Viviane Soares
Viviane Soares
09 Fev, 2018 - 12:20

Serra da Lousã: o que visitar e onde ficar

Viviane Soares

Se é um adepto de turismo da natureza, tem de visitar a Serra da Lousã. A beleza única das paisagens e a renovada oferta de alojamentos vão surpreendê-lo.

Serra da Lousã: o que visitar e onde ficar

A Serra da Lousã, juntamente com a Serra do Açor e a Serra da Estrela, formam o mais imponente dos alinhamentos montanhosos de Portugal: a Cordilheira Central. Esta serra abrange os concelhos de Lousã, Góis, Castanheira de Pêra, Miranda do Corvo e Figueiró dos Vinhos e abarca grande parte das Aldeias do Xisto, nomeadamente:

  • Aigra Nova
  • Aigra Velha
  • Casal Novo
  • Pena
  • Candal
  • Talasnal
  • Chiqueiro
  • Comareira
  • Cerdeira
  • Gondramaz
  • Ferraria de São João
  • Casal de São Simão

Serra da Lousã: roteiro para umas mini-férias

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Localizada na transição do distrito de Coimbra para o de Leiria, a Serra da Lousã esconde alguns dos tesouros mais bens guardados do interior da região centro do país. Referimo-nos não só à beleza das suas paisagens, mas sobretudo à forma como conjuga a vertente cultural e humana das Aldeias do Xisto, com a natureza e as oportunidades de lazer que proporciona aos seus visitantes.

Conhecida por ser profundamente sulcada por linhas de água – que formam as conhecidas Ribeira de Pena a norte, a Ribeira de S. João a noroeste, a Ribeira de Pera e a Ribeira de Alge a sul – a Serra da Lousã é a casa de muitas espécies de fauna e flora, das quais de destacam as populações de veados, javalis e corços; e as espécies de azinheiras, sobreiros, castanheiros, carvalhos e pinheiros, que pintam a serra de verde.

Já a Este sobressai o colossal Penedos de Góis, um local deslumbrante com miradouros sobre a paisagem beirã, podendo daqui avistar-se a Serra da Estrela, a Serra do Açor e o Alto do Trevim – o ponto mais alto da Serra da Lousã, com  1204 m.

Se é um adepto de turismo da natureza ou precisa, simplesmente, de um fim-de-semana sem rede, longe do stress e do caos citadino, aconselhamos que faça uma visita à Serra da Lousã, para conhecer as belíssimas Aldeias do Xisto.

1. Aigra Nova

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A não perder:

Ecomuseu Tradições do Xisto: esta é a única aldeia com uma “maternidade de árvores”, um espaço de educação ambiental que o vai surpreender. Além de ser um belíssimo exemplar dos tesouros escondidos em Portugal, é possível não só conhecer e participar no processo de reprodução de espécies autóctones, mas também integrar programas de educação ambiental, fazer apadrinhamentos e contribuir para campanhas de plantação de árvores. Esta é uma excelente visita para fazer em família, sobretudo para ajudar os mais novos a valorizar a natureza e os seus encantos;

Loja Aldeias do Xisto: além de vender os produtos tradicionais e locais, com o selo das Aldeias do Xisto, tem também um serviço de bar e de refeições ligeiras.

Onde ficar?

Casa do Forno >>

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Situada na aldeia de Camelo, em plena Serra da Lousã, esta casinha de campo faz parte de um complexo de turismo rural. Tem todas as condições necessárias para passar um belíssimo fim-de-semana. O preço de um quarto duplo ronda os 60€/noite.

2. Aigra Velha

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A não perder:

  • Parque Florestal da Oitava;
  • Parque Florestal da Ribeira da Pena;
  • Forno e alambique da Família Claro: utilizados para a confeção de pão e aguardente de mel.

Onde ficar?

Casa da Ribeira >>

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Também situada na aldeia de Camelo, esta casa pode ser alugada em regime de exclusividade. Para quatro hóspedes, o preço ronda os 90€/noite.

3. Pena

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A não perder:

  • Alminha: o único elemento de vocação religiosa da aldeia;
  • Moinho de água: situado na margem esquerda da ribeira da Pena;
  • Fontanário: localizado no centro da aldeia;
  • Largo do Chafariz.

Onde ficar?

Sete Quintas >>

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Esta unidade de turismo rural está situada na aldeia da Retorta, num antigo lagar de azeite e três moinhos de farinha. Um quarto duplo ronda os 90 €/noite.

