Diana Pereira
Diana Pereira
19 Jun, 2014 - 09:37

Candidaturas de emprego: não esperem resposta

Diana Pereira

Para todos aqueles que, em plena era da comunicação, não recebem nenhum tipo de feedback sobre as candidaturas. Porque pior do que receber um “não”, é ser completamente ignorado.

Candidaturas de emprego: não esperem resposta
No contexto empresarial, uma boa comunicação é um dos elementos mais valorizados e exigidos a todos os colaboradores. Fala-se da importância de dar feedback, de responder sempre com a intenção de seguimento, e quando isto é feito da maneira certa, os resultados são de tal maneira positivos que existem dicas e regras para garantir uma comunicação eficiente já seja por telefone, email ou entre empregados. 
É curioso que estas regras de “etiqueta”, tão importantes nas empresas, parecem ser ignoradas no que toca às candidaturas de emprego. Parem para pensar um minuto sobre o número de anúncios de emprego que já viram, aqueles aos que se candidataram e quantos deles obtiveram resposta, e façam contas.  
Será que enviar uma candidatura hoje em dia é como pôr uma mensagem numa garrafa e atirá-la para o mar a espera que um dia alguém a receba?
Se perguntarmos ao Nuno, encontrar um estágio tem sido o seu principal foco desde que saiu da faculdade – um emprego parece nem entrar dentro das possibilidades -. Há meses que envia o curriculum e a respetiva carta de apresentação em resposta a dezenas de anúncios, tanto para Portugal como para o estrangeiro. O resultado? Nenhum. O Nuno continua a fazer constantes alterações ao CV e a procurar novas formas de responder às ofertas de emprego.
Infelizmente, esta situação não se limita a quem tem falta de experiência e procura o primeiro emprego. A Rita é licenciada em Jornalismo há alguns anos e, após várias experiências de estágio e outras tantas a trabalhar por recibos verdes, continua a dedicar uma parte do seu tempo todos os dias para procurar um emprego melhor. Tal como o Nuno, sem resposta – nem sim, nem não.  
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Num mundo ideal…

…Gostaríamos de receber uma resposta personalizada, a explicar o porquê de não sermos o candidato que a empresa procura e, de preferência, uma resposta rápida. Mas como temos consciência de que isso não é possível, ficamos satisfeitos com uma resposta “pré-fabricada”, daquelas automáticas que dizem que ficaram positivamente surpreendidos com as nossas qualificações, mas que o nosso perfil não é o que procuram neste momento (é familiar?). 
Como é evidente, quem está à procura de emprego ou estágio não ficará satisfeito com um não, mas pelo menos haverá uma certeza de que a candidatura foi recebida e avaliada e, quem sabe, em alguns casos até pode haver algum tipo de feedback que ajude a melhorar a abordagem numa próxima oportunidade. 
Caso contrário… para além da mensagem na garrafa também podemos tentar com os pombos-correio. 

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Por Diana Pereira.
Licenciada em tradução pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Após uma primeira experiência laboral na área de terminologia, atualmente trabalha como estagiária numa empresa de marketing digital.

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