Sofia Ramos
Sofia Ramos
03 Ago, 2017 - 09:10

10 viagens que vão mudar a sua vida

Sofia Ramos

Tem uma lista de viagens de sonho? Será que estes destinos fazem parte dos seus planos? Confira as nossas 10 sugestões de viagens que vão mudar a sua vida.

10 viagens que vão mudar a sua vida

As viagens não são todas iguais. Há viagens que são uma desilusão, há outras que servem só para descansar e desligar da correria diária, há viagens divertidas, há viagens de trabalho, e depois há as viagens de sonho, que nos marcam para sempre. Pronto para conhecer 10 viagens que vão mudar a sua vida?

Viagens que vão mudar a sua vida: 10 destinos que marcam

1. Islândia

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Com uma língua impossível de pronunciar, mesmo para quem é fã da Björk ou dos Sigur Rós, a Islândia é um destino fabuloso, que só agora começa a aparecer nos catálogos das agências de viagem. E ainda bem, pois significa que as suas paisagens incríveis e as suas cidades e aldeias continuam autênticas.

Esta pequena ilha do Norte da Europa, com meteorologia e atividade vulcânica rebelde, oferece cenários de uma beleza única, onde se sucedem os momentos plenos de paz interior, através da contemplação da natureza sem filtros.

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Desde o géiser e cascata de Gullfoss ao Parque Nacional Thingvellir, passando pela ilha de Surtsey, pelo desfiladeiro Fjadrargljufur e pelo rio glaciar Jökulsá-Austari, são muitas as atrações “orgânicas” da Islândia. E depois, há ainda a capital Reiquiavique e aldeias pitorescas como Seyoisfjörour. Definitivamente, uma viagem para fotografar com a alma e guardar no coração.

2. Japão

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Pensamos em selecionar um destino específico no Japão, como a belíssima região de Kyoto ou a imponente montanha de Hokkaido. Mas não há como fugir a este facto: o Japão é um país extraordinário, de uma ponta à outra. As suas diferenças culturais em relação ao padrão ocidental, bem como a distância a que está do nosso país, convida a uma viagem longa e repleta de visitas.

O cosmopolitismo tecnológico de Tóquio, combinado de forma surpreendente com tradições ancestrais, é um dos atrativos do Japão. Mas há muito mais com que se maravilhar, seja do ponto de vista da natureza, da arquitetura, dos hábitos ou, claro, da comida. Um passeio pelo colossal mercado de peixe de Tsukiji, que abastece os restaurantes e os supermercados da capital, é uma experiência e tanto.

E por falar em comida, sabia que Tóquio é a cidade com mais restaurantes com estrelas Michelin em todo o mundo? São mais de duzentos. Mas faça como os japoneses: coma apenas para viver e, na sua viagem, privilegie as experiências que alimentam o interior.

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Templos e santuários cerimoniosos, jardins luxuriantes, rios enigmáticos, montanhas imponentes: tudo acompanhado pela maneira de estar japonesa, que se destaca pela simpatia e pelo trato cordial.

3. Argentina e Chile

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Não que achemos as capitais Buenos Aires e Santiago cidades desinteressantes, longe disso! No entanto, estes países vizinhos da América Latina estão nesta lista devido às excecionais paisagens que partilham a Sul: a Patagónia e a Terra do Fogo.

Aqui, num panorama de montanhas geladas, lagos serenos e longas estepes, é possível sentir a Natureza no seu estado mais selvagem, como se tivesse sido acabada de criar. A melhor época para visitar é no verão do Sul, ou seja, de dezembro a fevereiro, ainda que mesmo nesta altura o termómetro possa não ser muito meigo. Mas o cenário compensa qualquer calafrio.

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Ushuaia, a cidade mais a sul do planeta Terra é de visita obrigatória. É daqui que se apanham os barcos que nos levam até Punta Arenas, no Chile, e que contornam o Cabo Horn, fronteira entre os oceanos Atlântico e Pacífico. E é também em Ushuaia, que se pode apanhar o comboio a vapor para fazer uma viagem inesquecível até à Terra do Fogo.

Mas há mais para apreciar com os sentidos bem despertos: a vila de El Calafate e o enorme Lago Argentino, o glaciar Perito Moreno e a vila de El Chaltén, de onde se pode partir à descoberta de montanhas como Laguna de Los Tres, Chorrillo del Salto, Laguna Torre ou Fitz Roy. Do lado chileno, um trekking por Torres del Paine é igualmente emocionante.