4. Casal Novo

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A não perder:

Das construções tradicionais e de utilização coletiva apenas restam a fonte, o respetivo tanque e a eira, que é atualmente utilizada como miradouro, tirando partido do panorama que se alcança sobre a planura da Lousã. Na linha do horizonte avista-se até a serra de Montemuro.

Onde ficar?

Casinha do Conde >>

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Esta casinha rústica, na encantadora Serra da Lousã, é muito acolhedora e está totalmente equipada para acomodar até 4 pessoas. Disponível para alugar por 50€/noite.

5. Candal

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A não perder:

Antiga escola primária: construída na década de 1920 graças às remessas de divisas enviadas pelos candalenses emigrados nos EUA;

Chafariz do Candal: implantado na berma da EN236 e datado de 1941, tem poema que o enobrece;

Alminha: é a única construção religiosa que existe na aldeia. Encontra-se no largo da aldeia e foi mandada construir por uma família de candalenses como pagamento de uma promessa;

Moinhos: cinco moinhos hidráulicos, construídos na década de 1920, ao longo da margem direita da ribeira de Candal, aproveitavam a força da água para acionar o mecanismo que moía os grãos de cereal produzidos nas pequenas leiras da aldeia;

Lagar de azeite: construído em 1919, foi, recentemente, alvo de intervenção de recuperação, estando o seu mecanismo operacional.

Onde ficar?

Casa Cimeira >>

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Esta linda casa de campo tem 3 quartos, com cama de casal, uma casa de banho, uma sala e uma kitchenette. Para 6 hóspedes, o aluguer da casa por noite custa 161€ e inclui pequeno-almoço.

6. Talasnal

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A não perder:

Alminha: localizada na ruela principal, num nicho envolvido por moldura de madeira;

Lagares de azeite: existiram dois lagares de azeite na aldeia. Um está em ruína. O outro, particular, foi recentemente recuperado. São os testemunhos do muito “ouro verde” que por aqui se produzia;

Talasnicos: doces típicos de mel e castanha da doçaria conventual;

Retalhinhos: é a mais recente criação de confeitaria inspirada pelo Talasnal. Estes pastéis, à base de castanha e amêndoa, foram criados por Maria José, proprietária da Casa da Urze e do Retalhinho.

Onde ficar?

Casa da Urze >>

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Totalmente restaurada, esta casa disponibiliza todas as comodidades de que necessita para passar bons momentos na Serra da Lousã. Para dois hóspedes, o preço ronda os 65€/noite.

7. Chiqueiro

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A não perder:

  • Capela da Senhora da Guia: esta capela era partilhada pelos habitantes do Casal Novo e do Talasnal. É uma construção em xisto de planta retangular, rebocada e pintada nas esquinas com faixa em azul-espanta-espíritos;
  • Inscrição religiosa: na fachada de uma casa junto à capela, vê-se uma pequena inscrição gravada. São visíveis as letras “I H S”, que correspondem ao trigrama e símbolo que foi utilizado pela Companhia de Jesus;
  • Miradouro.

Onde ficar?

Casa Lausus >>

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Esta casinha pitoresca oferece excelentes condições de conforto. Tem dois quartos, um WC, sala com lareira e cozinha totalmente equipada. O ex-libris é mesmo a varanda panorâmica com vista para o vale e Castelo da Lousã. A casa pode ser alugada com acesso aos dois quartos ou a apenas um deles, tendo, por isso, preços diferenciados. Por norma, ronda os 65€/noite.

8. Comareira

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A não perder:

  • Apesar de ser uma aldeia solarenga e pitoresca, é sobretudo um acesso a várias praias fluviais. Todavia, as paisagens a perder de vista são idílicas.

Onde ficar?

Casa da Comareira >>

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Este estúdio, com vista vista privilegiada para a Serra da Lousã, tem uma cozinha equipada, sala de jantar e de estar , quarto de casal e casa de banho com banheira. O pequeno almoço está incluído na tarifa do alojamento e é deixado diariamente na casa. Para duas pessoas, o preço ronda os 60€/noite.

9. Cerdeira

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A não perder:

  • A aldeia é hoje um local de criação, através de residências artísticas internacionais, da realização de workshops de formação e de pequenas experiências criativas, razão pela qual aconselhamos uma visita à Casa das Artes, aos ateliers, à biblioteca, à galeria, ao forno comunitário e ao Café da Videira;
  • Fonte: construída, em 1938, pela Câmara Municipal da Lousã, no caminho pedonal de acesso à aldeia. Com água de nascente;
  • Alminha: localizada no nicho na fachada de uma casa particular. No seu interior, há uma tábua pintada que é um ex-voto dedicado ao Senhor dos Aflitos;
  • Casa das Artes e Ofícios: reconstruída ao abrigo do programa ECO-ARQ, segundo critérios de ecorreabilitação – emprego de materiais e técnicas de construção locais, com baixa emissão de CO2 (pedra de xisto e argamassa de barro, madeira de castanheiro e placas de granulado de cortiça como isolamento térmico). Hoje alberga iniciativas de turismo criativo e artístico.

