Clara Henriques
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24 Dez, 2015 - 09:00

Aumento das rendas? Proprietários e inquilinos estão contra

Clara Henriques

O aumento das rendas no próximo ano está a dar que falar. Qual a posição de proprietários e inquilinos?

Aumento das rendas? Proprietários e inquilinos estão contra

Já há muito que se vem debatendo o aumento das rendas em 2016 e parece que a posição de inquilinos e proprietários não é nada favorável ao que está previsto pelo Governo.

O sistema de atualização de rendas prevê que em 2016 o aumento das mesmas seja na ordem dos 0,16%, o que já provocou reações por parte dos principais intervenientes. Os senhorios consideram o valor muito baixo, sendo que os inquilinos acham que nem sequer devia ser aplicado qualquer tipo de aumento.

Luís Menezes Leitão, o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), referiu em declarações à agência Lusa que o aumento de 0,16% não está diretamente relacionado com os preços do imobiliário, mas sim com “a evolução de outros produtos: o vinho, o pão, o vestuário, os combustíveis, e, por isso, muitas vezes o que se verifica é que a renda sobe quando o mercado está em queda e desce quando o mercado está a subir”, considerando que prejudica em muito o mercado de arrendamento. 

Por outro lado, o presidente da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL), Romão Lavadinho, defende que as famílias portuguesas se encontram em circunstâncias complicadas devido ao desemprego e ao aumento de impostos, não podendo por isso sofrer um aumento das rendas. “Qualquer Governo, incluindo este Governo, não deveria aplicar esta taxa, mesmo sabendo que é muito pequena”. 

Feitas as contas, o aumento por cada 100 euros de renda será de 16 cêntimos. Em 2015, registou-se um congelamento “na sequência da variação negativa do índice de preços, excluindo a habitação”.

Os próximos passos passam por uma reunião, no início do ano, entre o Governo e a Associação dos Inquilinos Lisbonenses. Segundo o presidente, é preciso exigir “a alteração da lei” para que o aumento das rendas não chegue a acontecer.


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