Márcio Matos
Márcio Matos
19 Abr, 2018 - 13:44

Estes são os 100 melhores romances do mundo. Quantos deles já leu?

Márcio Matos

Estes são, seguramente, os 100 melhores romances romances do mundo: marcantes e intemporais. Comece já hoje a pôr as leituras em dia.

Estes são os 100 melhores romances do mundo. Quantos deles já leu?

Não somos só nos que dizemos. A lista dos 100 melhores romances do mundo que lhe apresentamos é baseada na seleção feita por publicações conceituadas, como o The New York Times, o Le Monde ou o The Guardian. Não há demarcações temporais ou geográficas – aqui o que interessa mesmo é a força de cada obra e a forma como permanecem na história de todos nós.

Foram tidos em conta todos os romances publicados ao longo da história da literatura e foram escolhidos os mais significativos, aqueles que não saem  da memória de quem os leu. Vamos descobrir quais já pode riscar da lista de leitura e quais devem saltar já para a cabeceira da cama?

Os 100 melhores romances do mundo

melhores romances do mundo

Top 10 da lista de melhores romances do mundo

1. Dom Quixote, Miguel de Cervantes,1605

O romance conta a história de um fidalgo, Dom Quixote de La Mancha, que perde o juízo e parte pelo país para lutar em nome da justiça. Com humor, esta obra abre portas para uma escrita já próxima da época moderna. As aventuras de Dom Quixote, do seu cavalo – que não é um alazão imponente – e do seu escudeiro – que não passa de um simples camponês da vizinhança – fazem com que este livro seja mesmo considerado um dos melhores romances do mundo.

 

2. Guerra e Paz, Liev Tolstói, 1869

“Milhões de pessoas praticaram, umas contra as outras, uma quantidade tão inumerável de crimes, embustes, traições, roubos, fraudes, falsificações de dinheiro, pilhagens, incêndios e assassinatos, como não se encontra nos autos de todos os tribunais do mundo em séculos inteiros […]. O que produziu tal acontecimento extraordinário?”. É na busca de respostas e explicações que Tolstói constrói esta obra, onde descreve a campanha de Napoleão Bonaparte na Rússia. Através de uma pesquisa exaustiva, o autor descreve-nos os principais episódios que culminaram com a derrota francesa e retrata, de um modo livre, personagens reais como Napoleão e alguns comandantes militares.

 

3. A Montanha Mágica, Thomas Mann, 1924

Antes do eclodir da 1ª Guerra Mundial, Hans Castorp visita o primo num sanatório, onde acaba por contrair tuberculose. Aí fica internado por sete anos, tempo durante o qual vive num ambiente de requinte intelectual, em permanente debate com ideias filosóficas antagónicas, até que decide partir.

 

4. Ulisses, James Joyce, 1922

Inspirado na Odisseia, de Homero, este “Ulysses” do século XX passa-se em Dublin e conta-nos as aventuras de Leopold Bloom e do seu amigo Stephen Dedalus. Bloom tem de ultrapassar vários obstáculos e tentações até retornar a sua casa, na rua Eccles, onde sua mulher Molly o espera. A vida aparentemente banal de Bloom esconde vários desafios… Este é, sem dúvida, um dos melhores romances do mundo.

 

5. Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, 1967

“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendia havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer a fábrica de gelo”… A saga dos Buendia serve de ponto de partida para uma romance que teve um enorme impacto, sobretudo quando foi lançado num continente sob ditadura em que estas histórias servirão de libertação espiritual de um povo. Quinze anos depois da sua publicação, García Marquéz receberia o Prémio Nobel da Literatura.

 

6. A Divina Comédia, Dante Alighieri, 1321

Com quase 700 anos, este clássico da literatura – como qualquer clássico – tem a capacidade de se ir reinventando a cada leitor que o lê. Representa a cosmovisão de uma época e é considerado um hino ao rigor e à beleza. Obviamente, teria de fazer parte da lista dos melhores romances do mundo.

 

7. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust, 1913

Ciclo de sete romances, inter relacionados e com um mesmo narrador. Retrato da sociedade francesa da época, particularmente da burguesia, são dezenas as personagens que se vão cruzando em histórias de amor, ciúme e inveja.

 

8. O Som e a Fúria, William Faulkner, 1929

Este é um dos melhores romances do mundo. Ele narra a agonia de uma família da velha aristocracia sulista, os Compson. A personagem principal desta obra é mesmo o tempo, a sua passagem e as mudanças que ele opera. Esta publicação marca, ainda, uma segunda fase na carreira de Faulkner, culminando com a sua consagração como Prémio Nobel, vinte anos mais tarde.

 

9. O Homem sem Qualidades, Robert Musil, 1930-1943

A personagem principal desta obra vive diversas experiências: viaja ao estrangeiro e, nas vésperas da 1ª Guerra Mundial, retorna a Viena. Conhece inúmeras pessoas e com esses contactos o autor pretende ilustrar a decadência dos valores e, logo, a perda de posição da Europa na decisão dos rumos políticos e económicos mundiais.

 

10. O Processo, Franz Kafka, 1925

Josef K. luta para descobrir por que o acusam, por quem é acusado e que lei sustenta a acusação. Porém, Josef constata permanentemente que é impossível encontrar uma solução já que o processo de que é vítima segue leis próprias: as leis do arbítrio.

 

Veja a lista completa dos 100 melhores romances do mundo

A lista é longa, mas com alguma disciplina é perfeitamente possível ler os 100 melhores romances do mundo. Selecione os que captam mais a sua atenção, ou siga a lista – por ordem crescente ou decrescente, conforme preferir. Confira os restantes títulos de leitura obrigatória que constam na lista e responda: qual romance acrescentaria a este top100?