Onde ficar?

Casa das Estórias >>

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Situada no coração da Serra da Lousã, esta casa tem uma cozinha totalmente equipada, uma zona de refeições e espaço de convívio com um confortável sofá-cama. No piso superior, tem um quarto de casal, um espaço comum com sofá-cama e uma casa de banho. Este piso tem ainda acesso a um terraço exterior que oferece uma vista magnifica sobre a aldeia e a montanha. Alugada em regime de exclusividade, o preço ronda os 100€/noite.

10. Gondramaz

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A não perder:

  • Capela de Nª Srª da Conceição: templo de feição singela que guarda imagens de Nª Srª da Conceição e de Nª Srª das Candeias;
  • Lavadouro e Fontanário: o Lavadouro, que está localizado no centro da aldeia, bem como o Fontanário, que disponibiliza água canalizada, são os únicos equipamentos coletivos da aldeia;
  • A arte que se exibe em pedras gravadas ou esculpidas nas fachadas das casas – autênticos tesouros escondidos em Portugal.

Onde ficar?

Casa Cuco >>

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A Casa Cuco é uma unidade de Turismo Rural com a chancela “BikeHotel”, com capacidade máxima para 4 pessoas. Tem um quarto com uma cama de casal num primeiro andar e mais duas camas individuais nos espaços comuns, que durante o dia podem ser usadas como sofás. Tem duas casas de banho, uma cozinha completa e equipada e um grande terraço comunica diretamente com a piscina exterior e o jardim. Além disso tem uma pequena garagem para guardar e fazer manutenção de bicicletas. Para duas pessoas, fica por 100€/noite. Já para 4 pessoas fica a 140€/noite.

11. Ferraria de S. João

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A não perder:

  • Capela de São João: pequeno templo de linhas sóbrias, sem elementos decorativos no exterior;
  • Alminha: nicho encastrado no muro que ladeia a rua que desce para o centro da povoação, com a inscrição em cimento MS 1969. Possui pintura sobre chapa metálica representando as almas no Purgatório;
  • Currais: o conjunto de currais corresponderá a um dos mais numerosos que, em bom estado de conservação, ainda existe em Portugal. A aldeia possuiu um rebanho comunitário que ascendia a mais de mil cabeças;
  • Eira: junto a uma das ruas do centro da aldeia ainda existe uma eira, em bom estado de conservação, cujo pavimento é em lajes de calcário, material mais fácil de ser aparelhado do que o quartzito que ocorre no local;
  • Queijo de cabra: outro dos belíssimos produtos que a região tem para oferecer.

Onde ficar?

Casa do Zé Sapateiro >>

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A Casa do Zé Sapateiro foi totalmente recuperada e preparada para receber até 14 ocupantes num ambiente confortável e muito familiar. Compartilhando a sala de estar, a sala de jantar e um pátio interior, os visitantes podem optar por um dos seis quartos duplos e uma suite, estando todos eles equipados com casa de banho privativa e aquecimento. Por quarto, o preço ronda os 65€/noite.

12. Casal de S. Simão

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A não perder:

  • Ponte de São Simão: pensa-se que a base construtiva é do período do domínio romano;
  • Fontanário: a água provém de uma nascente situada na encosta do outro lado do vale. Está datado de 1939;
  • Ermida de São Simão: Vem do séc. XV e localiza-se à entrada da aldeia, quase no topo do Monte de S. Simão. É dedicada a este santo, que está no altar-mor, e a S. Judas Tadeu.;
  • Eira e forno: tal como os inúmeros pequenos socalcos que envolvem a aldeia, testemunham um passado de atividade agrícola e de práticas de autossubsistência.

Onde ficar?

Agroturismo Quinta da Fonte >>

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Esta casinha de campo está situada em Figueiró dos Vinhos, numa zona de grande beleza paisagística da Serra da Lousã. A região proporciona várias atividades em contacto com a natureza, nomeadamente vários percursos de BTT , passeios pedestres, a prática da pesca e de desportos náuticos, entre outros. Em média, o preço por pessoa fica a 35€/noite.

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