 900 e as 3 600 horas, correspondendo a um período entre 2 e 2, 5 anos.

Para mais informações consulte aqui.

Fazer uma formação profissional IEFP

Ao inscrever-se num Centro de Emprego pode não só aceder ao subsídio de desemprego, como também beneficiar de outros serviços prestados por estas estruturas, como, por exemplo, a formação.

Ainda que muitos não o saibam, a verdade é que existe formação profissional através do IEFP em algumas áreas. Pode não existir formação profissional através do IEFP na área de atuação que pretende, mas não custa nada pesquisar um pouco e informar-se acerca de todas as ofertas de formação profissional através do IEFP existentes.

Que formações existem?

Existem formações nas mais diversas áreas, como, por exemplo, para técnicos auxiliares de saúde, de secretariado, de marketing, de cozinha e de vendas, entre outros. Também há cursos de desenvolvimento pessoal e técnicas de procura de emprego, entre outros.

Modalidades de formação profissional IEFP Existentes

Cursos de aprendizagem

Permitem obter uma certificação escolar e profissional, focando-se na inserção no mercado de trabalho, incrementada por uma grande componente de formação levada a cabo em contexto de trabalho, e permitindo ainda o prosseguimento de estudos em instituições do ensino superior. 

Os cursos de aprendizagem dirigem-se a jovens com idade inferior a 25 anos e com o 9º ano de escolaridade ou superior, sem conclusão do 12º ano.

Cursos de Educação e Formação para Adultos (EFA)

Dão a oportunidade de atingir níveis superiores de habilitação escolar e profissional, melhorando, dessa forma, os números de empregabilidade. Destinam-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e habilitações escolares entre menos de 4 anos até 12 anos.

Cursos de Especialização Tecnológica (CET)

Concedem formação de nível pós-secundário, mas não superior, procurando colmatar as necessidades sentidas no mercado de trabalho, ao nível dos quadros intermédios

Destinam-se a jovens ou adultos que tenham o 10º e 11º anos completos e inscrição no 12º ano, ou uma qualificação profissional de nível 3 e nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações, ou diploma de Especialização Tecnológica ou de um grau de ensino superior que pretendam a sua requalificação profissional.

Formação modular

Permite que atualize e aprofunde os conhecimentos teóricos e práticos, conseguindo níveis mais altos de habilitação escolar e profissional. Destina-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, empregados ou desempregados que queiram melhorar as suas competências em domínios de âmbito geral ou específico de uma profissão.

Vida ativa – Emprego Qualificado

Este tipo de formação profissional permite que desempregados aumentem as hipóteses de voltar ao mercado de trabalho, fazendo ações de formação de curta duração. Esta é uma medida que faz parte da formação Vida Ativa – QUALIFICA+, que tem como alvo desempregados que possuem qualificações muito baixas. 

Tem como destinatários adultos desempregados inscritos nos centros de emprego do IEFP, IP, e, cumulativamente, inscritos num Centro Qualifica, com habilitações escolares iguais ou superiores ao 4º ano e inferiores ao 9º ano.

Programa de formação em competências básicas

Dá-lhe a oportunidade de alcançar competências básicas de cálculo e escrita, leitura, assim como tecnologias de informação e comunicação necessárias para conseguir frequentar um curso EFA, ou então seguir para um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) do nível básico. 

Dirige-se a adultos com idade igual ou superior a 18 anos, que não tenham frequentado o 1º ciclo do ensino básico ou equivalente, ou que tenham frequentado o 1º ciclo do ensino básico ou equivalente e não demonstrem possuir as competências básicas de leitura, escrita e cálculo.

Cursos de Português Língua de Acolhimento

Permite que melhore as suas competências de compreensão e expressão usando a língua português, além de conceder conhecimento sobre direitos básicos de cidadania, que se revelam importantes para que os imigrantes se integrem na sociedade portuguesa.

Dirigem-se a cidadãos migrantes, adultos, com idade igual ou superior a 18 anos, desempregados ou ativos empregados, cuja língua materna não é a portuguesa e/ou que não detenham competências básicas, intermédias ou avançadas, de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECRL).

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