Mónica Carvalho
Mónica Carvalho
20 Abr, 2022 - 10:50

10 sítios onde não pode (nem deve) entrar

Mónica Carvalho

Quando viaja, há sítios proibidos e outros desaconselháveis. Provavelmente já ouviu falar nestes dez sítios onde não pode (nem deve) entrar. Nós avisamos!

O mundo não é só feito de locais encantadores. Há um outro lado mais obscuro, mais incógnito, mais curioso. Um lado com sítios onde não pode (nem deve) entrar, e que dão azo a muitas interpretações, fomentam medos terríveis e podem ter consequências pouco simpáticas.

Muitos destes locais são bem conhecidos pelas teorias da conspiração que os envolvem, pelo misticismo que nos leva a questionar tanta coisa e até pela história do local, seja ela mais trágica ou pesada.

10 sítios onde não pode (nem deve) entrar

Vaticano está na lista dos sítios onde não pode (nem deve) entrar
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Arquivos do Vaticano

Entre os sítios onde não pode (nem deve) entrar está parte do Vaticano. O Vaticano é uma espécie de mundo à parte em plena capital italiana. Tem o seu próprio regime de gestão e até o seu próprio banco e, claro, as suas próprias histórias que contam com milhares de anos e que invadem a fantasia de uns e a fé de outros.

Um dos aspetos que mais curiosidade acarreta são os Arquivos Secretos do Vaticano, que se prolongam por cerca de 85 quilómetros de documentos atrás de documentos relativos à religião católica e não só. Por isso bem pode imaginar o tipo de informação que pode encontrar por lá. Mas só mesmo imaginar.

Apesar de o arquivo ter sido aberto aos pesquisadores em 1881, o seu acesso é muito difícil e um processo demorado: só se pode pedir acesso durante, no máximo, três meses, e só podem estar no espaço 60 profissionais de cada vez. Sim, só está acessível a profissionais e completamente fechado a visitas.

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Caverna de Lascaux (França)

São as pinturas pré-históricas na caverna de Lascaux, encontradas em 1940, que faz com que este seja um dos locais mais cobiçados do mundo, já desde o término da Segunda Guerra Mundial.

O acesso foi tão massificado que a caverna teve de ser encerrada ao público em 1963, devido ao facto de o monóxido de carbono do hálito dos visitantes ter começado a danificar as pinturas rupestres.

Entretanto, o local foi considerado Património da Humanidade pela UNESCO e apenas lá podem entrar historiadores e pesquisadores.

Roda gigante abandonada em Chernobyl
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Chernobyl (Ucrânia)

O mundo tremeu com uma ameaça de que muito se falava e da qual já se conhecia o seu poder destruidor. Falamos da energia nuclerar e dos efeitos nefastos que pode ter um tudo o que a rodeia. E este é o pior caso jamais registado na história da humanidade. Tudo aconteceu a 26 de abril de 1986, dia em que uma explosão na central de Chernobyl se tornou o cenário do pior acidente nuclear da história.

Os especialistas estimam que a radiação do local possa ter provocado um cancro mortal em cerca de um milhão de pessoas. Ainda hoje decorrem projetos de limpeza, mas não se sabe quando o local poderá ser novamente habitado e visitado livremente, se é que alguma vez o será… Com a guerra a decorrer na Ucrânia, Chernobyl voltou a ser motivo de preocupação e consta mesmo que houve soldados russos evacuados por acusa da radiação ainda existente no local.

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Svalbard Seed Vault

Entre a Noruega e o Pólo Norte, localiza-se o Svalbard Seed Vault, uma espécie de vale situado no sopé de uma montanha onde se encontra uma enorme coleção de sementes, mais propriamente cerca de 890.000 amostras! O local assemelha-se a um cofre, como se tivesse sido projetado para resistir a desastres naturais e provocados pelo homem.

O local é aberto ao público apenas duas vezes por ano e de forma limitada. Mas se tiver a sorte de lá conseguir entrar, saiba que pode levar as suas próprias sementes para ficarem junto de todas as que lá existem.

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Zona tampão da ONU (Chipre)

As tropas turcas invadiram o Chipre em 1974, provocando uma guerra civil entre os habitantes gregos e turcos. Quando os combates terminaram num cessar-fogo, as Nações Unidas assumiram o controlo de parte da terra de ninguém na capital do país, em Nicósia.

Parece uma cidade fantasma, cheia de casas e empresas abandonadas e cercada por muralhas que separam a comunidade turca do norte da comunidade grega do sul. Não é um bom lugar para passar umas férias e é mesmo um dos sítios onde não pode (nem deve) entrar.

6

Fort Knox (EUA)

Fort Knox é lar da maioria das reservas de ouro dos EUA e, por esse mesmo motivo, foi considerado o local mais vigiado do planeta.
São pouquíssimas as pessoas que lá entram e, para tal, são necessárias várias combinações que precisam de ser inseridas para obter acesso.

A Área 51 é outro dos sítios onde não pode (nem deve) entrar
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Área 51 (EUA)

Se a temática OVNI não lhe é desconhecida, então, seguramente já ouviu falar na Área 51, onde se consta ser o local de armazenamento e recolha de provas de vida extraterrestre.

Confere ainda mais fama ao local o facto de o Governo dos EUA apenas ter assumido a sua existência em 1992, mas sem revelar que tipo de pesquisa se realiza lá.

Poderá visualizar o local através do Google Maps, mas até as imagens parecem ter sido alteradas, de modo a esconder o complexo gigante que se localiza em pleno deserto. Muito conveniente, certo?

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Ilha da Serpente (Brasil)

A Ilha da Queimada Grande do Brasil, também conhecida por Ilha da Serpente, abriga uma densa quantidade de uma das cobras mais mortíferas do mundo.

O veneno da Víbora da Lança Dourada (o nome até parece simpático…) é tão potente que derrete a carne humana ao redor da picada. Há quem afirme que há uma cobra por cada metro quadrado em determinadas partes da ilha… Como é natural, por razões de segurança, o governo brasileiro não permite a entrada de visitantes, o que faz deste um dos sítios onde não pode (nem deve) entrar.

9

Ilha North Sentinel (Índia)

A ilha North Sentinel localiza-se na baía de Bengala, num espaço de maioria indígena. Nesse sentido, acredita-se que a tribo da Ilha Sentinela do Norte se encontre no local há 60.000 anos, sendo uma das últimas comunidades no mundo a permanecer totalmente isolada das sociedades externas.

Em 2006, dois pescadores aproximaram-se demasiado do local e acabaram por ser assassinados, naquele que se acredita ter sido o contacto mais recente da tribo com o resto do mundo.

O próprio governo indiano alerta para a não aproximação da ilha, não só pelo perigo que tal acarreta, mas também porque a tribo nunca teve contacto com muitas das doenças atuais e essa aproximação poderá ser fatal para os indígenas.

Guerreiros Terracota
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Túmulo de Qin Shi Huang

De certeza que já viu imagens dos guerrilheiros de terracota, alinhados na defesa do seu amo. Meros agricultores descobriram o túmulo do primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, em 1974. O que começou por acaso resultou numa posterior descoberta arqueológica de 2.000 soldados de argila, estimando-se que outros 8.000 ainda estejam por descobrir.

Apesar da exploração do local, o governo chinês colocou algumas limitações, nomeadamente a proibição de tocar no túmulo central que contém o corpo de Qin Shi Huang e que está fechado desde 210 a.C.

Tal decisão prende-se com a intenção de respeitar os mortos, mas também por receio de que as escavações danifiquem os artefactos antigos. Logo, este é um dos sítios onde não pode (nem deve) entrar

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