Já todos pensamos, várias vezes, em momentos distintos das nossas vidas: “Devo poupar ou gastar?”.
A resposta é simples: deve poupar e gastar. Ainda assim, um estudo das universidades americanas de Washington e de Claremont McKenna garante que as tendências de gastar compulsivamente ou de poupar todos os cêntimos possíveis têm origem genética.
Ainda que a educação parental possa atenuar os fatores genéticos, estes especialistas garantem que a partir dos 40 anos o cérebro humano “apaga” esses ensinamentos e a predisposição genética começa a guiar os impulsos de cada um de nós.
Devo poupar ou gastar?
A resposta é, como já dissemos anteriormente, simples: as duas coisas. Ainda assim, balancear estes dois universos nem sempre é fácil.
Como é que podemos poupar e gastar bem os nossos recursos financeiros sem ficarmos com remorsos? Com disciplina financeira.
Não se assuste: não vai ter de abdicar de fazer o que mais gosta para conseguir amealhar algum dinheiro ao longo da vida. Precisa de fazer bem as contas e saber gastar convenientemente o dinheiro que recebe.
Passo 1: poupar
Comecemos pela poupança. O objetivo é controlar efetivamente o dinheiro que entra e sai dos seus bolsos. Só quando analisa todos os gastos é que o dinheiro se torna real. Assim sendo, anote todas as despesas que efetua ao longo do mês (poderá utilizar uma simples folha de papel ou um documento Excel) e agrupe por categorias (saídas, supermercado, cinema, lazer, renda, viagens, gasolina, etc).
No final dos primeiros três meses já conseguirá ter uma noção real dos seus gastos e definir o valor máximo que quer gastar em cada uma das categorias.
Dizem os especialistas que deve sempre poupar entre 10% e 15% do rendimento mensal. Pode parecer uma tarefa difícil mas não é impossível: lembre-se que pode poupar no supermercado, no automóvel e nas faturas da eletricidade e da água. Este processo fica ainda mais simples se fizer o seu orçamento mensal em que anota todas as despesas efetuadas – dessa forma vai conseguir perceber quais as categorias que podem ser “aliviadas” no final do mês e amealhar mais umas dezenas de euros.
Assim sendo, tenha sempre um fundo de emergência: vai conseguir precaver-se de situações inesperadas e a recompor o orçamento familiar de forma mais rápida e eficaz. Como fazê-lo? Anote todas as despesas do agregado familiar (habitação, educação, serviços, etc.) e multiplique esse valor pelo número de meses que gostaria de sentir-se seguro (os especialistas dizem que o número mínimo é três meses e o ideal é a partir dos seis meses).
Mesmo que não consiga colocar de lado de uma só vez o valor resultante dos encargos mensais, estipule um valor mínimo e faça a transferência todos os meses. Pode, ainda, aplicar o dinheiro que poupa em fundos de tesouraria, de taxa variável ou certificados de aforro. Estão são apenas algumas formas de investir o seu dinheiro e pensar a longo prazo.
Passo 2: gastar
Mais uma vez, não se esqueça: poupar ou gastar? Faça as duas coisas. Não deve privar-se do que mais gosta de fazer apenas porque quer poupar até ao último cêntimo e garantir que não é apanhado desprevenido.
Para conseguir poupar é preciso saber gastar bem o seu dinheiro. Montar uma estratégia que defina como, onde e quando gastar dinheiro é essencial para viver forma saudável e segura sem deixar de lado os pequenos prazeres da sua vida.
Se construir o seu Orçamento Familiar vai ter a noção dos gastos reais. Dessa forma vai conseguir perceber onde pode cortar despesa sem abdicar de algumas saídas com os amigos, dos jantares esporádicos em restaurante e das viagens em altura de férias. Para gastar bem, a palavra de ordem é moderação. Siga as nossas dicas de poupança e vai tornar-se num consumidor mais atento às suas reais necessidades.
Sempre que se questionar se deve poupar ou gastar nunca duvide que a solução passa por uma gestão equilibrada do seu orçamento que lhe permita gastar de forma sustentada sem colocar em causa o seu bem-estar.
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