4. Austrália

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Este é outro dos destinos capazes de marcar a nossa vida. E se muito há para ver e visitar neste país que é praticamente um continente – desde logo as cidades incontornáveis, como Sidney e Melbourne ou o Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta, com o seu portentoso Ayers Rock, queremos aqui destacar a Grande Barreira de Coral.

Este fenómeno natural único consiste numa faixa de formações coralinas, num total de 2900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis. São 2300 km de extensão, compondo o maior conjunto de recifes de corais do mundo, povoados por milhares de espécies marinhas. Uma imensidão estonteante, que atrai tanto os profissionais do mergulho como o turista mais distraído.

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Considerada Património da Humanidade pela UNESCO, a Grande Barreira de Coral australiana oferece-lhe uma série de atividades e experiências absolutamente incríveis. O difícil, é mesmo escolher.

Deixamos-lhe algumas sugestões: fazer mergulho ou snorkeling em vários locais incríveis; passear pela Daintree Rainforest; conhecer ilhas paradisíacas como as ilhas Whitsundays, Hayman ou Lizard; explorar a ilha Hinchinbrook. E claro, relaxar nas praias de sonho e contactar com o estilo de vida australiano em cidades e povoações costeiras como Cairns, Port Douglas, Hervey Bay ou Missions Beach.

5. Estados Unidos

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Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco, Las Vegas… e a lista de cidades americanas que fazem parte do sonho de qualquer viajante continuaria de forma quase interminável. Mas não é só pelas urbes repletas de arranha-céus, pela grande mescla dos seus habitantes ou pelo tão aclamado American Way of Life que este país merece ser conhecido.

Com maravilhas naturais espalhadas um pouco por todo o território, não é fácil nomear apenas algumas. Em todos os Estados encontramos sítios absolutamente surpreendentes e vale a pena fugir da América civilizada para mergulhar nestas paisagens de rara beleza e colossal dimensão.

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Falamos de lugares únicos como o deserto do Colorado – onde se realiza o mítico festival Coachella; o Parque Nacional de Yosemite, encravado nas imponentes montanhas da Serra Nevada; o Grand Canyon, considerado uma das 7 Maravilhas do Mundo; o Parque Nacional de Yellowstone, com os seus geisers e lagos termais de cores psicadélicas, ou o Monument Valley, que acolhe a reserva de índios Navajos.

6. Escócia

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Quando pensamos em viagens capazes de nos marcar para sempre, somos tentados a levar a nossa mente para países distantes e culturas díspares, mas há destinos transformadores bem mais perto de nós do que pensamos. É o caso da Escócia.

Um dos quatro países que compõem o Reino Unido, juntamente com Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales, a Escócia é uma caixinha de boas surpresas. Das tradições celtas aos castelos enigmáticos, das cidades cheias de história às paisagens de ficar sem fôlego, da dinâmica cultural à gastronomia e ao whisky, a Escócia é um destino precioso.

Mas é dos cenários naturais escoceses que queremos aqui falar. As Terras Altas da Escócia oferecem uma experiência de contemplação que supera qualquer previsão feita por imagens de postal ou computador. E depois, há a Ilha de Skye de uma beleza sobrenatural. Aliás, não é à toa que as suas lagoas mais famosas se chamam “piscinas das fadas”.

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Atravessar o vale do rio Brittle para chegar às Fairy Pools pode ser um desafio, mas a meta justifica todo o esforço: penhascos vigorosos, cascatas que parecem de fantasia e águas cristalinas. A Ilha de Skye reserva, no entanto, outros locais encantadores, tendo servido de cenário para diversos filmes: Ondas de Paixão, O Amigo Gigante e Prometheus, só para citar alguns, têm cenas gravadas aqui.

7. Myanmar

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Arriscámo-nos a dizer que o pôr-do-sol em Bagan, na antiga Birmânia e atual Myanmar, é uma das mais experiências mais incríveis de sempre. Rivaliza com o famoso anoitecer da savana africana ou da ilha mais paradisíaca do pacífico.

Bagan é a região mais visitada deste país do Sudeste Asiático, onde a liberdade é ainda um conceito a apreender: os habitantes não podem sair do país livremente, por exemplo. O fascínio por Bagan prende-se sobretudo com os seus templos. São mais de 2000 templos espalhados por apenas 40 km2.

Um legado paisagístico, histórico e cultural, que apenas encontra semelhança nos Templos de Angkor, no Camboja, ou nos Templos de Borobudur, em Java, na Indonésia. Se um dia visitar Bagan, escolha um templo pouco visitado por turistas, como o de Tayok Pye, para ter o seu momento de contemplação sem ruído e em verdadeira comunhão com a paisagem.

