Hugo Moreira
Hugo Moreira
17 Fev, 2010 - 00:00

Mercados emergentes abrem janela a recuperação económica em 2010

Hugo Moreira

Economias emergentes de países como Brasil, China ou Índia estão a captar cada vez mais investimento público mundial.

Mercados emergentes abrem janela a recuperação económica em 2010

O estudo divulgado no início do mês de Fevereiro pela consultora Accenture, no Fórum Económico Mundial, que decorreu em Davos, revela que os mercados emergentes valem actualmente metade da riqueza mundial.
São as economias emergentes que estão a atrair o investimento público em comparação com os países com mercados económicos mais sólidos. A liderar esta tendência estão os países que constituem o chamado “B6”: Brasil, China, Índia, México, Rússia e Coreia do Sul.

Apesar da recessão verificada, o crescimento económico – fruto dos negócios – não tem abrandado, podendo mesmo caminhar para os “5,1 por cento em 2010”, sustenta o mesmo estudo.
De destacar que países como a Indonésia, Malásia, Nigéria, Tailândia e Turquia são, segundo o estudo, “a nova vaga de economias emergentes”. Com custos de produção competitivos e produtos a baixo preço não é de admirar que os mercados emergentes como a Índia ou a China consigam resistir.

Outra tendência apontada pela Accenture centra-se na globalização e consequente democratização das novas tecnologias, factores que têm vindo a pesar na forma como os governos e empresas gerem e criam novos modelos de negócio.
Com o cenário de uma recuperação económica global, sustentada em grande parte pelo crescimento dos mercados emergentes, é de esperar que os lucros das empresas possam também recuperar. Em Dezembro de 2009, a Bloomberg adiantava dados curiosos: a maior parte das casas de investimento, como o Citigroup, o Credit Suisse e o UBS, recomendava um aumento da exposição nos mercados emergentes ou em acções de empresas que aí tivessem negócios.

Em Janeiro deste ano, analistas do Crédit Suisse referiram que as acções de mercados emergentes podiam valorizar mais de 20 por cento em 2010, a maior subida anual impulsionada pela recuperação lenta, mas sólida, da economia dos Estados Unidos. Estima-se que a economia norte-americana possa crescer 4% na primeira metade de 2010 e que, no quarto trimestre deste ano, registe um crescimento de cerca de 4,5%.