Catarina Reis
Catarina Reis
09 Abr, 2018 - 10:02

Recrutamento em 2018: conheça as 7 tendências

Catarina Reis

Há novas tendências de recrutamento em 2018. São necessárias competências técnicas de ponta e um perfil de competências transversais.

Recrutamento em 2018: conheça as 7 tendências

Há novas tendências de recrutamento em 2018 e, entre elas, destacamos as 7 principais. Se está à procura de investir na capacidade de impressionar os recrutadores, chegou ao sítio certo.

Na era Millennial temos profissionais cada vez mais qualificados e especializados, que consolidam Portugal como pólo tecnológico – com novas competências em áreas como Virtualização, Inteligência Artificial, Cloud e Cibersegurança. Além disso, temos ainda a localização ideal de centros de serviços partilhados com especial interesse para as áreas de serviços financeiros, serviços tecnológicos e de apoio ao cliente.

No entanto, ainda que estejamos a crescer em qualidade de formação e de oferta profissional, os recrutadores vêem-se perante o enorme desafio de encontrar profissionais que, além das competências técnicas de ponta, possuam um perfil de competências transversais – sociais, pessoais e comportamentais – ajustado à globalização dos negócios.

As 7 grandes tendências de recrutamento em 2018

Observamos, diante das mudanças que ocorrem no mercado de trabalho, que as empresas valorizam cada vez mais a motivação intrínseca dos candidatos e a sua capacidade para se auto-motivarem, bem como o dinamismo, a autonomia, capacidades de comunicação e proatividade. Vejamos, em maior detalhe, o que dizem as tendências de recrutamento para este ano.

recrutamento em 2018

1. Agilidade versus linearidade do percurso profissional

A esperança média de vida é cada vez maior, por isso, a expectativa de viver mais tempo, entre outros fatores, acaba definitivamente com a ideia de as pessoas terem uma carreira única ao longo da vida, privilegiando um portfólio de experiências em diversas atividades num mesmo setor ou em setores diferentes. Contratar pessoas que se consigam adaptar rapidamente a mudanças tecnológicas e económicas será fundamental para as empresas em 2018.

2. Outsourcing

A externalização de serviços continua a ser tendência no mercado de trabalho. Esta tendência de recrutamento abre caminho para consultores e freelancers altamente qualificados, e especialistas nas suas áreas de intervenção.

3. Criatividade na atração de talento

Pois é: já não são só os candidatos que precisam de se destacar e ser criativos na sua abordagem ao mercado de trabalho – empregadores e recrutadores também querem destacar-se e mostrar a identidade da empresa. O marketing chegou aos processos de recrutamento e seleção, e pode afirmar-se que proporcionar uma experiência positiva aos candidatos que se encontram a ser avaliados é meio caminho andado para que estes fiquem ainda com mais vontade de trabalhar naquela organização, passando a palavra – em tom positivo – a pessoas da sua rede de contactos – que são vistos pelas empresa, claro está, como potenciais colaboradores, ou mesmo clientes.

Bem vindo à era do Employee Branding!

4. Estratégias de retenção e alinhamento

Há cada vez mais profissionais qualificados em Portugal, mas, por vezes, as empresas não apresentam o desenvolvimento tecnológico, social e humano necessário para fazer com que estes profissionais desejem aí ficar por muito tempo.

Um dos desafios que enfrentam as empresas do setor das tecnologias, e outros, é o de reter os seus talentos. Ainda não existe uma receita para a retenção de pessoas, mas acredita-se que vai além da atribuição de bons salários. O alinhamento com a cultura da empresa, a responsabilidade social e o sentimento de propósito estão entre os fatores mais relevantes para as novas fornadas de recém-graduados.

5. Trabalho remoto

Outro aspeto-tendência, e que tende a favorecer a retenção de talentos nas empresas, é a possibilidade de o pacote contratual incluir a possibilidade de fazer trabalho remoto. Os seus colaboradores vão agradecer – e dizer maravilhas sobre a empresa – se lhes der a oportunidade de trabalhar a partir de casa dois ou três dias por semana. Ao fazê-lo, estará ainda a ser socialmente responsável, pois promove o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional – “work-life balance“.

6. Candidaturas simplificadas via LinkedIn

Já não é novidade para ninguém que o LinkedIn se afirmou como ferramenta indispensável de networking e de prospeção de oportunidades de trabalho para os candidatos. Para as empresas, por sua vez, este é um canal de recolha de informações muito relevantes sobre os potenciais colaboradores e empresas parceiras ou concorrentes.

O que há de novo, então? As empresas podem agora, ao publicar uma oferta de trabalho no LinkedIn, proporcionar aos candidatos a opção de fazer uma Candidatura Simplificada. Não podia ser mais simples: quando o candidato faz scroll das ofertas disponíveis, por baixo de algumas delas verá o botão “Candidatura Simplificada” – é só clicar e já está!

7. O impacto da inteligência artificial começará a ser uma realidade

Inevitavelmente, a inteligência artificial começará a ser usada e incorporada nas empresas, particularmente nas startups, que estarão mais familiarizadas com o assunto. Esse futuro parece especialmente provável, tendo em conta a previsão da Adobe de que 66% dos funcionários de escritórios no Reino Unido dizem que já querem um assistente de inteligência artificial para ajudar a realizar o trabalho de seleção de candidatos.

O desafio, para estes últimos, será o de saber construir os seus currículos de forma a passar no crivo das máquinas. Uma espécie de SEO aplicada à empregabilidade.

Agora que já sabe tudo o que precisa sobre as tendências de recrutamento em 2018, tome nota das suas competências e daquilo que vai ter de investir para crescer e ocupar o seu espaço no mercado de trabalho moderno.

Veja também: