Hugo Moreira
Hugo Moreira
05 Abr, 2010 - 00:00

Será o crédito consolidado a melhor opção para si?

Hugo Moreira

Com o avolumar das despesas, o recurso ao crédito consolidado pode ser a melhor maneira de reduzir as suas prestações mensais e aliviar o orçamento familiar.

Os portugueses cada vez mais optam por não poupar. Vários factores contribuem para esta mudança de comportamento. Desde logo há a inevitável crise financeira que deixou milhares no desemprego e com pouca margem de manobra para acumular algum dinheiro no mealheiro ou em qualquer produto de poupança. Depois há o constante apelo ao consumo, um verdadeiro convite ao gasto imediato do pouco dinheiro amealhado ou de maquias que não tem em carteira. Começaram então a banalizar os empréstimos para compra de férias, automóveis, jóias, móveis, electrodomésticos.

A concorrência entre instituições de crédito é actualmente muito agressiva e a publicidade aos seus produtos um verdadeiro chamariz para que as pessoas gastem o pouco que têm e o que não têm!

O recurso ao crédito pessoal levou muitas famílias portuguesas à bancarrota, com a acumulação de créditos alguns dos quais contraídos para conseguir pagar outros empréstimos. A actual crise financeira contribuiu também para o avolumar de situações precárias.

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O que o crédito consolidado pode fazer por si

Tudo não passa de um autêntico ciclo vicioso que parece não ter fim. Uma das formas para começar a quebrar este ciclo passa por adquirir uma solução financeira personalizada que junte vários, ou todos, os seus créditos numa única prestação, na generalidade muito mais baixa (até menos de 60%).

Se possui crédito habitação o mais comum é usar o crédito consolidado com hipoteca, mas não obriga necessariamente à existência de um empréstimo na compra de casa. Obriga antes à existência de um imóvel. Assim sendo, o imóvel hipotecado serve de garantia ao crédito. Refira-se que o valor total a consolidar fica sempre dependente da avaliação da casa.

Também pode consolidar os seus créditos sem ter um crédito à habitação. Basta criar um crédito pessoal que englobe os créditos contraídos até à data. A redução mensal da prestação pode chegar aos 20%, com um prazo mais alargado e um aumento total dos juros globais.

São várias as vantagens se optar pelo crédito consolidado, além das apontadas acresce o facto de as amortizações serem gratuitas, parciais ou totais, existe total flexibilidade de reutilização e não é necessário mudar de banco.

A par da consolidação dos créditos pode optar por um cartão de crédito, se tem problemas bancários.

Conselhos para uma boa utilização do crédito

O crédito tem a sua importância e utilidade, mas mal utilizado poderá tornar-se numa verdadeira dor de cabeça e provocar problemas financeiros que nunca mais acabam. Por estas razões é vital uma boa utilização, a todos os níveis. O esclarecimento, os princípios éticos e da responsabilidade social que norteiam as relações comerciais e de crédito, a existência de uma maior cultura financeira com consciência dos direitos e obrigações são fundamentais para não cair duas vezes no mesmo erro.

O cenário de sobreendividamento é por si só assustador. Depois de ter optado pelo crédito consolidado deve acautelar-se e tomar decisões conscientes. A poupança continua a ser uma forma de garantir o seu futuro financeiro, já que vai estar a pagar a sua dívida por um longo período de tempo. Não se renda à tentação de utilizar a poupança conseguida com o crédito consolidado em novos créditos. Com a poupança real de dinheiro até pode pensar em começar a amortizar a dívida.

Poupe até 60%, reduza as suas mensalidades com o crédito consolidado, saiba como.

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