  1. Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski, 1866
  2. Anna Karenina, Liev Tolstói, 1877
  3. Édipo Rei, Sófocles, 427 a.c.
  4. 1984, George Orwell, 1949
  5. O Castelo, Franz Kafka, 1926
  6. Ilíada e Odisseia, Homero, século 8 a.c.
  7. A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, Laurence Sterne, 1759
  8. Doutor Fausto, Thomas Mann, 1947
  9. Lolita, Vladímir Nabókov, 1955
  10. Enquanto Agonizo, William Faulkner, 1930
  11. A Morte de Virgílio, Hermann Broch, 1945
  12. Os Lusíadas, Luís de Camões, 1572
  13. O Homem Invisível, Ralph Ellison, 1952
  14. Hamlet, William Shakespeare, 1603
  15. Finnegans Wake, James Joyce, 1939
  16. Rumo ao Farol, Virginia Woolf, 1927
  17. Grande Sertão: Veredas (1956)
  18. Pedro Páramo, Juan Rulfo, 1955
  19. As Três Irmãs, Anton Tchekhov, 1901
  20. Orgulho e Preconceito, Jane Austen, 1813
  21. O Leopardo, Tomaso di Lampedusa, 1958
  22. Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev, 1862
  23. Contos da Cantuária, Geoffrey Chaucer, século 15
  24. As Viagens de Gulliver, Jonathan Swift, 1726
  25. Middlemarch, George Eliot, 1874
  26. O Apanhador no Campo de Centeio, J. D. Salinger, 1951
  27. O Lobo da Estepe, Herman Hesse, 1927
  28. O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald, 1925
  29. O Mestre e Margarida, Mikhail Bulgákov, 1940
  30. As Vinhas da Ira, John Steinbeck, 1939
  31. Memórias de Adriano, Marguerite Yourcenar, 1951
  32. Paralelo 42, John dos Passos, 1930
  33. Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley, 1932
  34. As Asas da Pomba, Henry James, 1902
  35. O Jogo da Amarelinha, Julio Cortázar, 1963
  36. A Náusea, Jean-Paul Sartre, 1938
  37. A Peste, Albert Camus, 1947
  38. Folhas de Relva, Walt Whitman, 1855
  39. Memorial do Convento, José Saramago, 1982
  40. A Invenção de Morel, Adolfo Bioy Casares, 1940
  41. O Tambor, Günter Grass, 1959
  42. Retrato do Artista quando Jovem, James Joyce, 1917
  43. José e Seus Irmãos, Thomas Mann, 1933-1943
  44. Doutor Jivago, Boris Pasternak, 1957
  45. A Cidade e as Serras, Eça de Queirós, 1901
  46. O Estrangeiro, Albert Camus, 1942
  47. Otelo, William Shakespeare, 1622
  48. O Príncipe, Nicolau Maquiavel, 1532
  49. O Amante de Lady Chatterley, D.H. Lawrence, 1928
  50. Os Cantos, Ezra Pund, 1948
  51. A Consciência de Zeno, Italo Svevo, 1923
  52. On The Road, Jack Kerouac, 1957
  53. O Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien, 1954
  54. A Terra Desolada, T. S. Eliot, 1922
  55. A Origem das Espécies, Charles Darwin, 1859
  56. A Laranja Mecânica, Anthony Burgess, 1962
  57. Luz em Agosto, William Faulkner, 1932
  58. O Coração das Trevas, Joseph Conrad, 1902
  59. Madame Bovary, Gustave Flaubert, 1856
  60. O Paraíso Perdido, John Milton, 1667
  61. Rei Lear, William Shakespeare, 1608
  62. Por Quem os Sinos Dobram, Ernest Hemingway, 1940
  63. Eneida, Virgílio, 19 a.c.
  64. Matadouro 5, Kurt Vonnegut, 1969
  65. A Sangue Frio, Truman Capote, 1965
  66. Histórias, Heródoto, 440 a.c.
  67. Moby Dick, de Herman Melville, 1851
  68. Dalloway, Virginia Woolf, 1925
  69. Lord Jim, Joseph Conrad, 1900
  70. Ardil 22, Joseph Heller, 1961
  71. A Amada, Toni Morrison, 1987
  72. Dom Casmurro, Machado de Assis, 1899
  73. As Aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain, 1885
  74. A Revolução dos Bichos, George Orwell, 1945
  75. Ficções, Jorge Luis Borges, 1944
  76. Frankenstein, Mary Shelley, 1818
  77. O Sol Também se Levanta, Ernest Hemingway, 1926
  78. Corre, Coelho, John Updike, 1960
  79. O Vermelho e o Negro, Stendhal, 1830
  80. O Complexo de Portnoy, Philip Roth, 1969
  81. Os Três Mosqueteiros, Alexandre Dumas, 1844
  82. A Interpretação dos Sonhos, Sigmund Freud, 1900
  83. Trópico de Câncer, Henry Miller, 1934
  84. Pergunte ao Pó, John Fante, 1939
  85. Reparação, Ian McEwan, 2001
  86. Os Miseráveis, Victor Hugo, 1862
  87. Meridiano de Sangue, Cormac McCarthy, 2008
  88. Sonetos, William Shakespeare, 1609
  89. Desonra, J. M. Coetzee, 1999
  90. O Deserto dos Tártaros, Dino Buzzati, 1940

E então, quantos deles já leu?

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