Os números são fáceis de compreender: em 2015, pela primeira vez na história do nosso país, o número de funcionários públicos reformados ultrapassou o número de trabalhadores ativos e pagantes de quotas para efeitos de reforma, os subscritores da Caixa Geral de Aposentações.
Reformados aumentam e ativos diminuem
O Tribunal de Contas divulgou esta segunda-feira o Relatório de Acompanhamento da Execução Orçamental da Segurança Social. Nele pode ver-se que o total de aposentados da Caixa Geral de Aposentações é de 486 269 pessoas (mais cerca de23.5%do que há 10 anos), enquanto o número de trabalhadores ativos diminuiu 235 551 no mesmo período, fixando-se nos 473 446.
“O ano de 2015 é o ano de viragem, em que o número de subscritores é inferior ao número de aposentados/reformados”, sublinha o Tribunal de Contas no relatório.
Mas o relatório consegue ser ainda mais específico e revela que a maior perda de ativos ocorre no escalão etário mais baixo, ou seja, os trabalhadores com menos de 30 anos. Assim, a maior parte dos ativos da Caixa Geral de Aposentações tem entre 50 e 59 anos, sendo que no final do ano de 2015 a média de idades dos subscritores era de 61,1 (tendo ainda aumentado relativamente a 2013, quando foi de 60,9 anos).
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