Ana Graça
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10 Jul, 2018 - 12:36

Mastite: causas, sintomas e tratamento

Ana Graça

A mastite é uma inflamação da glândula mamária comum e muito dolorosa. Conheça as suas principais causas, sinais de alerta e o tratamento mais indicado.

Mastite: causas, sintomas e tratamento

A mastite é uma inflamação da mama que na grande maioria dos casos é unilateral e tem um bom prognóstico. Geralmente ocorre durante as primeiras 6 semanas após o parto, no entanto, pode ocorrer em qualquer outra altura durante o período de amamentação.

Ocorre habitualmente em mulheres que estão a amamentar (mastite puerperal) e pode ser ou não de origem infeciosa. A mastite não infeciosa habitualmente deve-se ao bloqueio dos canais por onde passa o leite. Já a mastite infeciosa surge quando há entrada de microrganismos através de mamilos gretados.

Existem ainda outros fatores que podem dar origem à mastite, nomeadamente:

  • Danos nos mamilos;
  • Doença ou stress;
  • Longos períodos entre amamentações ou amamentação pouco frequente;
  • Fixação inadequada do bebé na mama resultando numa extração de leite insuficiente;
  • Roupa apertada na zona da mama;
  • Produção excessiva de leite.
A mastite pode ser ou não de origem infeciosa

Quais os principais sintomas da mastite?

Perante uma situação de inflamação, parte da mama tende a ficar avermelhada, quente, inchada e muito dolorosa. É frequente que a mulher tenha febre alta e sinta mal-estar significativo.

Na mastite não infeciosa os sintomas desaparecem em 24 horas, ao contrário do que acontece na infeciosa, em que há agravamento dos sintomas. Nestes casos, a mastite pode piorar no prazo de apenas poucas horas e requer tratamento imediato.

Melhor tratamento para a mastite

Antes de mais importa alertar para a importância da prevenção. A mulher pode prevenir o surgimento da mastite tendo alguns cuidados:

a) tratar o ingurgitamento (quando se dá a descida do leite, as mamas podem ficar tensas, quentes e dolorosas) e os mamilos gretados (doridos e com fissuras);

b) evitar a compressão excessiva da mama com os dedos durante a amamentação;

c) evitar roupas que comprimam a mama. Usar um sutiã reforçado, adequado ao peito;

d) esvaziar completamente a mama antes de passar para a outra;

e) na mamada seguinte começar pela mama que deu em último lugar;

f) retirar o leite com uma bomba própria se sentir o peito demasiado cheio e se ainda faltar muito tempo para a próxima refeição do bebé;

g) não amamentar sempre na mesma posição.

Quando a prevenção já não é possível e a mama já está inflamada a mulher geralmente é aconselhada a:

a) continuar a amamentar;

b) começar pela mama não afetada;

c) após a mamada esvaziar manualmente ou com bomba o lado afetado;

d) ajudar com o posicionamento e fixação à mama, tentando posições de amamentação diferentes para tentar limpar o bloqueio, se este existir;

e) aquecer a mama com compressas quentes antes de amamentar para ajudar a estimular o fluxo de leite e arrefecer a mama após a amamentação com compressas frias para ajudar a aliviar a dor e a inflamação;

f) repousar;

g) consultar o médico;

h) no seguimento de uma consulta junto de um profissional de saúde pode ser recomendada a toma de analgésicos para ajudar no alívio da dor e de antibióticos para o tratamento da mastite.

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