Ana Araújo
Ana Araújo
14 Fev, 2018 - 11:00

Oxitocina: a hormona do amor

Ana Araújo

Parto, amamentação, empatia, paixão e sexo. Conheça as diferentes manifestações da oxitocina, a hormona do amor e da felicidade.

Oxitocina: a hormona do amor

Localizada no sistema nervoso central, produzida no hipotálamo e segregada pela hipófise, a oxitocina é conhecida como hormona do amor. Uma das principais razões para esta denominação prende-se com a sua importância e influência nas relações humanas, sendo que aqui se incluem as relações de amizade e as amorosas.

Assim sendo, de modo sintético, sem correr o risco de ser redutor, a oxitocina é responsável pela capacidade de os indivíduos se relacionarem.

Oxitocina: tudo o que precisa de saber sobre a hormona do amor

Importância nas relações

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Uma das principais razões pelas quais a oxitocina é apelidada de hormona do amor está associada ao facto de as pessoas apaixonadas libertam oxitocina. Por outro lado, esta hormona é também responsável pela vontade que as pessoas têm de estar juntas, pelas relações duradouras e, por consequência, pela fidelidade entre casais.

Mas o que acontece quando a paixão acaba? Por norma, quando uma relação termina as pessoas sentem-se mais tristes. Isto acontece porque os níveis de oxitocina baixam.

Na verdade, ao ser um neurotransmissor, um mediador químico, a oxitocina acaba por ter uma importante função no comportamento social, sendo que aqui se incluem sentimentos como a empatia, o reconhecimento e a confiança.

Numa interpretação mais lata, esta hormona encontra-se também presente nas relações sexuais, uma vez que é uma das hormonas libertadas durante o orgasmo, tanto masculino como feminino.

Importância na amamentação e no parto

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Como referido anteriormente, apesar de ser conhecida como hormona do amor, a sua interpretação é muito vasta. Por exemplo, a atuação da oxitocina é fundamental na amamentação.

Ainda que não exerça qualquer influência na produção de leite – a prolactina é a hormona responsável por esse efeito -, a oxitocina impulsiona o movimento do leite para o peito, permitindo assim que o mesmo seja excretado pelo mamilo.

Por outro lado, esta é também uma hormona muito importante no momento do parto. Isto porque as contrações uterinas e consequente expulsão do bebé acontecem por ação da oxitocina. Deste modo, podemos dizer que a oxitocina é uma hormona essencial no parto para criar uma ligação entre a mãe e o recém-nascido, gerando um sentimento de empatia e proteção.

Níveis baixos de oxitocina

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Para além das implicações anteriormente referidas, a oxitocina encontra-se também associada a sentimentos menos positivos, como é o caso das depressões, vícios e algumas doenças mentais, como esquizofrenia e autismo.

Atualmente, são já vários os estudos que dão conta dos efeitos benéficos da oxitocina, nomeadamente em casos de doentes com autismo. Um dos estudos publicados é o da Mont Sinai School of Medicine. Neste estudo em particular, ficou demonstrado que após a injeção desta hormona em adultos diagnosticados com autismo, os mesmos melhoraram significativamente a sua capacidade de interação, nomeadamente ao nível da compreensão e da fala.

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