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Mas sabia que Myanmar também oferece praias de sonho? Ficam em Ngapali, onde não faltam hotéis e resorts. Conte com areia branca e fina, palmeiras e muita tranquilidade.

8. Nova Zelândia

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Mais um paraíso na terra. Mais uma viagem que nos reconcilia connosco e com o mundo. É extraordinário como num só país podemos encontrar os mais diversos e impressionantes cenários naturais, os mais complexos ecossistemas, os mais incríveis conjuntos de fauna e flora.

Ir à Nova Zelândia é voltar aos bancos da escola e aprender biologia, geologia e geografia, mas melhor: em aulas práticas e ao ar livre. Um festim para os sentidos e para o nosso álbum de memórias felizes.

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A não perder: Queenstown e o Lago Wakatipu; o Lago Tekapo; os glaciares Franz Josef e Fox; a Reserva Termal Waiotapu, o Parque Nacional Abel Tasman; a especialmente fotogénica Cathedral Cove; Rotorua, incluindo a aldeia maori de Whakarewarewa, e o pouco explorado, mas fabuloso, Vale Hokitika Gorge.

Sem esquecer, claro, a Hobbiton: o bonito local onde foram rodados os filmes Hobbit mantém as casas pitorescas dos pequenos seres. Uma paisagem que parece saída de uma varinha de condão.

9. China

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Gigante económico, mestre da produção em série, grande contribuidor para a poluição global, limitador das liberdades individuais do seu povo. Ok, a China pode ser tudo isto. Mas, felizmente, existe o reverso da medalha. Por incrível que pareça, este é um país amistoso para os turistas – desde que cumpram as regras, claro – com muitos lugares inusitados, de uma beleza inacreditável.

E não falamos apenas da Grande Muralha, essa construção de 21.196 km que supera toda e qualquer tentativa de grandeza ou perseverança – o início da sua construção remonta ao século III a.C., tendo oficialmente terminado no século XV.

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Já ouviu falar de Jiuzhaigou? Um vale que parece saído de um sonho? Situado não muito longe do Tibete, ocupa 72 mil hectares e é composto por cascatas, montanhas com cumes nevados e lagos encantadores como o Lago das Cinco Flores.

E das Montanhas Arco-íris? Este conjunto de rochas de arenito vermelho, integradas no Parque Nacional Geológico Danxia, apresenta diversas tonalidades devido à erosão, formando um cenário único. E de Guilin, uma cidade rodeada de elevações cobertas de vegetação e canais fluviais serpenteantes na região de Guangxi?

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E o que dizer das Montanhas Aleluia? O nome ficou desde que estes morros do Parque Zhangjiajie, na província de Hunan, serviram de inspiração para a criação da Montanha Hallelujah do filme Avatar. Quando se encontram envolvidos em neblina, os montes parecem flutuar e proporcionam uma visão surreal.

10. Santiago de Compostela [Caminho de Santiago]

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Por fim, nesta lista de viagens que vão mudar a sua vida, trazemos uma sugestão bem próxima de nós. E antes que dê a leitura do artigo por terminado, por não ser católico, crente ou praticante, saiba que o Caminho de Santiago tem uma dimensão transversal que ultrapassa a questão religiosa.

Trata-se de uma viagem espiritual? Sim, mas aberta a qualquer pessoa com vontade de se desafiar, de se desligar, nem que seja por apenas alguns dias, da rotina do dia-a-dia, e encontrar-se com a natureza.

E há vários caminhos históricos para chegar a Santiago de Compostela, viagem que deverá ser feita a pé, a cavalo ou de bicicleta, para lhe poder ser passada e validada a credencial de peregrino. Os mais conhecidos e trilhados são o Caminho Português e o Caminho Francês, sendo que mesmo em Portugal, existem diferentes itinerários.

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O nosso destaque vai para o Caminho Português da Costa, uma derivação do Caminho Português Central, em que grande parte do trajeto é feito ao longo das praias portuguesas e galegas, com paisagens especialmente agradáveis. Uma viagem em que só precisamos do essencial e o essencial pode passar por conhecer pessoas novas, vindas dos mais recônditos lugares do planeta.

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Em Santiago de Compostela, o ânimo e o esforço dos peregrinos é compensado tanto com as celebrações na majestosa Catedral como, sobretudo para as almas mais mundanas, com a dinâmica intensa e jovem da cidade, onde não faltam bares e restaurantes onde descansar e começar a voltar ao burburinho da vida quotidiana.

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