Ekonomista
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20 Mai, 2019 - 13:00

Potência requintada. Conheça ao pormenor o sistema i-MMD da Honda

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Conheça o sistema i-MMD da Honda e descubra como é que um SUV de segmento D consegue fazer consumos inferiores a um carro de segmento B.

Potência requintada. Conheça ao pormenor o sistema i-MMD da Honda

A Honda revolucionou a tecnologia híbrida com o seu sistema i-MMD (Intelligent Multi Mode Drive). São dois motores elétricos, um motor a gasolina de ciclo Atkinson, uma bateria de iões lítio e uma transmissão de relação fixa, que trabalham em perfeita sinfonia com um só objetivo: oferecer o máximo de potência da forma mais requintada e amiga do ambiente possível.

No início de 2019, a Honda apresentou esta tecnologia no mercado europeu no renovado Honda CR-V, tomando assim o lugar das motorizações diesel, o que significa que o novo SUV da Honda está apenas disponível em duas versões: híbrida ou gasolina.

Conheça então como funciona este sistema híbrido da gigante japonesa que fabrica carros, motos, motores para barcos e até aviões, e que permite fazer com que o novo Honda CR-V consuma apenas 5,3L/100km.

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i-MMD (Intelligent Multi Mode Drive)

Honda CR-V - Sistema i-mmd

Fonte: Honda/Divulgação

A tecnologia i-MMD da Honda, apesar de parecer complexa, pode ser entendida com uma simples expressão: trata-se de um carro elétrico, movido a gasolina.

Esta tecnologia baseia-se sobretudo em 2 diferentes secções: motorizações e transmissão.

Motores

Honda CR-V - Interior

Fonte: Honda/Divulgação

Tal como o acrónimo em inglês exprime, esta tecnologia revolucionária da Honda permite alternar de forma automática e inteligente entre três modos de condução (EV Mode, Hybrid Mode e Engine Mode), oferecendo a mais elevada eficiência possível de condução.

No modo EV, o conjunto de baterias de iões de lítio alimenta o motor elétrico de propulsão. No modo híbrido, o motor de combustão fornece energia ao gerador que, por sua vez, a fornece ao motor elétrico transmitindo assim a potência para as rodas. No modo engine, o motor de combustão está ligado diretamente às rodas motrizes através de uma embraiagem de bloqueio (denominada “embraiagem de lock-up”).

Em modo 100% elétrico, a bateria de aproximadamente 1 kWh permite percorrer sensivelmente 2km (dependendo da velocidade e das condições do terreno) sem emitir quaisquer gases poluentes.

Quando o carro circula em modo híbrido (modo hybrid), a energia excedente do motor a gasolina é usada para recarregar as baterias através de um gerador.

O modo de motor de combustão (modo engine) é o mais eficiente para a condução a velocidades cruzeiro mais elevadas, podendo ser complementado por uma intensificação “a pedido” do motor elétrico, que complementa o binário do motor de combustão em determinadas condições.

Saiba mais aqui sobre os modos de condução do novo Honda CR-V híbrido

Circulando a velocidades inferiores a 60 km/h, este sistema híbrido i-MMD dá “ordem” ao motor do seu automóvel para funcionar em modo EV durante mais de metade do tempo, e como mais de 70% das viagens feitas pelos portugueses são feitas em estradas secundárias, será este o modo de motor em que o carro circulará a maior parte do tempo, permitindo fazer viagens económicas com emissões de carbono muito reduzidas.

A velocidades de auto-estrada, o modo EV estará ligado durante cerca de terço da sua viagem, alternado entre os seguintes modos de motor os restantes dois terços da rota, sendo que a potência máxima é disponibilizada quando o CR-V está em modo híbrido.

No caso do novo Honda CR-V híbrido, 0 motor a gasolina de 2.0 litros de capacidade, o motor elétrico de propulsão, o gerador e a unidade de controlo da potência, estão todos localizados debaixo do capot, e o conjunto de baterias de iões de lítio está alojado por baixo da bagageira, não permitindo assim que este modelo na sua versão híbrida esteja disponível com 7 lugares, tal como acontece com as versões movidas exclusivamente a gasolina.

Todos estes feitos permitem a este SUV de quase 1700kg e dimensões francamente generosas conseguir fazer consumos verdadeiramente impressionantes, tendo em conta que este é um carro familiar, prático, confortável e bastante robusto. E o facto de pagar classe 1 nas portagens com pagamentos automáticos (via verde, ou portagens com máquinas automatizadas), é mais um fator que torna o novo CR-V num carro muito “apetitoso”.

Transmissão

i-MMD Honda

Fonte: Honda/Divulgação

Graças a um incrível “cérebro” do software do sistema i-MMD, este decide quando alternar os modos de forma a maximizar a eficiência. Mas sem dúvida a característica mais incrível deste sistema é que consegue fazer a comutação entre os 3 modos de condução sem que o condutor ou os passageiros se apercebam.

Conseguir esta proeza foi uma das maiores preocupações dos engenheiros da Honda, que conseguiram este feito associando o motor a uma transmissão de relação fixa, ou “trocando por miúdos”, o Honda CR-V “não tem mudanças”.

Ao invés de uma transmissão convencional, a relação de transmissão fixa permite criar uma ligação direta entre os vários componentes móveis que formam a motorização deste sistema i-MMD, o que resulta numa transferência de binário mais suave. Este formato significa que este sistema utilizado pela Honda é mais compacto do que as tradicionais caixas de velocidade eCVT com engrenagens planetárias tipicamente encontradas na grande maioria dos veículos híbridos.

A transferência suave de binário significa que não há derivações na linha de transmissão ou feedbacks indesejáveis nos pedais ou no volante; a motorização praticamente silenciosa confere ao CR-V Hybrid uma gestão excelente dos níveis NVH de ruído, vibração e aspereza.

O formato de relação de transmissão fixa do sistema i-MMD da Honda foi especialmente adaptado para o mercado europeu de forma a oferecer acelerações lineares e de calibragem otimizada entre as ações sobre o pedal do acelerador e as respostas da motorização, assegurando que a sonoridade do motor cumpre as expectativas do condutor e que sobretudo os mais “puristas” da condução não sentem falta do som característico de uma passagem de caixa.

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