Margarida Ferreira
Margarida Ferreira
13 Jul, 2014 - 09:00

Vale a pena fazer um plano de saúde?

Margarida Ferreira
Se está na dúvida se vale a pena subscrever um plano de saúde, este artigo é para si. Saiba quais os fatores a ter em conta e vantagens e desvantagens da subscrição de um plano de saúde.
Vale a pena fazer um plano de saúde?
Mesmo que ainda não tenha aderido a um plano de saúde (mais vulgarmente conhecido como seguro de saúde) é provável que já tenha pensado nessa hipótese. Seja por uma questão psicológica, após uma “quase eterna” espera numa qualquer fila do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou pela possibilidade de acesso às mais variadas especialidades, a ideia já nos terá ocorrido. No entanto, a mesma esbarra invariavelmente numa dúvida (além, naturalmente, das óbvias questões orçamentais): Vale a pena fazer um plano de saúde?
Para o ajudarmos na sua decisão, enumeramos os fatores a ter em conta na subscrição de um seguro de saúde e vantagens e desvantagens deste serviço.

Fatores a ter em conta num plano de saúde?

  1. Coberturas: Veja quais as que se adequam às suas reais necessidades. A cobertura de internamento é obrigatória em todos os seguros de saúde, mas outras são opcionais e, no seu caso, podem só servir para aumentar o preço da apólice. Por exemplo, se (já) não pensa ter (mais) filhos não opte pelo plano de parto.
  2. Pessoas a incluir: Por vezes incluir vários elementos da família dá direito a descontos. Informe-se.
  3. Preço: Quanto maior o capital seguro e os planos escolhidos maior será o valor do prémio a pagar. Encontre o binómio entre o orçamento disponível e as suas reais necessidades para conseguir um serviço de qualidade.
  4. Modalidade: Existem três modalidades: Reembolso que dá liberdade de escolha dos serviços médicos, mas implica o pagamento total e respetivo, posterior, reembolso por parte da seguradora; Assistência em que a seguradora escolhe onde será atendido e assume o pagamento da fatura, exceto o copagamento e, finalmente, a Mista que concilia as duas modalidades anteriores.
  5. Exclusões: Todas as apólices têm exclusões. Saiba quais para não ser surpreendido.
  6. Franquia: Considere a valor da franquia a pagar (montante ou percentagem a cargo do segurado) e se o plano de saúde inclui ou não uma franquia anual.
  7. Período de carência: Preste atenção ao período de carência, período durante o qual o segurado não pode accionar a apólice.
  8. Forma de pagamento: Pode efetuar pagamento anualmente, semestralmente, trimestralmente ou mensalmente. Quanto mais fragmentado, mais caro fica.

Vantagens e Desvantagens

Vantagens: 
  • Acesso às variadas especialidades a preços mais baixos;
  • Evitar as longas filas de espera do SNS;
  • Quando o capital reembolsado é superior ao prémio do seguro;
  • Segurança de saber que pode recorrer ao seguro de saúde em situações inesperadas.
Desvantagens
  • Muitas vezes o capital a reembolsar pelas seguradoras é inferior ao prémio do seguro;
  • Quando acontece este último caso as seguradoras, por vezes, não renovam as apólices ou aumentam os prémios;
  • Adiciona mais uma despesa obrigatória mensal/anual. Esse dinheiro pode ser poupado e gasto livremente (até em serviços de saúde);
  • Quando a consideração de todos os fatores a ter em conta não é bem efetuada podemos estar na presença de um gasto desnecessário.

E um seguro de saúde?

Mais uma vez neste caso, a resposta a esta pergunta só é possível quando analisada individualmente. No entanto, é possível afirmar que um plano de saúde interessa, essencialmente, quando existe a necessidade de ir muitas vezes ao médico por causa de um problema de saúde já existente, por exemplo, que necessitem de exames médicos muito regularmente. Também é uma boa opção nos casos de parto, em que os pais estão perfeitamente convencidos da preferência pelo privado. Em outros casos, pode não ser assim tão benéfico a menos que esteja a “pensar no pior”. Compete-lhe a si ponderar todas as condicionantes aqui referidas e decidir o que é melhor no seu caso.
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