Pedro Andrade
Pedro Andrade
03 Jan, 2017 - 12:37

O que não fazer no ginásio: 8 erros mais comuns para a saúde

Pedro Andrade

Praticar exercício traz inúmeras vantagens ao corpo e à mente. Saiba o que não fazer no ginásio e rentabilize os treinos.

O que não fazer no ginásio: 8 erros mais comuns para a saúde

Começou o novo ano, quer “mudar de vida” e inscreveu-se no ginásio. E agora? Saiba o que não fazer no ginásio, evite os erros mais flagrantes e siga as dicas do Personal Trainer Miguel Ferrer para para rentabilizar os seus treinos e ficar em boa forma.

O que não fazer no ginásio. Os 8 erros mais comuns

É certo e sabido que as idas regulares ao ginásio contribuem para manter a boa forma física. Ainda assim, é importante evitar alguns erros que colocam em causa o sucesso dos seus treinos.

Miguel Ferrer, Personal Trainer, contou ao E-Konomista o que não fazer no ginásio para evitar lesões e aproveitar ao máximo o tempo e dinheiro investido na prática regular de desporto:

1. Falta de objetivos

Miguel Ferrer não tem dúvidas: a grande maioria das pessoas que se inscrevem no ginásio não sabe realmente o que pretende. “Seja hipertrofia, emagrecimento ou melhoria da definição muscular, todos estes objetivos passam por caminhos específicos”, disse. O Personal Trainer garantiu que só com um plano bem delineado é possível atingir os patamares pretendidos e saber o que não fazer no ginásio.

2. Beber pouca água

Miguel Ferrer lembrou que que a água “é a solução mais importante do nosso corpo e que praticamente todas as reações químicas que ocorrem no organismo se baseiam na presença de água”. Por isso, a ingestão de água é fundamental para que “a recuperação do treino ocorra de maneira correta”. Ainda assim, o Personal Trainer deixou um recado: “não se apegue a valores dados como ‘ideais’ de ingestão de água, como é o caso dos famosos dois litros por dia. Tudo depende da rotina, de onde vive e de como é o treino. Existem casos onde o indicado é mais de quatro litros”.

3. Treinos longos

Esta é a principal causa de desistências e de “overtraining”. Miguel Ferrer explicou ao E-Konomista que “treinos com elevado volume acabam por não trazer os resultados esperados, até porque, no geral, têm uma intensidade baixa”. Atenção à dica: “os treinos não precisam ter mais do que uma hora, sendo que em grande parte dos casos, podemos ter um treino altamente efetivo em menos de 30 minutos. Tudo depende de quem está a acompanhar o treino e dos objetivos estabelecidos”.

4. Excesso de confiança

Miguel Ferrer disse que a quantidade de informação disponibilizada na Internet sobre os mais variados treinos existentes acaba por influenciar o desempenho e o sucesso de quem vai ao ginásio. “As pessoas evitam procurar a ajuda dos monitores porque acreditam que já sabem o que é preciso fazer para atingirem os seus objetivos. Mas os monitores e professores existem para orientar e ajudar todos os atletas/alunos a atingirem os objetivos de forma correta e sustentada”.

5. Não fazer o aquecimento antes do início do treino

É um erro muito comum e o que não deve fazer no ginásio. O Personal Trainer lembrou que “todos os treinos devem iniciar por um período de baixa intensidade física. Com uma corrida ligeira, por exemplo, com a duração de 5 a 10 minutos. A duração, progressividade e variedade do aquecimento deve estar relacionado com a intensidade da prova ou do treino: quanto mais intenso o esforço, maior e mais diversificado deverá ser o aquecimento”, acrescentou. Um bom aquecimento evita lesões, sobretudo em que utiliza cargas elevadas. “O objetivo é preparar o corpo (sistema cardíaco, circulatório, pulmonar e nervoso, além dos músculos e tendões) para o esforço, que pode variar de intensidade e que deve ser progressivo”, disse Miguel Ferrer.

6. Respirar de forma incorreta

O Personal Trainer explicou ao E-Konomista que “uma respiração adequada, além de melhorar o rendimento e trazer maiores e melhores resultados estéticos e posturais, vai assegurar um treino saudável e sem riscos. A má respiração ao longo dos treinos pode sobrecarregar o coração na altura de bombear sangue para o corpo. É importante não bloquear a respiração, executando assim a chamada “manobra de Valsalva”. A melhor forma é soltar o ar na contração muscular e inspirando lentamente no retorno à posição inicial, sem prender o ar em nenhum momento. Na execução ideal, o movimento do exercício deve ter a mesma velocidade que a respiração”, contou.

7. Postura incorreta

Uma postura correta ao longo dos exercícios é fundamental para evitar lesões graves. Miguel Ferrer explicou que este é um erro “muito comum” porque “as pessoas ainda não têm noção de qual deve ser a correção corporal a fazer mediante cada exercício executado”. Assim sendo, o Personal Trainer é a pessoa indicada para “corrigir as posturas e garantir que os objetivos do treino são atingidos corretamente”.

8. Má alimentação

Miguel Ferrer garantiu que “a dieta da maioria das pessoas que treina continua a não ser adequada. Sem uma dieta equilibrada, o treino não é rentabilizado. É importante fazer uma correta ingestão de de proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais”, disse. O Personal Trainer lembrou, ainda, que “suplementos não são comida e, por isso, não podem substituir as refeições”. Miguel Ferrer explicou que “o mais indicado é consumir carboidratos com alto índice glicémico 30 minutos antes de começar o treino”. Em termos, práticos, o Personal Trainer aconselha a ingestão de pão branco com geleia, frutas secas, sumos naturais, bananas às rodelas com mel, aveia e iogurte com baixo teor de gordura, queijo branco, patê de atum ou cenouras. “É preciso comer antes do treino, mesmo que a atividade seja leve. Jamais faça uma atividade física se estiver há mais de três horas sem comer”, disse.

Miguel Ferrer deixou, ainda, mais uma dica ao E-Konomista: apostar “na qualidade dos movimentos e na flexibilidade”. O Personal Trainer explicou que “o movimento precisa ser feito com qualidade, respeitando as rotas articulares e com a amplitude necessária. Sem isso, de nada adianta usar uma resistência externa”, garantiu. Já a falta de flexibilidade acaba por prejudicar as rotas articulares. “Por isso, independentemente do objetivo, é preciso desenvolver a flexibilidade para realizar um treino com mais qualidade. Além de ganhar amplitude de movimento, ainda terá muito mais possibilidades de prevenir possíveis lesões”, afirmou.

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